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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Novena de Nossa Senhora das Dores II




Ave-Maria Dolorosa


Deus vos salve, Maria, cheia sois de dores;

Jesus crucificado está contigo; digna sois de chorada e compadecida entre todas as mulheres, e digno é de ser chorado e compadecido Jesus, fruto bendito de teu ventre.

Santa Maria, Mãe do Crucificado, dai lágrimas a nós crucificadores de teu Filho, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Oferecimento para todos os dias
Oh! Deus meu!

Eu creio, adoro, espero e Vos amo.

Vos peço perdão pelos que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

Oh! Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo! eu vos adoro profundamente e vos ofereço o preciosíssimo corpo, sangue, alma e Divindade e de nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os tabernáculos do mundo, em reparação dos ultrajes com que Ele é ofendido;

E pelos méritos infinitos de seu Santíssimo Coração e intercessão do Imaculado Coração de Maria, Vos peço a conversão dos pecadores.

Oração Inicial
Oh! Virgem, a mais dolorosa do mundo depois de teu Filho, a cujas dores estiveste perpetuamente associada:

Vos rogo que me alcances fortaleza para sofrer por meus pecados, como Vós sofrestes pelos nossos, a fim de que, crucificando minhas paixões e concupiscências na cruz de Cristo, levando a cruz de meu dever pelo caminho de minha vida, caminhando em direção ao Senhor e perseverando constantemente a teu lado.

Oh! Mãe minha, ao pé da cruz de teu Filho, viva sempre e morra contigo, redimido e santificado pelo Sangue preciosíssimo de nosso Redentor.

Também vos peço, por tuas dores, que ouças meu pedido nesta Novena e, se convém, me concedas.

Oração final para todos os dias.
Lembrai-vos, Virgem Mãe de Deus, quando estiverdes na presença do Senhor, de falar em favor nosso e que aparte sua indignação de nós.

Oh! Santíssima Mãe, faz-me esta graça:

Fixai em meu coração com eficácia as Chagas de Jesus crucificado.

Fazei que de Cristo em mim leve a morte, que participe de sua Paixão e sorte e medite em suas Chagas.

Para que não arda nos eternos fogos, defendei-me Vós, Oh! Virgem, com teus rogos, no dia do juízo.

E Vós, Oh! Cristo, ao sair eu desta vida, por tua Mãe querida, fazei que chegue a palma de vitória.

Quando meu corpo morra, que minha alma adquira do paraíso a glória.

Rezar três Ave-Maria.

Rogai por nós, Virgem dolorosíssima, que estivestes constantemente junto a cruz de Jesus Cristo.

Nossa Senhora da boa Morte, rogai por nós.

Oremos:
Te rogamos, Senhor nosso Jesus Cristo, que interceda ante tua Clemência a bem-aventurada Virgem Maria tua Mãe, cuja alma foi atravessada pela espada de dor na hora de tua Paixão.

O pedimos por ti, Oh! Jesus Cristo, Salvador do mundo, que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.

São José, rogai por nós.

Primeiro Dia
Oh! Virgem dolorosa, sendo Vós árvore florido, fostes tão aflita, e eu árvore seca e inútil, quero viver sossegado e sou impaciente de toda moléstia e adversidade.

Vos rogo me concedas espírito de penitência, humildade e mortificação cristã para imitar a Vós e a teu amado Filho, crucificado por mim.

Segundo Dia
Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes quando o ancião Simão vos profetizou as contradições com que o mundo havia de perseguir a teu Filho, vos suplico não permitas que eu me encontre entre os mundanos inimigos de teu Filho, senão entre os que professam docilmente sua doutrina e a refleta em seus costumes verdadeiramente cristãs, para que seja também daqueles a quem Ele será ressurreição e vida.

Terceiro Dia
Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando o soberbo e ambicioso Herodes quis dar morte a teu Filho, que vinha a dar-nos vida, livrai-me de toda ambição e soberba e, em vez desalojar de meu lado a teu Filho, Ele chame a mim, e, deponha todos os meus interesses, Ele venha a reinar sobre mim, sendo eu seu vassalo fiel e obediente, para reinar com Ele na glória.

Quarto Dia
Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes quando perdeste a teu Filho em Jerusalém e estiveste três dias buscando-o, vos suplico que nunca eu o perca pelo pecado e que, se o perco, o busque com arrependimento, e buscando-o, o ache com a sincera confissão no templo e o conserve com a verdadeira religião.

Quinto Dia
Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando pelo vale da amargura acompanhaste a teu Filho até o Calvário, fazei que eu também o acompanhe, levando a cruz que sua providencia me tem dado, com humilde paciência e digna constância, sofrendo bem todas as molestias que venham de meus próximos.

Sexto Dia
Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando viste a Jesus cravado na cruz, concedei-me que eu me aproveite dos frutos de sua Paixão, que seja um cristão verdadeiro, crucificado com Cristo, e que considere como uma honra o padecer e sofrer algo por ser cristão e praticar as virtudes cristãs.

Sétimo Dia
Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes ao receber a teu Filho morto e baixado da cruz, vos suplico me alcances o perdão de minhas culpas, que foram a causa de sua morte, e que suas feridas se gravem profundamente em minha memória e meu coração, como testemunho de seu amor, para que o ame até a morte.

Oitavo Dia
Oh! Virgem dolorosa, pela dor com que acompanhaste a teu Filho a sepultura e ali o deixastes sepultado, concedei-me que eu morra com os auxílios da Religião e seja sepultado entre os fiéis cristãos com Cristo, para que, no dia do juízo, mereça ressuscitar com os verdadeiros cristãos e ser levado a direita de Cristo.

Nono Dia
Oh! Virgem dolorosa, Concedei-me que assim como Vós, por tuas dores, recebes grande glória no céu e triunfas ali como rainha gloriosa dos mártires, assim eu também, depois de uma vida mortificada com Cristo, mereça viver eternamente na glória, com Cristo.

Concedei-me, Oh! rainha dos mártires, viver na cruz com paciência, morrer na cruz com esperança e reinar pela cruz com glória.

Novena de Nossa Senhora das Dores I




Eu me compadeço de vós, oh! Virgem Dolorosa, por aquela aflição que o vosso terno coração sofreu na profecia do santo velho Simeão.

Minha querida mãe, por vosso coração tão magoado, alcançai-me a virtude da humildade e o dom do santo temor de Deus.

Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, oh! Virgem Dolorosa, por aquelas angústias que o vosso sensibilíssimo coração sofreu na fuga e permanência no Egito.

Minha querida mãe, por vosso angustiado coração alcançai-me a virtude da liberalidade, especialmente para com os pobres e o dom da piedade.

Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, oh! Virgem Dolorosa, por aquela agonia que o vosso solícito coração sentiu na perda do vosso Jesus.

Minha querida mãe, por vosso coração tão vivamente comovido, alcançai-me a virtude da castidade e o dom da ciência.

Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, ó Virgem Dolorosa, por aquela consternação que o vosso materno coração sentiu ao encontrardes o vosso filho com a cruz às costas.

Minha querida mãe, pelo vosso amoroso coração de tal modo atormentado, alcançai-me a virtude da paciência e o dom da fortaleza.

Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, ó Virgem Dolorosa, por aquele martírio que o vosso generoso coração padeceu ao assistirdes Jesus agonizante.

Minha querida mãe, pelo vosso coração a tal extremo martirizado, alcançai-me a virtude da temperança e o dom do conselho.

Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, ó Virgem Dolorosa, por aquela ferida que o vosso piedoso coração sofreu na lançada que rasgou o lado do vosso filho e abriu o seu amabilíssimo coração.

Minha querida mãe, pelo vosso coração de tal maneira traspassado, alcançai-me a virtude da caridade e o dom o entendimento.

Ave-Maria

Eu me compadeço de vós, ó Virgem Dolorosa, por aquela amargura que o vosso coração amantíssimo sofreu na sepultura do vosso Jesus.

Minha querida mãe, pelo vosso santo coração tão aflito, alcançai-me a virtude da diligência e o dom da sabedoria.

Ave-Maria

Rogai por nós, virgem dolorosíssima,

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos:
Interceda por nós ante a vossa clemência, Senhor Jesus Cristo, agora e na hora da nossa morte, a bem aventurada Virgem Maria, vossa mãe, cuja sacratíssima alma foi traspassada por uma espada de dor na hora da vossa paixão, por vós mesmo, Jesus Cristo, salvador do mundo, que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos amém.

Ladainha de Nossa Senhora das Dores




Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai, que estais nos Céus, tende piedade de nós.

Deus Filho, Redentor do Mundo, tende piedade de nós.

Espírito Santo Paráclito, tende piedade de nós.

Trindade Santa, Deus uno e Trino, tende piedade de nós.

Mãe de Jesus crucificado, rogai por nós.

Mãe do Coração Transpassado, rogai por nós.

Mãe do Cristo Redentor, rogai por nós.

Mãe dos discípulos de Jesus, rogai por nós.

Mãe dos redimidos, rogai por nós.

Mãe dos viventes, rogai por nós.

Virgem obediente, rogai por nós.

Virgem oferente, rogai por nós.

Virgem fiel, rogai por nós.

Virgem do silêncio, rogai por nós.

Virgem da espera, rogai por nós.

Virgem da Páscoa, rogai por nós.

Virgem da Ressurreição, rogai por nós.

Mulher que sofreu o exílio, rogai por nós.

Mulher forte, rogai por nós.

Mulher corajosa, rogai por nós.

Mulher do sofrimento, rogai por nós.

Mulher da Nova Aliança, rogai por nós.

Mulher da Esperança, rogai por nós.

Nova Eva, rogai por nós.

Colaboradora na salvação, rogai por nós.

Serva da reconciliação, rogai por nós.

Defesa dos inocentes, rogai por nós.

Coragem dos perseguidos, rogai por nós.

Fortaleza dos oprimidos, rogai por nós.

Esperança dos pecadores, rogai por nós.

Consolação dos aflitos, rogai por nós.

Refúgio dos marginalizados, rogai por nós.

Conforto dos exilados, rogai por nós.

Sustento dos fracos, rogai por nós.

Alívio dos enfermos, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

D- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,

R- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Oração:
Oh! Deus, por vosso admirável desígnio, dispusestes prolongar a Paixão do vosso Filho, também nas infinitas cruzes da humanidade.

Nós Vos pedimos: assim com o quisestes que ao pé da Cruz do Vosso Filho, estivesse Sua Mãe, da mesma forma, à imitação da Virgem Maria, possamos estar sempre ao lado dos nossos irmãos que sofrem, levando amor e consolo.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Ladainha das Dores de Maria Santíssima



Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, ouvi-nos.

Cristo, escutai-nos.

Deus, Pai Celestial, tende piedade de nós.

Deus, Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.

Deus, Espírito Santo, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade e um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.

Santa Mãe de Deus, rogai por nós.

Santa Virgem das Virgens, rogai por nós.

Mãe Crucificada, rogai por nós.

Mãe dolorosa, rogai por nós.

Mãe lacrimosa, rogai por nós.

Mãe Aflita, rogai por nós.

Mãe Abandonada, rogai por nós.

Mãe Desolada, rogai por nós.

Mãe privada de Filho, rogai por nós.

Mãe transpassada pela espada, rogai por nós.

Mãe abrumada de dores, rogai por nós.

Mãe cheia de angustias, rogai por nós.

Mãe cravada à cruz em seu Coração, rogai por nós.

Mãe tristíssima, rogai por nós.

Fonte de lágrimas, rogai por nós.

Cúmulo de sofrimentos, rogai por nós.

Espelho de paciência, rogai por nós.

Arca de constância, rogai por nós.

Ancora de confiança, rogai por nós.

Refúgio dos abandonados, rogai por nós.

Escudo dos oprimidos, rogai por nós.

Derrota dos incrédulos, rogai por nós.

Salvação dos miseráveis, rogai por nós.

Medicina dos enfermos, rogai por nós.

Fortaleza dos débeis, rogai por nós.

Porto dos náufragos, rogai por nós.

Apassivadora das tormentas, rogai por nós.

Auxiliadora dos necessitados, rogai por nós.

Terror dos que incitam ao mal, rogai por nós.

Tesouro dos fiéis, rogai por nós.

Inspiração dos profetas, rogai por nós.

Sustento dos apóstolos, rogai por nós.

Coroa dos mártires, rogai por nós.

Luz dos confessores, rogai por nós.

Flor das virgens, rogai por nós.

Esperança das viuvas, rogai por nós.

Alegria de todos os Santos, rogai por nós.

Cordeiro de Deus que tiras os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus que tiras os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus que tiras os pecados do mundo, tende piedade de nós.

Oração:

Oh! Deus, em cuja Paixão foi traspassada de dor a alma dulcíssima da gloriosa Virgem e Mãe Maria, segundo a profecia de Simão;

Concedei-nos propício, que quando veneremos suas dores e fizermos memória delas, consigamos o feliz efeito de tua Sagrada Paixão.

Vós que vives e reinas pelos séculos dos séculos.Amém

Meditação das Sete Dores de Nossa Senhora




Assim nos diz Maria Santíssima:

Meditai muitas vezes nas minhas sete dores para consolar meu Coração e crescereis muito na virtude.

Ó almas que sofreis, vinde para perto de meu Coração e aprendei comigo.

É junto de meu Coração transpassado de dor que achareis consolação!

Mães aflitas, esposas amarguradas, jovens desorientados, meditando nos meus sofrimentos tereis força para atravessardes todas as dificuldades.

Que minhas dores vos comovam o coração, impulsionando-vos para a prática do bem.

Primeira Dor:
Apresentação de meu Filho no templo.

Nesta primeira dor veremos como meu coração foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que meu Filho seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros.

A virtude que aprendereis nesta dor é a da santa obediência.

Sede obedientes aos vossos superiores, porque são eles instrumentos de Deus.

Quando soube que uma espada Me atravessaria a alma, desde aquele instante experimentei sempre uma grande dor.

Olhei para o Céu e disse: 'Em vós confio'.

Quem confia em Deus jamais será confundido.

Nas vossas penas, nas vossas angustias, confiai em Deus e jamais vos arrependereis dessa confiança.

Quando a obediência vos trouxer qualquer sacrifício, confiando em Deus, a Ele entregai vossas dores e apreensões, sofrendo de bom grado por amor.

Obedeçam não por motivos humanos, mas pelo amor Daquele que por vosso amor se fez obediente até a morte de Cruz.

Segunda Dor:
A fuga para o Egito.

Amados filhos, quando fugimos para o Egito, foi grande dor saber que desejavam matar meu querido filho, aquele que trazia a salvação!

Não me afligi pelas dificuldades em terras longínquas; mas por ver meu filho inocente, perseguido por ser o Redentor.

Almas queridas, quanto sofri neste exílio!

Porém tudo suportei com amor e santa alegria por Deus me fazer cooperadora da salvação das almas.

Se fui obrigada a este exílio, foi para guardar meu filho, sofrendo provações por aquele que um dia ia ser a chave da mansão da paz.

Um dia estas penas serão convertidas em sorrisos e em força para as almas, porque Ele abrirá as portas do Céu!

Amados meus, nas maiores provações pode haver alegria quando se sofre para agradar a Deus e por seu amor.

Em terras estranhas, Eu Me rejubilava por poder sofrer com Jesus, meu adorável filho!

Na santa amizade de Jesus e sofrendo tudo por seu amor, não se chama sofrer senão santificar-se!

No meio da dor sofrem os infelizes, que vivem longe de Deus, os que estão na sua inimizade.

Pobres infelizes, entregam-se ao desespero, porque não têm o conforto da amizade divina, que dá à alma tanta paz e tanta confiança.

Almas que aceitais vossos sofrimentos por amor a Deus, exultai de alegria porque grande é vosso merecimento, se assemelhando a Jesus Crucificado, que tanto sofreu por amor a vossas almas!

Alegrai-vos todos os que, como Eu, sois chamados para longe da vossa pátria defender o vosso Jesus.

Grande será a vossa recompensa, pelo vosso SIM à vontade de Deus.

Almas queridas, avante! Aprendei Comigo, a não medir sacrifícios, quando se trata da glória e dos interesses de Jesus, que também não mediu sacrifícios para vos abrir as portas da mansão da Paz.

Terceira Dor:
Perda do Menino Jesus.

Amados filhos, procurai compreender esta minha imensa dor, quando perdi meu adorável Filho por três dias.

Sabia que meu Filho era o Messias prometido, que contas daria então a Deus do tesouro que me tinha sido entregue?

Tanta dor e tanta agonia, e sem esperança de encontrá-lo!

Quando O achei no templo, no meio dos doutores, e lhe disse que me havia deixado três dias em aflição, eis o que Me respondeu:

'Eu vim ao mundo para cuidar dos interesses de meu Pai, que está no Céu'.

A esta resposta do meigo Jesus, emudeci e compreendi que sendo o Redentor do gênero humano assim devia proceder, fazendo sua Mãe, desde aquele instante, tomar parte na sua missão redentora, sofrendo pela Redenção do gênero humano!

Almas que sofreis, aprendei nesta minha dor a submeter-vos à vontade de Deus, que muitas vezes vos fere para proveito de um de vossos entes queridos.

Jesus me deixou por três dias em tanta angustia para proveito vosso.

Aprendei Comigo a sofrer e a preferir a vontade de Deus à vossa.

Mães que chorais, ao verdes os vossos filhos generosos ouvirem o chamamento divino, aprendei Comigo a sacrificar o vosso amor natural.

Se vossos filhos forem chamados para trabalhar na vinha do Senhor, não abafeis tão nobre aspiração, como é a vocação religiosa.

Mães e pais dedicados, ainda que vosso coração sangre de dor, deixai-os partir, deixai-os corresponder aos desígnios de Deus, que usa com eles de tanta predileção.

Pais que sofreis, ofertai a Deus a dor da separação, para que vossos filhos, que foram chamados, possam ser na realidade bons filhos Daquele que os chamou.

Lembrai-vos que vossos filhos a Deus pertencem e não a vós.

Deveis criá-los para servir e amar a Deus neste mundo, e um dia no Céu O louvarem por toda a eternidade.

Pobres aqueles que querem prender seus filhos, abafando-lhes a vocação!

Os pais que assim procedem podem levar seus filhos à perdição eterna e ainda terão que dar contas a Deus no ultimo dia.

Porém, protegendo suas vocações, encaminhando-os para tão nobre fim, que bela recompensa receberão estes pais afortunados!

Ainda que aqui chorem de saudades e a separação lhes custe muitas lágrimas, eles serão abençoados!

E vós, filhos prediletos que sois chamados por Deus, procedei como Jesus procedeu comigo: primeiramente obedecei à vontade de Deus, que vos chamou para habitar na sua casa, quando diz:

'Quem ama seu pai e sua mãe mais do que a mim não é digno de Mim'.

Vigiai se, por causa de um amor natural, deixais de corresponder ao chamado divino!

Almas eleitas que fostes chamadas e sacrificastes as afeições mais caras e a vossa própria vontade para servir a Deus! Grande é vossa recompensa.

Avante! sede generosas em tudo e louvai a Deus por terdes sido escolhidas para tão nobre fim.

Vós que chorais, pais, irmãos, regozijai-vos porque vossas lágrimas um dia converter-se-ão em pérolas, como as minhas se converteram em favor da humanidade.

Quarta Dor:
Doloroso encontro no caminho do Calvário.

Amados filhos, contemplai e vede se há dor semelhante a esta minha, quando me encontrei com meu divino Filho no caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso.

'É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da mansão da paz!'

Lembrei-Me de suas palavras e aceitei a vontade do Altíssimo, que sempre foi a minha força em horas tão cruéis como esta.

Ao encontrá-lo, seus olhos me fitaram e me fizeram compreender a dor de sua alma. Não pôde Me dizer palavra, porém me fizeram compreender que era necessário que unisse a minha à Sua grande dor.

Amados meus, a união de nossa grande dor neste encontro tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas!

Almas que temeis o sacrifício, aprendei aqui neste encontro a submeter-vos à vontade de Deus, como Eu e meu Filho nos submetemos!

Aprendei a calar-vos nos vossos sofrimentos.

No nosso silêncio, nesta dor imensa armazenamos para vós riquezas imensuráveis! As vossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos pela dor, recorrerdes a Mim, fazendo a meditação deste encontro dolorosíssimo.

O valor do nosso silêncio se converte em força para as almas aflitas, quando nas horas difíceis souberem recorrer à meditação desta dor!

Amados filhos, como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos!

Há almas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem!

Meu Filho e Eu tudo suportamos em silêncio por amor a Deus!

Almas queridas, a dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica!

Sem a humildade, trabalhareis em vão; vede pois como a dor é necessária para a vossa santificação.

Aprendei a sofrer em silêncio, como Eu e Jesus sofremos neste doloroso encontro no caminho do Calvário.

Quinta Dor:
Aos pés da Cruz.

Amados filhos, na meditação desta minha dor encontrareis consolo e força para vossas almas contra mil tentações e dificuldades e aprendereis a ser fortes em todos os combates de vossa vida.

Vede-me aos pés da Cruz, assistindo à morte de Jesus, com a alma e meu coração transpassados com as mais cruéis dores!

Não vos escandalizeis com o que fizeram os judeus!

Eles diziam: 'Se Ele é Deus, por que não desce da cruz e se livra a si próprio?!'

Pobres judeus, ignorantes uns, de má fé outros, não quiseram crer que Ele era o Messias.

Não podiam compreender que um Deus se humilhasse tanto e que a sua divina doutrina pregava a humildade.

Jesus precisava dar o exemplo, para que seus filhos tivessem a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste mundo, que têm nas veias a herança do orgulho.

Infelizes os que, à imitação dos que crucificaram a Jesus, ainda hoje não sabem se humilhar!

Depois de três horas de tormentosa agonia, meu adorável Filho morre, deixando-me a alma na mais negra escuridão!

Sem duvidar um só instante, aceitei a vontade de Deus, e no meu doloroso silêncio, entreguei ao Pai minha imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos.

Entretanto, quem me confortou nesta hora angustiosa? Fazer a vontade de Deus foi o meu conforto; saber que o Céu foi aberto para todos os filhos foi meu consolo!

Porque Eu também no Calvário fui provada com o abandono de toda consolação!

Amados filhos, sofrer em união com os sofrimentos de Jesus encontra consolo; sofrer por ter feito o bem neste mundo, recebendo desprezos e humilhações encontra força.

Que glória para vossas almas, se um dia por amar a Deus com todo o vosso coração, fordes também perseguidos!

Aprendei a meditar muitas vezes nesta minha dor, que ela vos dará força para serdes humildes: virtude amada de Deus e dos homens de boa vontade.

Sexta Dor:
Uma lança atravessa o Coração de Jesus.

Amados filhos, com a alma imersa na mais profunda dor, vi Longuinho transpassar o coração de meu Filho, sem poder dizer palavra!

Derramei muitas lágrimas...

Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e no coração!

Depois depositaram Jesus nos meus braços, não cândido e belo como em Belém...

Morto e chagado, parecendo mais um leproso do que aquele adorável e encantador menino, que tantas vezes apertei ao meu coração!

Amados filhos, se Eu tanto sofri, não serei capaz de compreender vossos sofrimentos? Por que, então, não recorreis a Mim com mais confiança, esquecidos que tenho tanto valor diante do Altíssimo?

Porque muito sofri aos pés da cruz, muito me foi dado!

Se não tivesse sofrido tanto, não teria recebido os tesouros do Paraíso em minhas mãos.

A dor de ver transpassar o Coração de Jesus com a lança, conferiu-me o poder de introduzir, neste amável Coração, a todos aqueles que a Mim recorrerem.

Vinde a Mim, porque Eu posso vos colocar dentro do Coração Santíssimo de Jesus Crucificado, morada de amor e de eterna felicidade!

O sofrimento é sempre um bem para a alma.

Ó almas que sofreis, regozijai-vos Comigo que fui a segunda mártir do Calvário!

A minha alma e meu coração participaram dos suplícios do Salvador, conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira mulher!

Jesus foi o novo Adão e Eu a nova Eva, livrando assim a humanidade do cativeiro no qual se achava presa.

Para corresponderdes porém a tanto amor, sede muito confiantes em Mim, não vos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário, confiai-Me todos os vossos receios e dores, porque Eu sei dar em abundância os tesouros do Coração de Jesus!

Não vos esqueçais, Filhos meus, de meditar nesta minha imensa dor, quando estiver pesada a vossa Cruz.

Achareis força para sofrer por amor a Jesus que sofreu na Cruz a mais infame das mortes.

Sétima Dor:
Jesus é sepultado.

Amados filhos, quanta dor, quando tive que ver sepultado meu Filho.

A quanta humilhação meu Filho se sujeitou, deixando-se sepultar sendo Ele o mesmo Deus!

Por humildade, Jesus submeteu-se à própria sepultura, para depois, glorioso, ressuscitar dentre os mortos!

Bem sabia Jesus o quanto Eu ia sofrer vendo-o sepultado; não me poupando quis que Eu também fosse participante na sua infinita humilhação!

Almas que temeis ser humilhadas, vede como Deus amou a humilhação!

Tanto que deixou-se sepultar nos santos Sacrários, a esconder sua majestade e esplendor, até o fim do mundo!

Na verdade, o que se vê no Sacrário? Apenas uma Hóstia Branca e nada mais!

Ele esconde sua magnificência debaixo da massa branca das espécies de pão!

Em verdade vos digo, não O admirais tanto quanto Ele merece, por Jesus assim Se humilhar até o fim dos séculos!

A humildade não rebaixa o homem, pois Deus Se humilhou até à sepultura e não deixou de ser Deus.

Amados filhos, se quereis corresponder ao amor de Jesus, mostrai-lhe que O amais, aceitando as humilhações.

A aceitação da humilhação vos purifica de toda e qualquer imperfeição e, desprendendo-vos deste mundo, vos faz desejar o Paraíso.

Queridos filhos, apresentei-vos estas minhas sete Dores, não para queixar-me, mas somente para mostrar-vos as virtudes que deveis praticar, para um dia estar ao meu lado e ao lado de Jesus!

Recebereis a glória imortal, que é a recompensa das almas que, neste mundo, souberam morrer para si, vivendo só para Deus!

Vossa Mãe vos abençoa e vos convida a meditar muitas vezes nestas palavras ditadas porque muito vos amo.

Via Matris - O Caminho da Mãe Dolorosa




Ato de contrição

Pesa-me Deus meu e me arrependo de todo coração de Vos ter ofendido.

Pesa-me pelo inferno que mereci e pelo céu que perdi, mas muito mais me pesa porque pecando ofendi a um Deus tão bem e tão grande como Vós.

Antes queria ter morrido que ter Vos ofendido;

E proponho firmemente não pecar mais e evitar todas as ocasiões próximas de pecado. Amém.

V: Mãe dolorosa.

R: Rogai por nós.

Primeira Estação:
Nesta primeiro estação se contempla a profecia do Santo ancião Simão.

Considera, alma minha, a grande dor da Virgem Santíssima ao ouvir as tristes palavras que o ancião Simão profetizou referentes a Paixão e morte do menino Jesus.

Oh!, Mãe aflita.

Pela dor com que foste tão atormentada em tua alma te suplico me dê lágrimas de verdadeira contrição, para que seja meritoria a compaixão que sinto por tuas dores.

Em cada estação se reza

V: Deus te salve Maria...

R: Santa Maria...

V: Mãe dolorosa.

R: Rogai por nós.

Segunda Estação:
Nesta segunda estação se contempla a ida ao Egito.

Considera, alma minha, a aguda dor da Virgem Maria ao receber de São José a mensagem do anjo que deviam sair de noite ao Egito para salvar ao menino Deus da matança decretada por Herodes.

Oh!, Mãe aflita.

Pela dor que sentiste ao ir com teu Filho ao Egito, te suplico me dês a graça para sair sempre das ocasiões de pecar.

Terceira Estação:
Nesta terceira estação se contempla a perda de Jesus no Templo.

Considera, alma minha, a intensa dor da Virgem Maria quando viu que havia perdido a seu amado Filho, pelo qual buscou durante três dias com inconsolável aflição.

Oh!, Mãe aflita.

Pela dor que tiveste ao perder a teu Filho, te suplico me alcances a graça para que o busque até acha-lo no templo de minha alma.

Quarta Estação:
Nesta quarta estação se contempla o dolorosíssimo encontro da Virgem Santíssima com seu Filho Divino.

Considera, alma minha, a agudíssima dor da Virgem Maria ao encontrar-se com seu Divino Filho, quando levava a pesada cruz até o monte Calvário para ser crucificado nela por nossa salvação.

Oh!, Mãe aflita.

Pela dor com que viste a teu Filho carregando a cruz, te suplico me dês a graça para segui-lo, levando com paciência a cruz de meus trabalhos.

Quinta estação:
Nesta quinta estação se contempla a crucificação e morte de Jesus.

Considera, alma minha, a penetrante dor da Virgem Maria quando viu a seu Filho cravado sobre o duro madeiro da Cruz, e morrer derramando sangue por todo seu sacratíssimo corpo.

Oh!, Mãe aflita.

Pela dor com que viste crucificar a teu Divino Filho te suplico me dês a graça para que mortificando minhas paixões, viva sempre crucificado com Cristo.

Sexta Estação:
Nesta sexta estação se contempla o descimento de Jesus da Cruz.

Considera, alma minha, a agudíssima dor que transpassou o coração da Virgem Maria ao receber em seus braços o corpo morto de Jesus, coberto de sangue e todo despedaçado.

Oh!, Mãe aflita.

Pela dor que recebeste ao ter em teus braços, chagado e destroçado, o corpo de teu Filho no sepulcro, te suplico me alcances a graça de recebe-lo dignamente na Sagrada Comunhão.

Sétima estação:
Nesta sétima estação se contempla a sepultura de Jesus.

Considera, alma minha, os soluços que exalaria o coração aflito da Virgem Maria, ao ver a seu amado Jesus colocado no sepulcro.

Oh!, Mãe aflita.

Pela dor com que deixaste o corpo de teu Filho no sepulcro, te suplico me dês a graça para detestar o pecado e viver morto aos gostos do mundo.

Oração final:
Te rogamos, Senhor nosso Jesus Cristo, que seja nossa intercessora, cercada de tua clemência, agora e na hora de nossa morte, a bem-aventurada Virgem Maria, tua Mãe, cuja sacratíssima alma foi transpassada pela dor na hora de tua Paixão.

Te pedimos por Vos, Cristo Jesus, Salvador do mundo, que com o Pai e o Espírito vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém.

Se rezam três Ave-Maria.

V: Mãe dolorosa.

R: Rogai por nós.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Nossa Senhora das Dores



Nossa Senhora das Dores



Índice

1 Dores
2 Culto
3 Orago
4 Iconografia



Dores

O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. Em 1239, a sua veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem dos Servos de Maria (Ordem Servita). Deve o seu nome às Sete Dores da Virgem Maria:

As profecias de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).

Culto


Nossa Senhora das Dores - Pirenópolis - Goiás - BrasilEm Pirenópolis e Magé é venerada na Semana Santa, com o Setenário, e procissão.

Em Mantenópolis é venerada no dia 15 de setembro, a festa começa no mês de agosto com a peregrinação com a imagem de Nossa Senhora das Dores pelas comunidades da Paróquia, iniciado pela comunidade São Geraldo e indo até o município de Alto Rio Novo, que também faz parte da paróquia. Cada comunidade leva até a comunidade vizinha até o dia 15 de setembro, quando a imagem desce em Carreata desde o município de Alto Rio Novo até Mantenópolis, onde há uma Missa que é presidida pelo bispo de São Mateus finalizando a novena. Logo após à missa, há uma apresentação artística de cantores contratados pela paróquia.

Em Boa Esperança, (MG) é venerada na Semana Santa com o Setenário das Dores, e na semana do dia 15 de Setembro. Celebram-se missas durante sete dias, até o dia de sua festa, quando, além de procissão por toda a cidade, celebram-se duas missas: uma de manhã, antes da procissão, e outra à noite.

É venerada no dia 15 de Setembro, como padroeira da Eslováquia, do estado norte-americano do Mississípi, dos municípios brasileiros de Barbacena em Minas Gerais, deMagé no Rio de Janeiro, Juazeiro do Norte, Juquitiba em São Paulo, Januária e Cajazeiras, na Paraíba,Caruaru, Mantenópolis e Limeira e das comunas italianas de Accumoli, Mola di Bari, Paroldo e Villanova Mondovì.

É também alvo de particular culto na Malta e em Espanha (sendo orago dos seguintes municípios: Alanís, Albuñuelas, Alhama de Granada, Arévalo, Ayamonte, Blanca, Cobisa, Cuenca, Granada, Guadix, Güevéjar, Lodosa, Luzaga, Medina del Campo, Uclés, Vera, Villarramiel e Villatuelda).

Orago

Em Portugal, é o orago de diversas freguesias, sob as seguintes invocações:

Nossa Senhora das Dores

Assomada
Boavista
Isna
Laveiras-Caxias
Monção
Monte Gordo
Ortiga
Poço do Canto
Praia do Norte
Ponte de Lima
Trofa

Nossa Senhora da Angústias


Angústias


Nossa Senhora da Piedade


Algoz
Canhas
Cova da Piedade
Meijinhos
Monte Redondo
Odeceixe
Odemira
Nossa Senhora da Piedade (Ourém)
Piedade
Ponta Garça Ilha de São Miguel - Açores
Queimadela
Santo Quintino
Urqueira
Vau
Vidais
Arrifes Ilha de São Miguel - Açores
Lombinha da Maia Ilha de São Miguel - Açores
N. S. Piedade Porto Alegre



Nossa Senhora da Soledade

Porto Covo


Nossa Senhora do Pranto


Arazede
Aveloso
Dornes
Gafanhão
Paço
Pampilhosa da Serra
Penela da Beira
Penhascoso
Sabugosa
Salto
Sendim
Torre do Terrenho
Vila Nova de Foz Côa
Espírito Santo/Rio Grande do Norte-Brasil Festa a 2 de fevereiro.


Iconografia

Virgem das Angustias, em Ayamonte, EspanhaNossa Senhora das Dores surge representada sendo ferida por sete espadas no seu coração imaculado (algumas vezes uma só espada), dado ter sido trespassada por uma «espada de dor», quando da Paixão e Morte de seu Filho, unindo-se ao seu sacrifício enquanto redentor e sendo por isso chamada pelos teólogos de Corredentora do Género Humano. É também seu símbolo o Rosário das Lágrimas (ou Terço das Lágrimas), com 49 contas brancas divididas em sete partes de sete contas cada. Aparece também frequentemente representada com uma expressão dolorida diante da Cruz, contemplando o filho morto (donde nasceu o hino medieval Stabat Mater), ou então segurando Jesus morto nos braços, após o seu descimento da Cruz (dando assim origem à temática das Pietà).

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


Ó Mãe das Dores. Rainha dos mártires, que tanto chorastes vosso Filho, morto para me salvar, alcançai-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida.
Mãe pela dor que experimentastes quando vosso divino Filho, no meio de tantos tormentos, inclinando a cabeça expirou à vossa vista sobre a cruz, eu vos suplico que me alcanceis uma boa morte. Por piedade, ó advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e no combate da terrível passagem desta vida a eternidade.
E, como é possível que, neste momento, a palavra e a voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o de Jesus, rogo-vos, desde já, a vós e a vosso divino Filho, que me socorrais nessa hora extrema e assim direi: Jesus e Maria, entrego-Vos a minha alma.
Amém.

Estatutos da Irmandade de Nossa Senhora das Dores - Abril de 1769

Estatutos da Irmandade de Nossa Senhora das Dores
(Abril de 1769)
ESTATUTOS DA IRMANDADE DE N.ª SR.ª DAS DORES
(Abril de 1768)
O documento escolhido para este mês de Setembro está relacionado, como não podia deixar de ser, com a festa que se
vive na Póvoa, todos os anos por esta altura - a Festa em honra de Nossa Senhora das Dores. Trata-se de um
documento de 1769, intitulado de Estatutos da Irmandade de Nossa Senhora das Dores * e pertencente à série
documental Estatutos. Documento este que, e tal como alguns outros que o Arquivo Municipal custodia, faz parte de
um grupo de documentos designado de Reservados, ou seja, não estão disponíveis para consulta, apenas e só
mediante requerimento expresso e que justifique a mesma.
Nossa Senhora das Dores é um dos muitos títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Virgem Maria, sendo sob essa
designação que é objecto de culto em Portugal. Pode também ser chamada de Nossa Senhora da Piedade, Nossa
Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores,
Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens,
ou Mater Dolorosa.
Na Póvoa, o culto da Mãe de Jesus sob aquela invocação remonta a 1768, ano em que foi colocada uma imagem na
antiga capela do Senhor do Monte, curiosamente o mesmo ano do documento em destaque, da criação e estatutos da
Irmandade de Nossa Senhora das Dores. Um documento interessante, dividido por capítulos, dos quais podemos
destacar: “Cap. 1º - Haverá nessa Irmandade de Nossa Senhora das Dores hum juiz, hum escrivão, hum thezoureiro,
hum zelador, hum procurador, e três mordomos, cada hum terá particular cuidado em cumprir com a sua obrigação.
Cap. 2º - O Juiz será dos principais homens da freguesia, ou de fora (…) , ou secular, que saiba governar, e reger o que
for conveniente (…). Cap. 3º - O escrivão (…) que saiba ler e escrever (…). Cap. 4º - O thesoureiro (…) receberá todo o
rendimento e fabrica da Irmandade e todas as esmolas que o zelador lhe der (…). Cap. 5º - O zelador será (…) de boa
consciência (…). Cap. 6º - O procurador será homem abonado e diligente (…). Cap. 7º - Os mordomos serão três
homens deligentes nas suas obrigações, acompanharão a sepultura os irmãos defuntos (…). Cap. 8º - A irmandade
encorporada sahirá no dia da festa da Senhora, e todas as vezes que ella sahir em procição e também nas procições da
festa da Padroeyra, festa do Sacramento, festa do Rozario, dia da Páscoa da Ressurreição e dia do Corpo de Deos .Cap.
9º - O dia da festa da Senhora será no quarto Domingo de Julho de casa anno, porem se o dia de Santhiago ou dia de
Sta. Anna forem ao Domingo nesse anno se mudará o dia da festa da Senhora para o primeiro Domingo de Agosto, e
na véspera da festa sahira a Senhora da sua Capella em procição com a Irmandade encorporada debaixo da sua cruz
para a Matriz, para na Matriz se celebrar a sua festa com o sacramento exposto e sermão, e de tarde sahira em
procição pelas ruas publicas desta villa para a sua Capella, o que se fará com toda a solemnidade (…). Villa da Povoa de
Varzim, Abril 24 de 1769 annos (…)”1. Uma exposição clara de como estava organizada esta Irmandade.
Existe ainda, também nos tais Reservados, um Livro que há-de servir para se assentarem os Irmãos da Irmandade de
Nossa Senhora das Dores *, datado de Abril de 1772. Pouco tempo, portanto, após a criação dos Estatutos da mesma.
Trata-se de uma listagem de todos aqueles que pertenciam à Irmandade.
A grande adesão àquele culto exigiu a criação de um templo próprio, a Igreja da Senhora das Dores da Póvoa de
Varzim, que teve a sua origem no século XVIII mas que só ficou concluído no princípio do século XIX. Esta Igreja
encontra-se num local ligeiramente elevado onde era anteriormente venerado o Senhor do Monte numa antiga ermida.
A alteração da evocação ocorreu a partir de 24 de Julho de 1768, quando o arcebispo concede autorização para a
colocação da imagem da Senhora das Dores na ermida a um grupo de estudantes de Gramática Latina, ajudados por
alguns moradores. A partir daí deu-se o início de uma campanha que visava remodelar a antiga ermida, passando a
denominar-se Capela da Virgem Santíssima Senhora das Dores.
No dia 8 de Junho de 1784, regista-se uma curiosa procissão em que a imagem da Senhora das Dores é conduzida a
Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado da Misericórdia, a fim de, por intercepção da Senhora das Dores, esta faça cair
a chuva para as terras serem produtivas.
1 in Estatutos da Irmandade de Nossa Senhora das Dores | ISD / 22 (R) | Abril de 1769
Em 1866 ficaria com o aspecto que tem hoje, com a construção de seis capelas circundantes com esculturas que
representam as dores da Nossa Senhora (a profecia do velho Simeão; a fuga para o Egipto; a perda e encontro do
menino Jesus no templo com os doutores da lei; a caminho do Calvário; a crucificação e a descida da cruz), estando a
sétima dor figurada no altar-mor. Na primeira metade do séc. XX, esta capela era já um activo centro mariano. De
resto, considerada imóvel classificado de interesse público.
No dia da festa, a peregrinação dos visitantes à igreja começa bem cedo pela manhã, percorrendo em oração as seis
capelinhas em redor onde se podem admirar, em figuras de tamanho natural, cenas representativas de passos da
paixão de Cristo - as seis primeiras dores de Nossa Senhora. A sétima dor - a “Soledade”, como já referimos, está
representada no altar-mor por uma bela imagem de Nossa Senhora das Dores.
Todos os anos, no terceiro Domingo de Setembro, encerrando uma semana de actos litúrgicos, tem lugar a procissão
em honra de N.ª Sr.ª das Dores, préstito religioso esse que começou por se realizar no quarto domingo de Agosto para
se fixar desde o início do século passado no terceiro domingo de Setembro.
Pelas 16 horas o cortejo religioso forma-se e sai, para as ruas da cidade, um desfile de andores e anjinhos. Centenas de
penitentes e devotos desta santa integram a procissão, pagando promessas feitas em momentos de aflição e que a
Senhora atendeu. Também se ouve cantar e rezar o terço ao longo do percurso, à medida que a procissão atravessa
alas infindáveis de gente que faz questão de assistir e participar na homenagem a esta Santa.
No final recolhe, na Igreja de Nossa Senhora das Dores, no adro da qual o ritual se repete todos os anos, o andor da
santa que é o último a chegar, onde os outros já o esperam em jeito de corredor formado para recebê-la, que então se
vira para o povo e este acena com lenços brancos, despedindo-se de forma comovente.
Decorre então, em meados de Setembro, esta festividade com tradições seculares onde, para além dos tradicionais
festejos com espectáculos de variedades, fogo preso e grandiosa procissão, ressalta a típica e muito concorrida feira
da louça.