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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Te Deum








Te Deum laudamus:
te Dominum confitemur.
Te aeternum Patrem
omnis terra veneratur.
Tibi omnes Angeli;
tibi caeli et universae Potestates;
Tibi Cherubim et Seraphim
incessabili voce proclamant:
Sanctus, Sanctus, Sanctus,
Dominus Deus Sabaoth.
Pleni sunt caeli et terra
maiestatis gloriae tuae.
Te gloriosus Apostolorum chorus,
Te Prophetarum laudabilis numerus,
Te Martyrum candidatus laudat exercitus.
Te per orbem terrarum
sancta confitetur Ecclesia,
Patrem immensae maiestatis:
Venerandum tuum verum et unicum Filium;
Sanctum quoque Paraclitum Spiritum.
Tu Rex gloriae, Christe.
Tu Patris sempiternus es Filius.
Tu ad liberandum suscepturus hominem,
non horruisti Virginis uterum.
Tu, devicto mortis aculeo,
aperuisti credentibus regna caelorum.
Tu ad dexteram Dei sedes, in gloria Patris.
Iudex crederis esse venturus.
Te ergo quaesumus, tuis famulis subveni:
quos pretioso sanguine redemisti.
Aeterna fac cum sanctis tuis in gloria numerari.

[added later, mainly from Psalm verses:]
Salvum fac populum tuum,
Domine, et benedic hereditati tuae.
Et rege eos, et extolle illos usque in aeternum.
Per singulos dies benedicimus te;
Et laudamus Nomen tuum in saeculum, et in saeculum saeculi.
Dignare, Domine, die isto sine peccato nos custodire.
Miserere nostri Domine, miserere nostri.
Fiat misericordia tua,
Domine, super nos, quemadmodum speravimus in te.
In te, Domine, speravi:
non confundar in aeternum.




Nós vos louvamos, ó Deus,
nós vos bendizemos, Senhor.
Toda a terra vos adora,
Pai eterno e onipotente.


Os Anjos, os Céus e todas as Potestades,
os Querubins e os Serafins vos aclamam sem cessar:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo,
o céu e a terra proclamam a vossa glória.

O coro glorioso dos Apóstolos,
a falange venerável dos Profetas,
o exército resplandecente dos Mártires
cantam os vossos louvores.

A santa Igreja anuncia por toda a terra
a glória do vosso nome:
Deus de infinita majestade,
Pai, Filho e Espírito Santo.

Senhor Jesus Cristo, Rei da Glória,
Filho do Eterno Pai,
para salvar o homem, tomastes a condição humana
no seio da Virgem Maria.

Vós despedaçastes as cadeias da morte
e abristes as portas do Céu.
Vós estais sentado à direita de Deus, na glória do Pai,
e de novo haveis de vir para julgar os vivos e os mortos.

Socorrei os vossos servos, Senhor,
que remistes com o vosso Sangue precioso;
e recebei-os na luz da glória,
na assembleia dos vossos Santos.

Salvai o vosso povo, Senhor,
e abençoai a vossa herança;
sede o seu pastor e guia através dos tempos
e conduzi-os às fontes da vida eterna.

Nós vos bendiremos todos os dias da nossa vida
e louvaremos para sempre o vosso nome.
Dignai-vos, Senhor, neste dia, livrar-nos do pecado.
Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Desça sobre nós a vossa misericórdia,
porque em vós esperamos.
Em vós espero, meu Deus,
não serei confundido eternamente.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Advento





















A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão. Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual.



A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!



O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.



O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.


O tempo do advento e suas características
O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos. Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma das expressões desta alegria é o canto das chamada "Antífonas do Ó".



Símbolos do Advento

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser, colocada ao lado do altar ou em qualquer outro lugar visível.



A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo, brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.



A coroa de advento

Hoje, na Alemanha, a Coroa de Advento está dentro de Igrejas, de escolas e até de residências particulares. É impossível se imaginar os festejos de Advento sem a presença da referida e suas quatro velas queimando durante os 24 dias. Pois andei pesquisando a respeito.



A Coroa de Advento não é antiga. Ela foi concebida em Hamburgo, há mais de cem anos. Havia muitas crianças órfãs naquela cidade portuária. Meninas e meninos sem teto que perambulavam pelas ruas pedindo esmolas. Conhecemos este “filme”.



As coisas não precisam ser sempre assim. Um pastor evangélico luterano morava naquela cidade. Seu coração pulsava por aquelas meninas e por aqueles meninos “sem eira nem beira”. Mexe daqui, puxa dali, ele construiu uma enorme casa onde passou a abrigar o máximo possível de crianças de rua. Naquela casa o povo miúdo tinha espaço para dormir e fazer suas refeições. Mais do que isso: tinha a chance de aprender uma profissão. Muitos saíram dali formados como sapateiros, desenhistas, costureiras e até jardineiros. A idéia era que, assim, não precisariam mais perambular pelas ruas pedindo esmolas, uma vez que juntavam seus próprios dinheiros a partir do suor do seu rosto.



Foi assim que, em 1833, nasceu a “Rauhes Haus” (Casa Rústica). O pastor visionário chamava-se Johann Heinrich Wichern (*1808 +1881). Todo ano ele celebrava o tempo de Advento com meditações, cânticos e reflexões que enfocavam este tempo bonito que antecede o Natal. Para contextualizar aqueles momentos o pastor Wichern pendurou uma roda velha, dessas que ainda hoje se vê em carroças, no teto na “Casa” que dirigia.



No primeiro domingo de Advento colocou a primeira grande vela a queimar sobre a roda. Depois, nos seis dias seguintes, seis velas pequenas. Daí, no segundo domingo de Advento, novamente a segunda vela grande... Um dia antes do Natal queimavam 24 velas referida roda.



Corria o ano de 1840. As meninas e os meninos que moravam na referida casa gostavam muito daqueles encontros. A roda ia iluminando mais e mais a sala, a medida que o Natal se aproximava. Cada vela tinha o seu significado. Foram eles, as meninas e os meninos, que “batizaram” aquele tempo de “Meditação das Velas”. Passaram-se dois anos e aquela pequena Comunidade decidiu enfeitar a roda iluminada com ramos de pinheiro (sinal de vida). Foi assim que nasceu a primeira Coroa de Advento dentro da Igreja Luterana.



Muitas pessoas que visitavam a “Rauhes Haus” achavam aquele símbolo muito significativo. Como nas suas moradias particulares não havia muito espaço para uma Coroa de Advento com 24 velas, optaram por uma menor com quatro, uma para cada domingo. Viva o Advento, esse tempo no qual nos preparamos para receber a visita que vem: Jesus Cristo!



A coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:



A forma circular

O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.



As ramas verdes

Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta. O ramos dos pinheiros permanecem verdes apesar dos rigorosos invernos, assim como os cristãos devem manter fé e a esparança apesar das tribulações da vida. kevin willian



A fita vermelha

A fita e o laço vermelho que envolvem a grinalda simbolizam o Amor de Deus ou o próprio Espírito Santo a embalar toda criação que é remida com a chegada de Jesus.



As bolas

As bolas simbolizam os frutos do Espírito Santo que brotam no coração de cada cristão.

As quatro velas

As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. No início, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Nos recorda a experiência de escuridão do pecado. A medida em que se vai aproximando o Natal, vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas representando assim a chegada, em meio de nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada.



A 1ª vela lembra o perdão concedido a Adão e Eva.

A 2ª simboliza a fé de Abraão e dos outros Patriarcas, a quem foi anunciada a Terra Prometida.

A 3ª lembra a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna.

A 4ª recorda os Profetas que anunciaram a chegada do Salvador.



As cores das velas do Advento são: Roxa, Roxa, Rosa e Roxa, podendo também serem adotadas velas com as seguintes cores: Roxa, Vermelha, Branca e Verde.

Geralmente na Igreja Católica a cor das velas segue a cor das vestes litúrgicas do sacerdote[1], sendo assim, a cor roxa é usada no primeiro, segundo e quarto domingos do Advento simbolizando a conversão e penitência e, a cor rosa no terceiro domingo (Gaudete) simbolizando a alegria em meio à espectativa da chegada de Jesus.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Que é um rito?





Para conhecer melhor as igrejas orientais




O termo “rito” não é uma inovação da cristandade, mas foi retomado pela Igreja e tem sido utilizado com toda sua riqueza e ambiguidade.

Rito e liturgia

O termo “rito” sempre teve um sentido religioso ligado à esfera litúrgica que permanece até nossos dias. Já a Vulgata fazia deste termo um sinônimo de cerimônia, de prescrições e de costumes ligados à liturgia.

Com o “rito”, a Igreja indicava no início a praxis de uma certa liturgia, como rito da aspersão da água ou o rito de acrescentar a água no vinho, na Santa Missa. Depois começa a indicar uma cerimônia de culto, quer dizer, toda a função litúrgica, como o rito do batismo e o rito da missa, por exemplo: ou inclusive indicava-se com o termo “rito” o próprio conjunto da liturgia, como o rito romano, ou o rito ambrosiamo em Milão [1].

Rito entre lei e disciplina

A finais do século XII, com Celestino III (1191- 1198), o termo “rito” foi usado para indicar o conjunto de leis ou de costumes que se devem respeitar e observar atentamente. Celestino III, de fato, aos bispos gregos que tentavam impor a observância de seus ritos e costumes ao clero latino, ele impedia de mesclar os diversos ritos.

Em seguida, o rito começou a indicar toda a comunidade que observa estas leis, disciplina e liturgia. Aparece, portanto, o sentido de “igreja particular”.

Rito e igreja particular

Desde o século XVII, começa-se a falar do rito Latino, do rito Armênio e do rito Grego. Aparece, portanto, este novo significado do termo “rito”, como igreja particular. A primeira codificação oriental seguia usando o termo “rito” em seus diversos significados, seguindo o código de 1917. Por exemplo, o Motu Proprio Cleri Sanctitati [2], de Pio XII, no can. 200, utiliza o termo “rito” no sentido de cerimônia litúrgica. O Motu Proprio Crebrae Allatae [3], em contrapartida, no can. 86 § 1. 2°, com o termo “rito” indica os fiéis que pertencem a uma igreja particular.

Do Vaticano II ao Código dos Cânones das Igrejas Orientais

O Concílio utiliza o termo “rito” de duas formas diferentes – ou para dizer melhor – de duas formas complementares [4]. Na primeira, o Concílio Vaticano II abre uma nova dimensão ao termo “rito”, dando-lhe uma nova definição. Na segunda forma, o Concílio utiliza o termo “rito” com o significado já recebido no passado.

Por uma parte, o decreto conciliar Orientalium Ecclesiarum [5], que é um decreto sobre as Igrejas Orientais, no número 3, dá uma definição bem precisa do termo “rito”: “Tais igrejas particulares, tanto do Oriente como do Ocidente, embora difiram parcialmente entre si em virtude dos ritos, isto é, pela liturgia, disciplina eclesiástica e património espiritual, são, todavia, de igual modo confiadas o governo pastoral do Pontífice Romano, que por instituição divina sucede ao bem-aventurado Pedro no primado sobre a Igreja universal” [6]. Observa-se, portanto, que com o termo “rito” indica-se o conjunto do patrimônio litúrgico, disciplinar e espiritual de uma igreja particular. Definindo assim o termo “rito”, o Concílio prolonga seu sentido recebido já desde o passado e lhe atribui um sentido canônico.

O Concílio Vaticano II segue utilizando o termo “rito” indicando também o conjunto dos atos litúrgicos ou a própria função, por exemplo, no número 71 de SC [7] utiliza a expressão “rito da Confirmação”; no número 19 de PO [8], “rito da Ordenação”, etc.

Por outro lado, o Concílio Vaticano II utiliza o termo “rito” como sinônimo de “igreja particular”. De fato, o decreto conciliar Orientalium Ecclesiarum, nos números 2, 3, 4 e também no título do parágrafo utiliza esta expressão: “As Igrejas Particulares ou os Ritos”. Para o Concílio Vaticano II, portanto, o termo “rito” é uma expressão com a qual se entende também a “igreja particular”.

Em seguida, o Codex Iuris Canonici [9] de 1983 simplifica a terminologia, dando um só e único sentido ao termo “igreja particular”. Como igreja particular, no Codex Iuris Canonici se entende só a diocese. Enquanto que com o termo “rito”, entendem-se as celebrações litúrgicas, como se afirma no can. 2.

Para as Igrejas orientais que estão em comunhão com Roma, o Codex Iuris Canonici, em diversos cânones, usa o termo “iglesia ritual sui iuris”. Observa-se também que o Codex Iuris Canonici segue utilizando o termo “rito” para indicar uma igreja oriental.

O Código dos Cânones das Igrejas Orientais, no can. 28 § 1, dá uma definição muito precisa da noção de “rito”: O rito é o patrimônio litúrgico, teológico, espiritual e disciplinar, diferente por cultura e circunstâncias históricas dos povos, que se expressa no modo de viver a fé que é próprio de cada Igreja sui iuris.

Observa-se deste cânon que o rito converte-se no patrimônio de um grupo. Este patrimônio não é comum, portanto, a todas as Igrejas orientais: cada uma tem o seu. O rito é um patrimônio que tem quatro elementos essenciais: litúrgico e teológico, espiritual e disciplinar. Este é depósito e totalidade de uma comunidade religiosa em seu conjunto.

A noção de “rito”, desta forma, recebe uma riqueza e clareza pela primeira vez na história da Igreja. Converte-se na maneira em que um povo vive sua própria fé.

O Codex Canonum Ecclesiarum Orientalium não fica sozinho em definir a noção de “rito”, ao contrário, para evitar qualquer ambiguidade, estabelece seu nascimento e origem:

28 § 2. Os ritos dos que se trata no Código são, a menos que não conste o contrário, os que têm origem nas tradições Alexandrina, Antioquena, Armênia, Caldeia e Constantinopolitana.

Cinco são as tradições, as matrizes, de todos os ritos. A tradição é a origem do rito. A própria tradições, inclusive, poderia ser a origem de vários ritos diferentes.

Concluindo, observa-se que no Codex Canonum Ecclesiarum Orientalium a noção de “rito” toma o sentido de patrimônio e com ela se expressa a maneira de um grupo viver sua própria fé em sua totalidade litúrgica, espiritual, cultural e disciplinar.

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1) Cfr. E. EID, Rite, Église de Droit Propre e Juridiction, en L’année canonique, 40 (1998), 7.

2) AAS, 49 (1957) 433- 600.

3) AAS, 41 (1949) 89- 117.

4) Cfr. E. EID, Rite, Église de Droit Propre e Juridiction, 9.

5) CONCILIUM OECUMENICUM VATICANUM II, Decretum de Ecclesiis Orientalibus Catholicis, Orientalium Ecclesiarum, (21.XII. 1964), in AAS, 57 (1965), 76- 89.

6) OE 3.

7) CONCILIUM OECUMENICUM VATICANUM II, Constitutio de Sacra Liturgia, Sacrosanctum Concilium, (4. XII. 1963), in AAS, 56 (1964) 97- 138.

8) CONCILIUM OECUMENICUM VATICANUM II, Decretum de Presbyterorum Ministerio et Vita, Presbyterorum Ordinis, (7. XII. 1965), in AAS, 58 (1966) 991- 1204.

9) I. PAULI II PP., Codex Iuris Canonici, in AAS, 75 (1983), pars II, 1– 317.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Diácono na Liturgia





"Que cada um faça tudo e somente aquilo que pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas lhe compete" (SC 28).


Instrução Geral sobre o Missal Romano
Entrada
27. Chegando ao Presbitério, o sacerdote e os ministros saúdam o altar. Em seguida, em sinal de veneração, o SACERDOTE e o DIÁCONO beijam o altar.

34. Como por tradição o ofício de proferir as leituras não é função presidencial mas ministerial, convém que via de regra o DIÁCONO, ou na falta dele outro sacerdote, proclame o Evangelho.

55. Exige a Oração Eucarística que todos a escutem com reverência e em silêncio, dela participando apenas pelas aclamações previstas no Rito próprio.

47. Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o DIÁCONO e os ministros, começa o canto da entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros.

49. Chegando ao presbitério, o SACERDOTE, o DIÁCONO e os ministros saúdam o altar com uma inclinação profunda. (V. 274) Em seguida, em sinal de veneração o sacerdote e o diácono beijam o altar.

66. A homilia, via de regra é proferida pelo próprio sacerdote celebrante ou é por ele delegada a um sacerdote concelebrante ou a um DIÁCONO, nunca, porém, a um leigo.

81. Na sacristia preparem-se as vestes sagradas do sacerdote e ministros:

a) para o sacerdote: alva, estola e casula;
b) para o DIÁCONO: alva, estola e dalmática;
c) Todos os que vestem alva devem também usar o cíngulo e amito, a não ser que se disponha de modo diferente;

Rito da paz
82. Segue-se o rito da paz no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana e os fiéis exprimem entre si a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do Sacramento.

Convém, no entanto, que cada qual expresse a paz de maneira sóbria apenas aos que lhe estão mais próximos.

84. Chegando ao altar, o sacerdote e o ministro fazem a devida reverência, isto é, inclinação profunda, ou GENUFLEXÃO, quando houver tabernáculo com o Santíssimo Sacramento atrás do altar.

85. O sacerdote e o diácono sobem ao altar e beijam-no em sinal de veneração.

86. COMO ANIMADOR DA COMUNIDADE, O DIÁCONO, logo após a saudação proferida pelo sacerdote, pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na Missa do dia.

Ritos de encerramento
90. c) despedida do povo pelo DIÁCONO ou pelo sacerdote, para que cada qual retorne às suas boas obras, louvando e bendizendo a Deus; (IDE em paz...)

d) o beijo ao altar pelo sacerdote e o DIÁCONO e, em seguida, a inclinação profunda ao altar pelo sacerdote, o diácono e os outros ministros. (V. 274)

116. Na celebração de qualquer Missa em que esteja presente o DIÁCONO, este exerça a sua função.

119. Na sacristia, conforme as diversas formas de celebração, preparem-se as vestes sagradas (cf. n. 337-341) do sacerdote, do DIÁCONO e dos demais ministros:

a) para o sacerdote: alva, estola e casula ou planeta;
b) para o DIÁCONO: alva, estola e dalmática, que pode ser dispensada em sua falta, como também em celebrações menos solenes;
127. Quando há um DIÁCONO no exercício de seu ministério, observa-se as seguintes normas:

a) assiste o sacerdote e caminha ao seu lado;
b) no altar encarrega-se do cálice e/ou do missal;
c) se não houver outros ministros, exerce as funções dos mesmos;
128. O DIÁCONO paramentado, quando leva o Livro dos Evangelhos, PRECEDE o sacerdote e se dirige ao altar, se não, caminha ao seu lado direito.

129. Depois de fazer com o sacerdote a devida reverência, o DIÁCONO sobe com ele ao altar, onde coloca o livro dos Evangelhos, beijando o altar com o sacerdote. Quando se usa o incenso assiste o sacerdote na imposição do incenso e na incensação do altar.

130. Incensando o altar, dirige-se para sua cadeira com o sacerdote e permanece ao seu lado (direito), servindo-o quando necessário.

131. Enquanto é proferido o "Aleluia" ou outro canto, o DIÁCONO se inclina diante do sacerdote e pede em voz baixa a benção dizendo: dá-me a tua bênção. A seguir, toma o Livro dos Evangelhos, se estiver sobre o altar, dirige-se à estante onde saúda o povo, incensa o Livro e proclama o Evangelho. Ao terminar, beija o Livro, dizendo em voz baixa: "Que as palavras do santo Evangelho ..." e volta para junto do sacerdote. NOTA: O Cerimonial dos Bispos no número 74 diz o seguinte: o DIÁCONO leva o Livro para este o oscular, OU o próprio diácono oscula o livro.

132. Após a introdução feita pelo sacerdote, o DIÁCONO propõe, da estante ou de outro lugar conveniente, as intenções das orações dos fiéis.

133. Ao ofertório, enquanto o sacerdote permanece em sua cadeira, o DIÁCONO prepara o altar. Deve também cuidar dos vasos sagrados. Assiste o sacerdote na recepção das dádivas do povo. Entrega ao sacerdote a patena com a hóstia que vai ser consagrada. Coloca o vinho e uma gota d’água no cálice dizendo em voz baixa: "Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade de Vosso Filho que se dignou assumir a nossa humanidade". Depois entrega o cálice ao sacerdote.

134. Durante a Oração Eucarística, o DIÁCONO permanece de pé junto ao sacerdote, mas um pouco atrás, para cuidar do cálice ou do missal.

O Cerimonial dos Bispos no no 155 diz: Se se cobrir o cálice e a píxide (ou cibório), o DIÁCONO descobre-os antes da epiclese ("Por isso, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas..."). Um dos DIÁCONOS deita incenso no turíbulo, e incensa a hóstia e o cálice a cada elevação (com três ductos triplos). Desde a epiclese até a elevação do cálice, OS DIÁCONOS PERMANECEM DE JOELHOS. Depois da consagração, o DIÁCONO, se for conveniente, cobre novamente o cálice e a píxide (ou cibório).

135. à Doxologia Final da Oração EucarÍstica, de pé ao lado do sacerdote, ELEVA O CÁLICE, EM SILÊNCIO, enquanto o sacerdote eleva a patena com a hóstia consagrada, até que o povo tenha aclamado o AMÉM.

136. Depois que o sacerdote disser a oração pela paz... o DIÁCONO faz o convite ao abraço da paz, se for o caso. Tendo recebido a saudação do sacerdote, pode transmití-la aos ministros mais próximos.

137. Tendo o sacerdote comungado, RECEBE a comunhão sob as duas espécies e auxilia na distribuição da Comunhão aos fiéis. Sendo a Comunhão ministrada sob duas espécies. apresenta o cálice ao celebrante e comunga por último do mesmo cálice.

138. Concluída a Comunhão, O DIÁCONO volta com o sacerdote ao altar e reúne os fragmentos, se os houver. A seguir, purifica o cálice e os outros vasos sagrados na credência ou no altar, conforme o costume. Pode também deixá-los devidamente cobertos sobre a credência e purificá-los após a Missa.

140. Dada a bênção pelo sacerdote, o DIÁCONO despede o povo com as palavras:"IDE EM PAZ E O SENHOR VOS ACOMPANHE."

156. Nas missas concelebradas NINGUÉM seja admitido a concelebrar, depois de iniciada a Missa.

204. Por último, aproxima-se O DIÁCONO. Depois de tomar o Sangue de Cristo, consome todo o Sangue que houver restado e purifica o cálice (final do no. 206: O diácono também comunga por intinção, respondendo Amém ao concelebrante que lhe diz: O Corpo e o Sangue de Cristo).

Logo após consumir o Preciosíssimo Sangue faz a oração: "Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que nossa boca recebeu e que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno".

234-b. Faz-se inclinação profunda ao altar, se não houver tabernáculo com o SS. Sacramento. O DIÁCONO faz a mesma inclinação quando pede a bênção antes de proclamar o Evangelho.



MINISTÉRIOS PARTICULARES
65 O ACÓLITO é instituÍdo para servir o altar e auxiliar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe, principalmente, preparar o altar e os vasos sagrados, bem como distribuir aos fiéis a Eucaristia, da qual é ministro extraordinário.

145. Não havendo diácono, O ACÓLITO põe sobre o altar o corporal, o purificatório, o cálice e o missal.

147. Terminada a distribuição da Comunhão, ajuda o sacerdote ou o DIÁCONO a purificar e arrumar os vasos sagrados. Na falta de diácono, o ACÓLITO leva os vasos sagrados para a credência e ali os purifica. (Vide final do 206)



MISSA COM DIÁCONO
171. Quando está presente à celebração eucarística, o DIÁCONO, revestido das vestes sacras, exerça seu ministério. Assim, o DIÁCONO:

a) assiste o sacerdote e caminha a seu lado; (direito)
b) ao altar, encarrega-se do cálice e do livro;
c) proclama o Evangelho e, por mandado do sacerdote celebrante, pode fazer a homilia (cf. n. 66);
d) orienta o povo fiel através de oportunas exortações e enuncia as intenções da oração universal;
e) auxilia o sacerdote celebrante na distribuição da Comunhão e purifica e recolhe os vasos sagrados;
f) se não houver outros ministros, exerce as funções deles, conforme a necessidade.
172. Conduzindo o Evangeliário, pouco elevado, o DIÁCONO precede o sacerdote que se dirige ao altar; se não, caminha a seu lado. (direito)

173. Chegando ao altar, se conduzir o Evangeliário, OMITIDA a reverência, sobe ao altar. E, tendo colocado respeitosamente o Evangeliário sobre o altar, com o sacerdote venera o altar com um ósculo. Se, porém, não conduzir o Evangeliário, faz, como de costume, com o sacerdote profunda inclinação ao altar e, com ele, venera-o com um ósculo. Por fim, se for usado incenso, assiste o sacerdote na colocação do incenso e na incensação da cruz e do altar.

174. Incensado o altar, dirige-se para a sua cadeira com o sacerdote, permanecendo aí ao lado (direito) do sacerdote e servindo-o quando necessário.

Liturgia da Palavra
175. Enquanto é proferido o Aleluia ou outro canto, o DIÁCONO, quando se usa incenso, serve o sacerdote na imposição do incenso. Em seguida, profundamente inclinado diante do sacerdote, pede, em voz baixa a bênção, dizendo: Dá-me a tua bênção. O sacerdote o abençoa, dizendo: O Senhor esteja em teu coração... O diácono faz o sinal da cruz e responde: Amém. Em seguida, feita uma inclinação ao altar dirige-se ao ambão, precedido do turiferário com o turíbulo fumegante e dos ministros com velas acesas. Ali, ele saúda o povo, dizendo de mãos unidas: O Senhor esteja convosco e, em seguida, às palavras Proclamação do Evangelho, traça o sinal da cruz com o polegar sobre o livro e, a seguir, sobre si mesmo, na fronte, sobre a boca e o peito, incensa o livro e proclama o Evangelho. Ao terminar, aclama: Palavra da Salvação. Em seguida, beija o livro, dizendo em silêncio: Pelas palavras do santo Evangelho..., e volta para junto do sacerdote.

Quando o DIÁCONO serve ao Bispo, leva-lhe o livro para ser osculado OU ele mesmo o beija, dizendo em silêncio: Pelas palavras do Santo Evangelho... Em celebrações mais solenes o Bispo, conforme a oportunidade, abençoa o povo com o Evangeliário.

176. Não havendo outro leitor preparado, o DIÁCONO profere também as outras leituras.

177. Após a introdução do sacerdote, o DIÁCONO propõe, normalmente do ambão, as intenções da oração dos féis.

Liturgia Eucarística
178. Terminada a oração universal, enquanto o sacerdote permanece em sua cadeira, o diácono prepara o altar com a ajuda do acólito; cabe-lhe ainda cuidar dos vasos sagrados. Assiste o sacerdote na recepção das dádivas do povo. Entrega ao sacerdote a patena com o pão que vai ser consagrado; derrama vinho e um pouco d'água no cálice, dizendo em silêncio: Pelo mistério desta água... e, em seguida, apresenta o cálice ao sacerdote. Ele pode fazer esta preparação do cálice também junto à credência. Quando se usa incenso, serve o sacerdote na incensação das oferendas, da cruz e do altar, e depois ele mesmo incensa o sacerdote e o povo.

179. Durante a Oração eucarística, o diácono permanece de pé junto ao sacerdote, mas um pouco atrás, para cuidar do cálice ou do missal, quando necessário.

A partir da epiclese até a apresentação do cálice o diácono normalmente permanece de joelhos. Se houver vários diáconos, um deles na hora da consagração pode colocar incenso no turíbulo e incensar na apresentação da hóstia e do cálice.

180. À doxologia final da Oração Eucarística, de pé ao lado do sacerdote, eleva o cálice (em silêncio), enquanto o sacerdote eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha aclamado: Amém. (V. 236)

181. Depois que o sacerdote disse a oração pela paz e: A paz do Senhor esteja sempre convosco, o povo responde: O amor de Cristo nos uniu, o diácono, se for o caso, faz o convite à paz, dizendo, de mãos juntas e voltado para o povo: Meus irmãos e minhas irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus. Ele, por sua vez, recebe a paz do sacerdote e pode oferecê-la aos outros ministros que lhe estiverem mais próximos.

182. Tendo o sacerdote comungado, o DIÁCONO RECEBE a Comunhão sob as duas espécies do próprio sacerdote e, em seguida, ajuda o sacerdote a distribuir a Comunhão aos demais comungantes e, terminada a distribuição, consome logo com reverência, junto ao altar, todo o Sangue de Cristo que tiver sobrado, com a ajuda, se for o caso, dos demais diáconos e dos presbíteros.

183. Concluída a distribuição da Comunhão, o DIÁCONO volta com o sacerdote ao altar e reúne os fragmentos, se os houver. A seguir, leva o cálice e os outros vasos sagrados para a credência, onde os purifica e compõe como de costume, enquanto o sacerdote regressa à cadeira. Podem-se deixar devidamente cobertos na credência, sobre o corporal, os vasos a purificar e purificá-los imediatamente após a Missa, depois da despedida do povo.

Ritos Finais
185. Se for usada a oração sobre o povo ou a fórmula da bênção solene, o DIÁCONO diz: Inclinai-vos para receber a bênção. Dada a bênção pelo sacerdote, o DIÁCONO despede o povo, dizendo de mãos unidas e voltado para o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

186. A seguir, junto com o sacerdote, venera com um ósculo o altar e, feita uma inclinação profunda, retira-se como à entrada. (V.274)

206. Ninguém se associe nem seja admitido a concelebrar, depois de já iniciada a Missa.

236. A doxologia final da Oração eucarística é proferida somente pelo sacerdote celebrante principal.

239. Depois do convite do DIÁCONO ou, na sua ausência, de um dos concelebrantes: Meus irmãos e minhas irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus, todos se cumprimentam. Os que se encontram mais próximos do celebrante principal recebem a sua saudação antes do DIÁCONO.

240. Durante o Cordeiro de Deus, os DIÁCONOS ou alguns dos concelebrantes podem auxiliar o celebrante principal a partir as hóstias para a Comunhão dos concelebrantes e do povo.

Rito da Comunhão
249. O DIÁCONO também comunga por intinção, respondendo Amém ao concelebrante que lhe diz: O Corpo e o Sangue de Cristo.

O DIÁCONO, junto ao altar, consome, com reverência, todo o Sangue que restar (fazendo a oração: Fazei, Senhor, que conservemos...) , ajudado, se for preciso, por alguns dos concelebrantes; leva-o, em seguida, à credência, onde ele mesmo ou um acólito legitimamente instituído, como de costume, o purifica, enxuga e compõe.

251. Os Concelebrantes, antes de se afastarem do altar, fazem-lhe uma profunda inclinação. O celebrante principal, com o DIÁCONO, porém, como de costume, beija o altar em sinal de veneração.

Genuflexão e inclinação
274. Se houver no presbitério tabernáculo com o Santíssimo Sacramento, o sacerdote, o DIÁCONO e os outros ministros fazem genuflexão, quando chegam ao altar, e quando dele se retiram, não, porém, durante a própria celebração da Missa.

Incensação ou turificação
277. Antes e depois da turificação faz-se inclinação profunda à pessoa ou à coisa que é incensada, com exceção do altar e das oferendas para o sacrifício da Missa.

São incensados com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento, as relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor expostas para veneração pública, as oferendas para o sacrifício da Missa, a cruz do altar, o Evangeliário, o círio pascal, o sacerdote e o povo.

Com dois ductos são incensadas as relíquias e as imagens dos Santos expostas à veneração pública, mas somente uma vez no início da celebração, após a incensação do altar.

284. Quando a Comunhão é dada sob as duas espécies: quem serve ao cálice é normalmente o DIÁCONO.

310. A cadeira para o DIÁCONO esteja junto da cadeira do celebrante. (à direita)

336. A alva é a veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos de qualquer grau; ela será cingida à cintura pelo cíngulo, a não ser que o seu feitio o dispense.

338. A veste própria do DIÁCONO é a dalmática sobre a alva e a estola; contudo, por necessidade ou em celebrações menos solenes a dalmática pode ser dispensada.

340. A estola é colocada pelo sacerdote em torno do pescoço, pendendo diante do peito; o DIÁCONO usa a estola a tiracolo sobre o ombro esquerdo, prendendo-a do lado direito.


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CERIMONIAL DOS BISPOS
74. O DIÁCONO na proclamação do Evangelho, no ambão, de pé, voltado para o povo, depois de saudar o povo de MÃOS JUNTAS, faz o sinal da cruz primeiro sobre o livro, no início do Evangelho que vai ler, e depois sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito. (proclama o Evangelho de mãos juntas). Atenção: Jamais leve o folheto litúrgico para ser osculado pelo Bispo, mas somente o Livro.

76. O Bispo é saudado com inclinação profunda.

77. Quando a cátedra do Bispo fica por trás do altar, os ministros saúdam o Bispo ou o altar, evitando, contudo, passar entre os dois.

78. Se no presbitério houver vários bispos, a reverência é feita apenas ao que preside.

80. Nas procissões de entrada, o Bispo que preside à celebração litúrgica vai sempre só, atrás dos presbíteros, mas à frente dos DIÁCONOS que o assistem, que o acompanham um pouco atrás.

92. SãO INCENSADOS COM TRÊS DUCTOS : Santíssimo Sacramento, a relíquia da Santa Cruz, as imagens de Cristo, as oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio pascal, o Bispo ou Presbítero celebrante, a autoridade oficialmente presente, o coro, o povo, o corpo do defunto. SãO INCENSADOS COM DOIS DUCTOS : apenas as relíquias e imagens de SANTOS expostas à pública veneração.


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CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
1569. Na ordenação diaconal SOMENTE O BISPO IMPÕE AS MÃOS

1630. O DIÁCONO que assiste o Matrimônio e acolhe o consentimento dá a bênção em nome da Igreja.


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CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO
517. Pode ser confiado a um DIÁCONO o cuidado pastoral de uma paróquia (§ 1. Quando as circunstâncias assim o requeiram, o cuidado pastoral de uma ou de várias paróquias de uma vez, pode encomendar-se solidariamente a vários sacerdotes, com a condição, mesmo assim, de que um deles seja o moderador da atenção pastoral, quer dizer, que dirija a atividade conjunta e responda por ela ante o Bispo. § 2. Se, por escassez de sacerdotes, o Bispo diocesano considera que deva encomendar-se uma participação no exercício do cuidado pastoral da paróquia a um DIÁCONO ou a outra pessoa que não tem o caráter sacerdotal ou bem a uma comunidade, então designará a um sacerdote que dotado das potestades e faculdades do pároco, dirija a atenção pastoral).

757. Compete aos DIÁCONOS servir o povo de Deus no ministério da palavra (É próprio dos presbíteros, que são cooperadores dos Bispos, anunciar o Evangelho de Deus; tem esta obrigação principalmente, enquanto ao povo a eles encomendado, os párocos e aqueles outros a quem se confia a cura de almas, também aos DIÁCONOS corresponde servir ao Povo de Deus no ministério da Palavra, em comunhão com o Bispo e seu presbitério).

764. Os DIÁCONOS têm a faculdade de pregar em qualquer lugar (ficando a salvo o prescrito no cânon 765, os presbíteros e os DIÁCONOS gozam da faculdade de pregar em todas partes, que deverão exercer com o consentimento ao menos presunto do reitor da igreja, a não ser que esta faculdade lhes haja sido restringida ou tirada pelo Ordinário competente ou que por lei particular se requeira licença expressa).

767. A homilia é reservada ao sacerdote ou DIÁCONO (§ 1. Entre as formas de pregação se destaca a homilia, que é parte da mesma liturgia e que está reservada ao sacerdote ou ao DIÁCONO; nela, ao longo do ano litúrgico, se exporão os mistérios da fé e as normas de vida cristã, a partir do texto sagrado. § 2. Deve ater-se à homilia, e não se pode omitir sem causa grave, em todas as Missas dos domingos e festas de preceito, que se celebram com concurso do povo. § 3. Recomenda-se muito que, si se dá suficiente concorrência do povo, se tenha a homilia também nas Missas que se celebrem entre a semana, sobretudo no tempo de advento e quaresma ou com ocasião de uma festa ou de um acontecimento lutuoso. § 4. Corresponde ao pároco ou reitor da igreja cuidar de que estas prescrições se cumpram religiosamente). Os leigos podem ser admitidos somente em casos bem particulares (c. 766).

86l. Ministro ordinário do Batismo é o Bispo, o Presbítero e o DIÁCONO.

910. Ministro ordinário da Sagrada Comunhão é o Bispo, o Presbítero e o DIÁCONO (§ 1. É ministro ordinário da sagrada comunhão o Bispo, o presbítero e o diácono. § 2. É ministro extraordinário da sagrada comunhão o acólito assim como outro fiel designado a teor do cânon 230 § 3).

943. Ministro da exposição e da bênção com o Santíssimo Sacramento é o sacerdote ou o DIÁCONO. Em casos especiais ministros e acólitos fazem exposição e reposição (O ministro da exposição do Santíssimo Sacramento e da bênção eucarística é o sacerdote ou o DIÁCONO; em circunstâncias peculiares, para a exposição e reserva, mas sem a bênção, são o acólito, o ministro extraordinário da sagrada comunhão ou outro encarregado pelo Ordinário do lugar, observando as prescrições do Bispo diocesano).

1169. O DIÁCONO pode dar todas as bênçãos concernentes ao seu ministério (§ 1. As consagrações e dedicações podem realizá-las validamente quem tem caráter episcopal assim como os presbíteros aos que se lhes permite pelo direito ou por legítima concessão. § 2. As bênçãos, excetuadas aquelas que se reservam ao Romano Pontífice ou aos Bispos, podem ser dadas por qualquer presbítero. § 3. O DIÁCONO pode dar somente aquelas bênçãos que se lhe permitam expressamente no direito).

Nota: Pela rubrica do Missal Romano quem convida para rezar o "Pai Nosso" é o sacerdote e não o diácono.

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CELEBRAÇÃO DA PALAVRA
O diácono pode usar o Folheto Litúrgico normal.

Na oração da Assembléia acrescenta-se: oração pelo Papa, pelo Bispo, pelo Clero, pelos enfermos, pelos falecidos e pela assembléia.

Pode haver canto do "Ofertório", desde que não fale em "pão e vinho", enquanto os fiéis fazem a oferta do dízimo, alimentos, etc.
Depois dessa oferta, pula-se direto para o "Pai Nosso".

Não se reza e não se canta o "Cordeiro de Deus" (Agnus Dei)

O restante é de acordo com o folheto.

(Mais detalhes consultar o "Documento Azul nº 52, da CNBB)

A dimensão da Teologia da Palavra na Liturgia




O MISTÉRIO DA PALAVRA DE DEUS

A Palavra de Deus é a primeira e a fundamental realidade à qual se liga todo o desenrolar do mistério cristão. A Palavra não representa apenas certo aspecto secundário da ação de Deus, mas, ao contrário, abrange toda a revelação.
Com a Palavra, Deus cria o céu e a terra; por meio da Palavra, ele se revela aos homens; pela proclamação da Palavra, nossa Salvação se torna ato, se realiza. Deus, falando, cria e opera toda a obra da Salvação.
A palavra de Deus é acontecimento, onde o Pai entra na história, onde o Filho prolonga o mistério de sua Páscoa e o Espírito atua com sua força. As celebrações da Palavra de Deus, especialmente aos domingos, fundamentam-se no caráter sacerdotal de cada batizado e batizada. “Ele fez para nós um Reino de sacerdotes”, nos recorda o Apocalipse. “Ele te unge sacerdote”, repetimos em cada celebração batismal. Isso é, cada celebração da Palavra é uma forma do povo consagrado “proclamar as maravilhas daquele que nos chamou das trevas à luz”.

ENCARNAÇÃO DA PALAVRA ETERNA (A PALAVRA E O VERBO)

Deus, que é pleno de amor e misericórdia, quer salvar e fazer com que todas as pessoas cheguem ao conhecimento da verdade (cf. SC 5).
Desde o Antigo Testamento vemos um Deus bondoso, que planejando e preparando com solicitude a salvação das pessoas, escolhe um povo a quem confia suas promessas (cf. Gn 15,18; Ex 24,8) e se revela, por meio de palavras e obras, a este povo eleito, como Deus único, vivo e verdadeiro (cf. DV 14).
As ações salvíficas eram explicadas pelas palavras dos profetas. Finalmente, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à lei, para resgatar os que estavam sob o jugo da lei (Gl 4,4); assim a palavra fez-se carne e habitou entre nós (Jo 1,14). Até então, a comunicação entre Deus e a pessoa humana era de uma maneira fragmentada e por etapas (cf. Hb 1,1). Em Jesus Cristo, essa comunicação é completa, pois Ele é a palavra única, perfeita e insuperável do Pai. Nele o Pai disse tudo, e não haverá outra palavra senão essa.
Pela Palavra, que se fez carne (Jo 1,14), toda a carne é chamada a se tornar palavra de louvor a Deus (Hb 13,15). A Palavra de Deus, que fez e faz a história, já está presente na consciência de cada homem, ainda que, por vezes, de modo implícito.
Está presente na obra da criação, onde deixou seus vestígios (sementes do Verbo); esta mesma Palavra é levada às pessoas e aos povos pela evangelização, aprofundada pela catequese, celebrada pelos sacramentos e concretizada na vida diária.

CRISTO É A PERFEITA ENCARNAÇÃO DA PALAVRA

Cristo, sendo o Deus que revela, é, ao mesmo tempo, o Deus revelado. O Deus verdadeiro que Ele ensina é o Deus por Ele anunciado e nele reconhecido, assim como ao confessarmos o Filho confessamos também o Pai. Cristo é a verdade que nos liberta da mentira, o Amor que nos livra da solidão de nosso egoísmo. “Ele é a Verdade e a Vida” (Jo 14,6), a Verdade que nos ensina (Tt 2,12), “ouvi-O”, diz-nos o Pai (Mt 7,5).
O Cristo não pode ser comparado, sob este ponto de vista, com Buda, Maomé, Confúcio ou qualquer outro fundador de religião. Nas outras religiões, a doutrina e seu objeto distinguem-se do fundador. Aqui, pelo contrário, a doutrina do Cristo tem o Cristo como objeto. Nossa fé é a fé no Cristo como Deus. A salvação é uma opção a favor ou contra Cristo. O Cristo é, pois, a plenitude da revelação.
A Palavra é viva quando o interlocutor está presente e ela soa atualmente de sua boca.


DIMENSÃO CRISTOCÊNTRICA DA PALAVRA

Cristo: centro, mediador e plenitude da revelação
Jesus Cristo, encarnado na história humana até ao ponto de dar a vida para a salvação do mundo, é o centro e a plenitude da revelação, por isso é o centro das Escrituras. Toda a evocação da história da salvação gira em torno dele e é a partir dele que é realizada a leitura e interpretação da Sagrada Escritura – Antigo e Novo Testamento. Em Cristo tudo tem sentido, tudo fica esclarecido e tudo se orienta para ele, pois, principalmente pelo mistério pascal de sua sagrada paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão, completou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus (cf. SC 5).

A comunidade reunida em oração, pelo poder do Espírito Santo, anuncia e celebra o mistério pascal de Cristo, cada vez que proclama os dois testamentos. “No Antigo está latente o Novo, e no Novo se faz presente o Antigo. O centro e a plenitude de toda a Escritura e de toda celebração litúrgica é Cristo; por isso, deverão beber de sua fonte todos os que buscam a salvação e a vida”( Introdução do Ordo Lectionum Missae, n. 5. Ver também Dei Verbum, n. 2, 3, 7, 15, 16, 24).

A igreja, praticante da palavra de Deus
Podemos dizer que a palavra faz a Igreja e a Igreja faz nascer a palavra, não no sentido de inventá-la, mas ao encarná-la e atualizá-la em sua realidade. Vejamos a afirmação do Ordo Lectionum Missae: “A Igreja cresce e se constrói ao escutar a palavra de Deus, e os prodígios que de muitas formas Deus realizou na história da salvação fazem-se presentes, de novo, nos sinais da celebração litúrgica, de um modo misterioso, mas real; Deus, por sua vez, vale-se da comunidade dos fiéis que celebra a liturgia, para que a sua palavra se propague e seja conhecida, e seu nome seja louvado por todas as nações. Portanto, sempre que a Igreja, congregada pelo Espírito Santo na celebração litúrgica, anuncia e proclama a palavra de Deus, se reconhece a si mesma como o novo povo, no qual a aliança, antigamente travada, chega agora à sua plenitude e perfeição. Todos os cristãos, que pelo batismo e a confirmação no Espírito se converteram em mensageiros da palavra de Deus, depois de receberem a graça de escutar a palavra, devem anunciá-la na Igreja e no mundo, ao menos com o testemunho de sua vida. Esta palavra de Deus, que é proclamada na celebração dos divinos mistérios, não só se refere às circunstâncias atuais, mas também olha o passado e penetra o futuro, e nos faz ver quão desejáveis são as coisas que esperamos, para que, no meio das vicissitudes do mundo nossos corações estejam firmemente postos onde está a verdadeira alegria” (OLM 7).
A palavra edifica a Igreja, povo de batizados, que reunida em assembléia, movida pelo dom do Espírito Santo, abre o ouvido do coração para escutar, celebrar e mais ainda, para proclamar e anunciar o acontecimento da salvação.
Somente a presença de Cristo impede que a Palavra se transforme em mero documento histórico. A Igreja tem o privilégio dessa presença, porque ela se identifica com o Cristo: ela é a sua continuação. Onde, pois, está a Igreja, aí está sua Palavra viva.

DIMENSÃO SACRAMENTAL DA PALAVRA

Nos sacramentos, a palavra opera aquilo que anuncia: é eficaz, operante, para santificar aquele que a acolhe como dom de Deus. Aí se realiza o pacto da Aliança e tudo deve convergir para a realização plena e diária desta Aliança.
A Palavra lembrada e realizada no sacramento deve transformar a existência do ouvinte. A liturgia realiza, pois, o contínuo diálogo de Deus com seu povo reunido.
O Senhor ora interpela, ora ensina, ora exorta, ora “diz e faz”. A assembléia, por sua vez, escuta, responde, medita, suplica, dá graças, até identificar-se com a Palavra.
A celebração da Palavra é um verdadeiro ato litúrgico. Tem força sacramental. Cristo se torna presente e nos faz participantes de seu mistério pascal pela reunião da comunidade, pelas leituras proclamadas e comentadas, pelos cantos e orações. O Concílio Vaticano II diz: “É Cristo mesmo que fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na igreja. Ele está presente quando a Igreja ora e salmodia” (SC 7). Ele que prometeu: Onde dois ou três estiveram reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles (Mateus 18,20).
A reunião dos irmãos e o amor que os une, torna visível, palpável e manifesta a união com Jesus Cristo e com o Pai, no Espírito Santo. Não só torna visível, mas faz também crescer nossa união com Ele.
Assim como a Eucaristia, também a Palavra é Pão da Vida. “Eu sou o Pão da Vida: quem vem a mim já não terá fome e quem crê em mim, jamais terá sede... As Palavras que vos tenho dito são espírito e vida...” (Jo 6,35.65).
O único Pão da Vida é partilhado de duas maneiras: à mesa da Palavra e à mesa da Eucaristia, representadas respectivamente pela Estante da Palavra e o Altar. São duas formas diferentes e complementares da presença real de Jesus no meio de seu povo para realizar nele a sua Páscoa.
“Em Jesus Cristo a palavra de Deus não só se tornou audível, mas visível”. “O verbo se fez carne e habitou entre nós”.

Litugia o que é mesmo?





A palavra LIT - URGIA vem da língua grega: laos = povo e ergon = ação, trabalho, serviço, ofício... Unindo os dois termos que formam a palavra, encontramos a raiz mais profunda do significado da LITURGIA, ou seja: AÇÃO, trabalho, serviço do povo e realizado em benefício do povo, isto é: um serviço público, como dizemos hoje.

Este sentido primeiro da palavra nos ajuda a buscar o que deve ser hoje a LITURGIA CRISTÃ em nossas comunidades, sobretudo depois de séculos de história em que a liturgia ficou reduzida a uma ação realizada por ministros ordenados ( bispo, padre...) para o povo. Era uma ação em que o povo não tomava parte, apenas “assistia” como expectador e, muitas vezes, sem compreender o que estava sendo feito.

Graças ao Concílio Vaticano II, realizado há mais de quatro décadas, voltamos ao sentido genuíno da Liturgia, como AÇÃO do povo batizado e, por isso todo ele SACERDOTAL, chamado ao louvor de Deus e à transformação e santificação da vida e da história. Uma ação conjunta em parceria com o próprio Deus, numa dinâmica de aliança e participação cada vez mais “ativa, consciente, plena e frutuosa.”

Mas, de que Ação se trata? Que trabalho é este que podemos considerá-lo “fonte e cume” de nosso ser e de nosso agir cristão?
Contemplando com o olhar da fé nossa história, constatamos que Deus se manifesta sempre agindo amorosamente e, sua ação é permanente SERVIÇO À VIDA, um bem que atinge toda a humanidade e todo o cosmo. É sempre ação criadora, libertadora, transformadora e santificadora que, não só nos atinge, mas nos envolve e nos torna agentes, participantes desta sua ação, numa aliança de amor e compromisso.
A maneira mais concreta, perfeita e plena de Deus agir a nosso favor foi através de Jesus, o Verbo encarnado, o Filho amado que se fez irmão e servidor (liturgo) com sua encarnação, vida, paixão e principalmente pela sua morte e ressurreição. E mais, entregou-nos sua força, energia divina, seu Espírito, pelo qual nos faz capazes de AGIR também como filhos/as amados de Deus Pai, realizando e continuando com Ele esta ação libertadora, redentora a serviço de vida abundante para todos e seu Reino se estabeleça definitivamente.
Portanto, o sentido mais amplo da Liturgia é toda esta ação realizada por Deus, em Jesus Cristo e, através do seu Espírito em nós e através de nós a toda a humanidade.

CELEBRAÇÂO LITÚRGICA – O QUE É MESMO?

Toda a AÇÃO a favor da Vida é LITURGIA, no sentido amplo da palavra. É participação no serviço libertador de Jesus. Sendo isto Liturgia, será preciso ainda CELEBRAR? Não basta apenas AGIR, lutar a favor da vida para sermos seguidores de Jesus e coerentes com seu evangelho, cuja lei é o AMOR?
O que é mesmo a liturgia - celebração? Qual sua importância para a liturgia-vida?
Celebrar é uma ação comunitária, festiva que tem a ver com tornar célebre, importante, inesquecível, é destacar do cotidiano, é ressaltar o significado, o sentido profundo que um acontecimento ou pessoa tem para um determinado grupo.
Todos temos necessidade vital de celebrar, assim como temos necessidade de pensar, de agir, de nos relacionar, de comer e beber... Como seres humanos, somos essencialmente celebrantes. Em todos os tempos e variadas culturas, os povos encontram momentos e formas diversas de celebrar para expressar e aprofundar o sentido da vida.
Para celebrar usamos gestos, ações simbólicas, ritos e palavras que expressam o que pensamos, o que acreditamos, o que desejamos, o que esperamos, o que amamos ou rejeitamos... enfim, a visão que temos da pessoa, do mundo, da sociedade, de Deus ... nossas crenças, nossas convicções, nossa identidade como grupo, como povo... É só pensar nos símbolos, gestos, ritos e palavras que usamos num carnaval, numa festa de aniversário, de casamento, numa Folia de Reis, num batizado.
Na caminhada de fé do povo da Bíblia, encontramos muitos momentos celebrativos. Ao celebrar, o povo de Israel fazia memória das ações que Deus realizara em seu favor no passado, as reconhecia no presente e alimentava a certeza de sua fidelidade no futuro.
O próprio Jesus quis tornar célebre, inesquecível todo o seu trabalho a favor da humanidade. Ele expressou com a ação simbólica de uma refeição, a CEIA PASCAL, o significado profundo de toda sua vida e missão : “sua liturgia-vida”.
Ele antecipou com um rito, a doação de sua vida na cruz, preparou-se e preparou seus discípulos para viverem a HORA de entrega e de amor sem limites.
A liturgia-celebração e a liturgia-vida foram inseparáveis na vida do povo de Deus, na vida de Jesus, na vida dos primeiros cristãos, assim como devem ser inseparáveis na vida de nossas comunidades.
Celebrar a liturgia é portanto, expressar com gestos, símbolos e palavras a liturgia–vida; é tornar célebre, inesquecível a ação que o Pai realizou em Jesus e através dele a toda a humanidade e continua hoje, em nós e através de nós e de todos que aderem ao projeto do Reino pela força e animação de seu Espírito.

A historia da Salvação

No inicio dessa historia está a vontade de Deus de “salvar e fazer chegar ao conhecimento da verdade todas as pessoas humanas”. (SC artigo 5,a natureza da liturgia), para conseguir isso, Deus acompanha toda a historia, particularmente do seu povo eleito, comunicando-se com ele sobretudo pelos profetas, mas finalmente por seu próprio Filho. Ele completou a obra da redenção da humanidade e da glorificação de Deus principalmente pela sua morte e ressurreição. Neste primeiro artigo, o Concilio como que prolonga esta historia de Deus com a humanidade dizendo que por Jesus Cristo “nos foi comunicada a plenitude do culto divino” e que “do lado de Cristo dormindo na cruz nasceu o admirável sacramento de toda Igreja”. (Santo Agostinho)

A vontade de Deus de salvar a humanidade, seu eterno plano de salvação, que é a fonte de toda a historia que chega a seu ponto culminante na páscoa do seu Filho, revelando assim que é um Deus de amor. Este é o grande mistério da fé que celebramos na liturgia.
A santificação das pessoas humanas e a glorificação de Deus são a finalidade da historia da salvação, como também da liturgia. A Igreja e a liturgia nasceram do coração de Jesus.

O Mistério Pascal

O Concilio Vaticano II diz em sua constituição sobre a liturgia: “Esta obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, da qual foram prelúdio as maravilhas operadas no povo do antigo testamento, completou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal de sua paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão.
Por este mistério, Cristo, morreu, destruiu a nossa morte e ressuscitou, recuperou a nossa vida (prefácio da páscoa). Pois do lado de Cristo dormindo na cruz nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja.
O mistério pascal é, portanto, a páscoa de Jesus que ele viveu, há quase dois mil anos, sua paixão, morte, ressurreição e ascensão. Esta páscoa, no entanto, é o ponto culminante de toda a vida e obra pascal de Jesus. No entanto, desde que Jesus, que se tinha tornado um de nós pela encarnação, nos uniu a si pelo dom do Espírito Santo, que é fruto da sua páscoa, somos um com ele e ele conosco como membros do seu corpo místico, como filhos e filhas do Pai do céu. Assim também nossa vida e historia são vida e história de Cristo glorioso. Portanto, nosso sofrer e vencer são participação da morte e ressurreição de Cristo, da sua páscoa. A Páscoa de Cristo continua na páscoa do povo. (docum. De Medellín, introd. N. 5-6).

Como memória, a liturgia é momento da historia da salvação

“Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também ele enviou os apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para pregarem o evangelho(...) mas ainda para levarem a efeito o que anunciavam: a obra da salvação através do sacrifício e dos sacramentos, sobre os quais gira toda a vida litúrgica” (Sacrosanctum Concillium artigo 6).
Para levar a efeito obra tão importante Cristo está sempre presente em sua Igreja, sobretudo nas ações litúrgicas.
Como é que na liturgia pode acontecer salvação?
A liturgia não é uma ação meramente humana. Cristo está presente na celebração litúrgica como agente principal. Convém recorrer ao conceito de memória, para entendermos bem a eficácia salvífica da liturgia. Memória litúrgica não é um simples lembrar. Lembramos sim, a páscoa histórica de Cristo e do seu povo, mas a lembramos na presença de cristo e na força do Espírito Santo. Lembrando a pessoa e a obra de Cristo nos abrimos para ele. Como ele nos diz no livro do Apocalipse, ele está à porta e bate. Se abrirmos a porta, ele entra para cear conosco (cf. Ap 3,20). Isso quer dizer que ele entra em comunhão íntima conosco, e esta comunhão de vida entre Deus e nós é salvação.

COMO UMA CASA
Ione Buyst

O sonho de toda família é ter sua casa: um lugar para morar, guardar suas coisas, ficar à vontade, brincar com os filhos, convidar os amigos... O sonho leva às vezes anos e anos para se realizar. As economias são poucas e tudo está muito caro. Pouco a pouco, os alicerces vão sendo colocados, as paredes vão subindo devagar, já dá para andar por cada um dos cômodos, o vão das janelas e das portas estão aí aguardando o futuro acabamento. Quando se terminou de colocar a laje... que vitória: já dá para morar... Só que para se ter uma ‘casa’ de verdade, não bastam o prédio: o alicerce, as paredes, portas e janelas, uma laje... Tudo isto é absolutamente necessário, porém, é também absolutamente insuficiente. Porque casa é lar! Casa é convívio, abrigo, amparo, aconchego, proteção, encontro, carinho, cuidado, comunhão... Só as paredes não bastam.

Liturgia é como uma casa. É absolutamente necessário cuidar da estrutura da celebração, de cada um de seus elementos: os ritos iniciais, a liturgia da palavra, as leituras, o salmo, a música, a liturgia eucarística, os ritos finais, o espaço litúrgico... É preciso escolher cuidadosamente os cantos de acordo com o tempo litúrgico e cada momento da celebração. É indispensável preparar bem as leituras, a homilia, as preces, escolher a oração eucarística com seu prefácio, pensar em alguma ação simbólica relacionada com o evangelho do dia ou com o tempo litúrgico. Cada ministério deve saber o que lhe cabe fazer e preparar sua parte.
No entanto, só isto não basta; ainda é absolutamente insuficiente. Porque liturgia é para ser ‘lar’, encontro transformador com o Deus que nos acolhe em seu aconchego e renova nossa vida no encontro com ele, como renovou a vida de Abraão, de Moisés, de Elias, de Maria, de João Batista, de Simão Tiago, André, João, Maria Madalena, Lázaro, Marta e Maria, Paulo, Lydia e tantas outras pessoas... Para que isto aconteça, não basta uma liturgia tecnicamente perfeita. Se não for capaz de nos arrancar de nossa mesmice, de iluminar os olhos de nosso coração para perceber a presença do Mistério em nossa vida, se não for capaz de criar convivência e calor humano, de fazer acontecer o encontro, a relação com Deus e entre nós aqui e agora... não há liturgia de verdade. É casa-parede, mas não é ainda a casa-lar onde se possa morar e se abrigar em tempos de felicidade, como em tempos de dúvida, de incerteza, de desesperança, de rejeição, de desamor... Frieza, impessoalismo, indiferentismo, desinteresse... impedem que a liturgia aconteça. Porque liturgia é celebração de aliança, de comunhão; é questão de se criar laços, conhecer pelo nome, reconciliar, interessar-se uns pelos outros, estar atento, cuidar...
Por isso, tanto na preparação como durante a celebração, cada momento deve vir entranhado de atitude orante, de carinhosa devoção, de mística intimidade com Deus.


Perguntas para a reflexão pessoal e em grupos:
1- O que você procura quando vai a uma celebração? Você se contenta em ‘cumprir a obrigação’?
2- O que ajuda e o que atrapalha você a viver a liturgia como um encontro acolhedor e transformador na ‘casa’ do Deus vivo?
3- Que sugestões teria para melhorar as celebrações de sua comunidade neste sentido?

Ser Coroinha




Ser coroinha é estar a serviço: a serviço do altar e do próximo. Servir ao altar não é apenas ajudar o padre, transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe são próprias. Servir ao altar é muito mais: é participar do Mistério Pascal de Cristo, ou seja, da Paixão-Morte-Ressureição de Cristo. Servir ao altar é estar aos pés da cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e viver alegremente o Evangelho.
Estar a serviço do próximo é estar pronto para a doação e a entrega, é ser amparo e consolo para os que necessitam, é saber amar e viver a caridade. A vida de Cristo foi dedicada a servir o próximo. Da mesma, forma o coroinha é chamado a servir como Cristo.
No seu serviço o coroinha deve buscar sempre a alegria e a disposição, o contato fraterno e amigo, o respeito e a dedicação às coisas sagradas. O jovem deve demonstrar que vive sua fé, que observa os Mandamentos de Deus e que procura sempre ser justo e correto. Deve continuamente dar testemunho de que Cristo é o seu Senhor e Mestre.
Na vida do coroinha a oração é fundamental. É pela oração que o jovem aprende a se relacionar com Deus, a se tornar íntimo do Senhor. Na oração recebem-se as graças de Deus, o auxílio para os momentos difíceis e a força para superar o pecado e as falhas pessoais. Sem oração não se pode servir ao altar, pois como vamos estar com Cristo se não temos intimidade com Ele? É a oração que permite ao coroinha exercer o seu serviço ao próximo e ao altar de forma digna.
Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. A Eucaristia é a fonte de todas as graças, é alimento que fortalece a alma e nos conduz ao Pai. Ao viver a Eucaristia, o coroinha vive o seu ministério de serviço com mais dignidade, dedicação, oração e amor e, assim, santifica-se e aproxima-se cada vez mais de Deus.

São Tarcísio - Padroeiro dos Coroinhas

Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão.
Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos.
Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura. Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.

10 Mandamentos do Coroinha

1. Ser responsável e assíduo. Quase que este é o Mandamento Principal do Coroinha: dever ser uma pessoa altamente responsável com a função que exerce; dever ter um cuidado especial com todos os objetos litúrgicos que manuseia. Quando for escalado, não deve faltar à Celebração. Deve também evitar faltar ou chegar atrasado aos encontros, pois para servir no Altar, não bastando só estar no Grupo, deve-se seguir este e os outros mandamentos que nós veremos a seguir.
2. Ser disponível. O Acólito exerce um Ministério dentro da Igreja. Ou seja, faz um serviço que nenhuma outra pessoa é capaz ou está autorizada a fazer. Por isso, quando o Acólito for escalado para alguma Celebração, ele deve prontamente dizer SIM, EU VOU. Salvo se o Coroinha tiver outro compromisso que não poderá desmarcar naquele momento, caso em que estará dispensado.
3. Ser atencioso. Acolitar significa servir; no nosso caso, servir no altar durante as Celebrações da Missa. Desta maneira, o Acólito deve ficar atento a todas as necessidades do Celebrante do decorrer da Missa.
4. Ter um comportamento exemplar. O Acólito, pela sua função no Altar, é uma pessoa altamente visualizada por toda a comunidade. Desta forma, automaticamente, o Acólito vira uma espécie de modelo de criança ou adolescente, para todas as pessoas da comunidade. Assim sendo, o Coroinha deve honrar esse grande papel que está exercendo na comunidade, comportando-se dignamente.
5. Ter cuidado com as vestimentas, a postura e os gestos. O Acólito é obrigado a ter um cuidado especial com estes três itens. As vestimentas dos acólitos devem ser dignas; durante os encontros deve-se evitar vir de bermuda, mini-saia, roupas curtas ou imprópria ao ambiente da Igreja. E para as Celebrações nem se fala, o Acólito tem que se vestir o mais discreta e compostamente possível. Já a postura e os gestos também devem ser condizentes com o Ministério de Acólito. O Coroinha deve evitar passar a mão no cabelo, nariz, ouvido, garganta e outras partes do corpo, pois o Coroinha manuseia objetos que contêm, além do Corpo e Sangue de Jesus, alimento que será consumido pela comunidade. Com relação aos gestos deve-se evitar todos aqueles de natureza obscena ou que sejam desrespeitosos.
6. Ser Estudioso. O Coroinha é uma pessoa diferente, que tem que ser bom em tudo que faz. Inclusive na Escola. Então, para servir no Altar, o Coroinha tem que ser um bom aluno, ou seja, precisa tirar boas notas; tem que tirar notas acima da média. Caso tenha algum conceito insuficiente será suspenso das suas funções, e dependendo das notas poderá ser até ser convidado a sair do Grupo de Acólitos.
7. Considerar e honrar a sua Família. O Acólito deve ser um modelo exemplar também dentro da sua família. Ninguém vive sadiamente sem família. As pessoas que não têm família, possuem na maioria das vezes algum problema de ordem psicológica. E muitas vezes, mesmo tendo em casa a nossa família, nós não a tratamos com a devida importância e respeito, gerando dessa forma muitos problemas que, com o passar do tempo, não podem ser mais consertados.
8. Respeitar Todas as Pessoas. O mundo em que vivemos não está restrito à nossa família, à escola ou à igreja. Nós, seres humanos necessitamos de gente, muita gente mesmo, para brincar, jogar, conversar ou seja, viver decentemente. Para isso temos de respeitar, tratar bem, ser educado com todas as pessoas de quem nós gostamos, e também com aquelas que não gostamos. Porque dizia Jesus: Perdoar um amigo é fácil; quero ver você perdoar um inimigo.
9. Ser um Amigo Verdadeiro. Umas das grandes qualidades do Acólito é passar todos os seus conhecimentos para os Coroinhas mais novos. Dentro do Grupo de Acólitos deve existir uma amizade verdadeira entre os componentes. Devem-se evitar fofocas, disse-me-disse, brigas, discussões ou qualquer outra ação que venha desencadear a desunião do Grupo. Caso o Acólito não se enquadre nesse esquema será convidado a sair do Grupo.
10. Nunca Esquecer a Oração. Este é o principal Mandamento do Acólito. A Oração é o combustível do Católico. Sem ela, o nosso tanque de gasolina secará, e nós pararemos no meio do caminho, igual a um carro. Com ela, nós conseguimos ter os mais íntimos contatos com Deus Pai. Devemos recorrer à oração em todos o momentos de nossas vidas. Para agradecer, interceder, suplicar, ou para simplesmente conversar com Deus. Não podemos desperdiçar nenhuma oportunidade, temos que abraçar todas. Quando rezamos de maneira correta e consciente, ao terminar, ficamos com o gostinho de quero mais. Podemos rezar em qualquer lugar, sozinhos ou acompanhados. Entretanto, a Oração mais poderosa que existe na face da Terra é a Celebração da Santa Missa, onde o Coroinha participa dela de camarote. E pode ter certeza muita gente tem uma certa inveja da localização dos Coroinhas dentro da Missa; por isso aproveite este privilégio que não são todos que têm.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dicionário Liturgico

Dicionário Litúrgico
Ambão:
Pequena tribuna, geralmente em madeira, de onde são lidos textos sagrados ou apresentados cantos litúrgicos, nos templos religiosos.
Âmbula:
Vaso pequeno onde se guardam os santos óleos.
Báculo:
Bastão em forma de cajado usado pelo Bispo como sinal de que ele é o pastor, representante de Cristo, o Bom Pastor, que guia as ovelhas, ou seja. Os fiéis.
Quando celebra, o Bispo segura o báculo na entrada, durante a proclamação do Evangelho, na homilia e durante a oração do Creio ou profissão de fé. Nos outros momentos, fica na mão do coroinha ou acólito.
Bíblia:
Conjunto de livros da Palavra de Deus, formado pelo Antigo e Novo Testamento. A Liturgia celebra o que a Bíblia revela. O livro da Palavra de Deus está presente em todas as celebrações como sinal de amor de Deus comunicado aos homens. Pode ser levada em procissão na entrada, antes da aclamação do Evangelho e colocada no lugar de honra, na estante, entre duas velas acesas ou junto a um vaso de flores.
Círio Pascoal:
Grande vela de cera que representa Cristo Ressucitado. É aceso pela primeira vez na Vigília Pascal. Deve ser preparado com antecedência para estar bem visível o desenho da cruz, as letras A e Z, primeira e última do alfabeto, que simbolizam Cristo, princípio e fim, e os números do ano, lembrando a história da salvação e o tempo decorrido desde a vinda de Cristo. Na cruz, são fixados cinco cravos, feitos de prego cobertos de cera misturada com incenso. Cada um deles representa uma das chagas de Jesus. O círio deve ser colocado próximo ao altar, durante o tempo de Páscoa, levado em procissão nas missas solenes e estar em destaque nas celebrações do Batismo e Crisma. É na chama do círio que são acesas as velas dos batizados, para simbolizar nova vida de ressucitados em Cristo.
Corporal:
Pano branco, quadrado, com aproximadamente 50 cm de lado, que no momento da apresentação das ofertas é colocado no centro do altar, sobre a toalha. Na hora da preparação das ofertas, o sacerdote abre o pano, que estava dobrado, e sobre ele coloca o cálice, a âmbula e a paterna. Chama-se corporal porque sobre ele será colocado o corpo de Cristo nas espécies de pão e vinho. Também deve ser usado o corporal sobre o altar, quando se faz a adoração ao Santíssimo, e sobre a mesa quando se leva a comunhão aos doentes. As equipes de liturgia devem orientar com zelo sobre o modo de lavar o corporal e o sanguíneo, porque ali ficam partículas consagradas.
Diácono:
É uma pessoa ordenada para servir à comunidade. É um ministro que recebe um sacramento e tem funções próprias na liturgia, como proclamar o Evangelho, fazer sermão, proferir algumas orações em nome do povo e despedir a assembléia no final da celebração, quando o presidente é um sacerdote. Na falta de sacerdote, ele preside a celebração.
Doxologia:
É a proclamação em que o presidente da celebração resume o conteúdo dos gestos e ritos que fez. Logo após a consagração, ele reza: "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre". Os fiéis respondem: "Amém".
Esmola:
É o gesto que a Igreja pede a todo fiel como sinal de amor ao próximo. É dar sem interesse de reconhecimento ou recompensa. Especialmente no tempo da Quaresma, a esmola é sinal de conversão.
Espórtula:
Quantia em dinheiro oferecida para manter as necessidades da celebração. Não é pagamento pelo sacramento, porque seu valor é ínfimo, não há preço que pague; nem é para substituir o dízimo, que tem outra finalidade.
Estola:
Sinal do serviço sacerdotal. É uma tira de pano que passa atrás do pescoço do padre e fica com as pontas retas, caídas na frente do corpo. Sua cor é determinada pelo tempo litúrgico. O diácono usa a mesma estola, atravessada em diagonal no corpo.
Festa:
A celebração cristã tem sempre sentido de festa, porque nela os fiéis se reúnem com alegria para atualizar, lembrar e comemorar a presença de Cristo em sua vida, até que se realize a promessa de um encontro definitivo. A festa se expressa pelos sinais da luz, canto, música, aleluia, flores e velas acesas.
Fiel:
Toda pessoa batizada. Aquele que professa a fé em Jesus Cristo ressuscitado e participa da Igreja. O conjunto de fiéis que celebram a liturgia se chama assembléia. O conjunto de todos os fiéis, vivos ou falecidos, se chama Igreja. Na liturgia as fiéis manifestam a sua fé através de gestos, sinais, respostas e cantos. Na vida os fiéis manifestam a sua fé vivendo o seguimento de Jesus e cumprindo o seu mandamento de amar ao próximo.
Fogo:
Sinal de luz, calor, purificação e amor. É símbolo de Cristo, representado no círio, aceso no fogo da celebração da Vigília Pascal. É símbolo do amor de Deus, o Espírito Santo, porque foi em forma de línguas de fogo que desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes (At 2). Normalmente está presente nas celebrações através da chama das velas e da lamparina acesa junto ao sacrário.
Galhetas:
Duas jarras pequenas, de vidro, colocadas sobre uma bandeja com alça, onde estão, separadamente, a água e o vinho que vão ser usados na celebração. Ficam sobre a credência até o momento da preparação das ofertas, quando o coroinha as leva para o altar.
Genuflexão:
Gestos de dobrar um dos joelhos, ao entrar na igreja ou diante do sacrário e do Santíssimo. Pode ser substituído por uma reverência quando se está em procissão.
Gestos:
Os gestos são a linguagem do corpo. Mesmo sem falar, nossos gestos demonstram o que pensamos e sentimos. Os principais gestos da celebração são: o sinal-da-cruz, o beijo do sacerdote no altar, andar em procissão, bater palmas, ajoelhar, inclinar a cabeça, fazer reverência, ficar de pé, sentar e ouvir com atenção, dar as mãos, elevar as mãos, dar o abraço da paz e abençoar.
Glória:
É um louvor às três pessoas da Santíssima Trindade cantado ou recitado, depois do ato penitencial, nas Missas de domingo e solenidades. No tempo de Advento e Quaresma não se reza o Glória.
Homilia:
É a explicação da Palavra de Deus, especialmente do Evangelho, com o objetivo de relacionar o texto com a vida dos fiéis. O ministro da celebração traz a mensagem da Palavra para a vida da comunidade, convidando os fiéis para praticar o que propõe. Deve relacionar-se com o assunto e a mensagem do Evangelho e com o motivo da celebração, conforme a realidade da assembléia.
Hóstia:
Assim se chama o pão que é oferecido no altar e se transforma em corpo de Cristo, partido em comunhão na Missa. A hóstia maior fica na patena e é partida pelo sacerdote antes da comunhão, enquanto o povo canto Cordeiro de Deus. Na adoração do Santíssimo fica no ostensório.
As hóstias pequenas, antes da consagração, ficam na âmbula, e depois da consagração são distribuídas aos fiéis. Mesmo partidas, são o próprio corpo de Cristo e por isso o ministro, os acólitos e coroinhas devem tomar todo o cuidado para evitar que pessoas não preparadas levem a hóstia na mão, sem comungar. Se cair no chão, deve ser consumida por um deles. Se estiver suja, poderá ser dissolvida em água. Se sobrarem hóstias consagradas, devem ser guardadas no sacrário.
Os ministros que servem os doentes levam as hóstias na teça.
Imposição das mãos:
É o gesto de bênção. É próprio apenas do Bispo impor as mãos sobre a cabeça dos fiéis; é o gesto de consagração, nos sacramentos da Ordem e Crisma. O sacerdote impõe as mão sobre pessoas ou objetos nas bênçãos que preside. Quando o ministro leigo abençoa, não impo~e as mãos; conserva-as unidas faz a oração da benção e, no final, traça o sinal-da-cruz sobre si mesmo.
Incenso:
Sinal de festa e oração. É um perfume que sobe com a fumaça produzida por pequenos grãos colocados sobre brasas no turíbulo.
Os grãos são feitos de uma goma perfumada extraída de árvores. Aquecidos pelas brasas do turíbulo, exalam suave perfume que subirá ao ar, como a oração dos fiéis sobe até Deus.
O coroinha é responsável por encher a naveta com incenso. Durante a celebração, o presidente retira uma porção de incenso da naveta e a coloca no turíbulo. Nas Missas solenes são incensados o altar, o Santíssimo, o Evangelho e a assembléia.
Jarra:
Vasilha que deve conter água limpa, junto à bacia, para lavar as mãos do ministro da celebração depois da preparação das ofertas, na Missa; usada também no Batismo, na Crisma e na celebração do lava-pés.
Jejum:io. Pode ser usada uma vela, chamada óleo ou mesmo lâmpada elétrica. V. luz.
Lava-pés:
Celebração realizada na solene celebração eucarística da Quinta-feira Santa, à tarde ou à noite, em que doze pessoas são escolhidas na comunidade para representar os doze apóstolos na última ceia de Cristo, quando instituiu a Eucaristia e o sacerdócio. É um gesto de humildade do ministro, Bispo ou sacerdote, e disposição de todos para seguir o exemplo de Jesus.
Lecionário:
Livro com as leituras próprias para cada dia do ano litúrgico. Nele estão em seqüência a primeira leitura, o salmo, a segunda leitura e o Evangelho próprio para a Missa de cada dia do ano. Há lecionários próprios para os domingos, para as celebrações eucarísticas durante a semana e para as festas dos santos.
Leitura:
Cada celebração tem suas leituras próprias, tiradas da Bíblia. São a Palavras de Deus. O lecionario e o diretório litúrgico indicam quais as leituras aconselhadas ou determinadas para cada dia ou ocasião. Em celebrações especiais podem ser escolhidos outros textos da Palavra, não estabelecidos para o dia, mas que se relacionarem diretamente com o assunto da celebração e a realidade da assembléia.
Liturgia:
Ação sagrada da Igreja, pela qual os fiéis glorificam a Deus e são santificados por ele, em Cristo, através de ritos sensíveis. O Concilio Vaticano II trata da liturgia na Constituição "Sacrosanctum Concilium", mencionada nos livros com a abreviatura SC. A Missa ou celebração da Eucaristia é o ponto alto da liturgia.
Luz:
Sinal de alegria e festa que se expressa no círio e nas velas.
Mãos:
As mãos têm função importante nas celebrações. É com elas que traçamos o sinal-da-cruz, ao iniciar a oração. Por elas completamos com a linguagem dos gestos o que expressamos em palavras. Observando as mãos do presidente da celebração e dos fiéis, entendemos melhor o sentido de cada rito:
mãos dadas: expressam união e solidariedade;
mãos estendidas: expressam oferta, participação;
mãos levantadas: expressam oração e súplica;
mãos postas: expressam oração e piedade.
(Sobre esse assunto ver também: gestos e imposição das mãos).
Matrimônio:
Celebração do sacramento do casamento. As flores, enfeites e fotografias não devem atrapalhar o principal, que é a presença de Cristo. As músicas devem ser escolhidas de modo que expressem a fé, e não qualquer idéia contrária à fidelidade do casal e à indissolubilidade do matrimônio, porque a música é uma forma de oração, que é expressão daquilo em que acreditamos.
Ministro:
É a pessoa que tem uma função própria na celebração como presidente, leitor ou outro serviço. Pode ser ordenado, como sacerdote ou diácono, ou instituído (leigo), como o ministro da Eucaristia. Deve usar uma roupa apropriada, que indique essa condição. A veste é sinal da função na liturgia.
Missa:
Celebração do sacramento da Eucaristia. Foi chamada desde o início pelos primeiros cristão de eucaristia, Fração do Pão ou Ceia do Senhor. Quando a celebração era em latim, o sacerdote despedia-se dos fieis dizendo "Ite, missa est", que quer dizer: "Ide, enviados" ou "Ide, a missão foi dada". O ministro despede os fiéis e os envia a realizar a missão que recebemos. Aquilo que Cristo nos propõe no Evangelho devemos realizar no mundo: testemunhar o seu amor.
Missal:
O missal romano é o livro de uso do sacerdote em que estão todas as orações da Missa, indicadas para cada dia, com as variações próprias do tempo e do motivo da celebração.
Mitra:
Um dos símbolos do Bispo. É um chapéu alto, terminado em ponta, com duas tiras caídas atrás. O Bispo a usa nas celebrações solenes.
Música:
A oração pode ser rezada ou cantada, com música. Esta deve ajudar a assembléia a unir-se a Deus na oração. Por isso é importante ouvir a voz do povo que canta, e não só o som dos instrumentos. A melodia e a letra devem estar de acordo com a celebração e o tempo litúrgico, evitando músicas populares, não litúrgicas. Algumas músicas, mesmo religiosas, não se prestam para a celebração eucarística. Outras, muito bonitas, com melodia agradável, têm uma letra que fala de idéias contrárias ao Evangelho e à fé, logo, não podem ser usadas nas celebrações.
Natal:
Festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 25 de dezembro. O tempo do Natal vai do dia 25 de dezembro até duas semanas depois, com a festa do Batismo do Senhor. Estão incluídas nesse tempo a festa de Maria, Mãe de Deus, no dia primeiro do ano, e a Epifania do Senhor, chamada de dia de Reis, no domingo mais próximo ao dia 6 de janeiro. A cor dos paramentos é o branco, símbolo da alegria.
Naveta:
Pequeno recipiente com tampa, em forma de açucareiro, alongado, onde se guarda o incenso. Tem o feitio de um barquinho e nela o coroinha põe o incenso que depois o ministro colocará no turíbulo.
Novena:
Nove dias de oração que preparam um acontecimento ou festa que vai ser celebrada. É um jeito popular de rezar, especialmente para fazer um pedido, alcançar uma graça. A catequese deve ajudara as pessoas a compreender que a novena tem o sentido de favorecer a conversão, e não tem por objetivo conquistar um favor de Deus ou de um santo, como se fosse uma troca, um comércio.
Ofertas:
É o que se leva para o altar para ser preparado e elevado a Deus junto com a oferta do próprio Cristo. Não pode faltar o pão (hóstias) e o vinho. Outros símbolos podem ser levados em procissão, enquanto a assembléia canta.
Óleo:
É sinal de força e coragem. Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposição do ministro uma jarra com água, bacia, sabonete e toalha para as mãos.
Oração dos fiéis:
Oração em sinal de resposta a Palavra de Deus. As intenções devem relacionar-se com o tema do Evangelho e formular pedidos concretos pelas necessidades da Igreja, do governo, do mundo, dos que sofrem e pela comunidade que celebra. Uma pessoa diz a intenção e todos respondem conforme combinado antes: "Senhor, atendei a nossa prece", ou outra resposta semelhante.
A oração é uma conversa com Deus e pode se expressar de muitos jeitos: canto, ladainha, fórmulas, espontaneamente, com a Bíblia, com a vida. Na celebração da Eucaristia o rito da Oração dos Fiéis vem logo após a homilia ou a oração do Creio.
Ostensório:
Espécie de vaso onde a hóstia grande consagrada é colocada numa abertura coberta por dois vidros, como uma janela redonda. Nele fica exposto o Santíssimo para adoração dos fiéis. É usado na procissão de "Corpus Christi", ficando sempre entre duas velas acesas. Quando se fizer a exposição do Santíssimo, o que nunca acontece durante a Missa, deve ser lida a Palavra de Deus, deve haver momento de oração, cantos e silêncio para adoração.
Quando o ministro é sacerdote, usa capa e véu umeral (pequena capa curta, que cobre apenas os ombros). Ao encerrar a adoração, dá a bênção.
A adoração ao Santíssimo pode ser feita também sem o ostensório. Nesse caso a exposição do Santíssimo é feita com a âmbula, mas devem ser tomados os mesmos cuidados e haver o mesmo respeito: o ministro deve usar as vestes próprias da celebração, deve colocar a âmbula sobre o corporal, deve manter as velas acesas. Se é feita por ministro leigo, este não dá a bênção.
Pala
Pequeno cartão quadrado, coberto de tecido branco, que serve para proteger o cálice durante a celebração da Eucaristia.
Pão
É símbolo de alimento e vida. Na Eucaristia é oferecido e consagrado, na forma de hóstia, transformando-se no corpo de Cristo. O pão usado é feito de farinha de trigo muito pura e sem fermento. A transformação do pão em corpo de Cristo tem o nome de transubstanciação.
Paramentos
São as roupas solenes, vestes usadas na celebração. O sacerdote usa túnica branca e estola conforme a cor do tempo litúrgico. Nas Missas festivas usa a casula da mesma cor. O Ministro da Eucaristia deve usar túnica ou casaco, conforme as normas diocesanas.
Páscoa
Festa da ressurreição de Cristo. É a Eucaristia mais solene do ano litúrgico, sinal de vida nova, depois da conversão acontecida na Quaresma. É o tempo litúrgico que começa com a Vigília Pascal e se estende até o domingo de Pentecostes. Durante todo o tempo litúrgico da Páscoa, os paramentos devem ser brancos e o círio pascal deve ser mantido junto ao altar.
Patena
Pequeno pratinho de metal em que o sacerdote coloca as hóstias para consagrar.
Penitência
Há três modos normais de fazer penitência: oração, jejum e esmola. O Advento e a Quaresma são tempos de penitência, simbolizada na cor roxa dos paramentos. As cinzas são sinal de penitência. Chama-se também penitencia o sacramento da confissão ou perdão dos pecados.
Pentecostes
Festa que acontece 50 dias depois da Páscoa. Celebra a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos (At 2). A cor dos paramentos é vermelha.
Posição dos fiéis
A maneira como nos apresentamos é um gesto que revela o que sentimos. A posição, de pé é o gesto de quem houve o Evangelho, pronto para pratica-lo. De joelhos é sinal de reverência, adoração, humildade e penitência. Sentados, para ouvir e meditar. Com as mãos levantadas, em sinal de oração e súplica. De mãos dadas, união entre e coroinhas. Em geral é mais alto, separado por um ou mais degraus da parte da Igreja onde fica a assembléia.
Presidente
É o ministro que dirige a celebração, com funções próprias. Quando é ordenado sacerdote, representa a pessoa de Jesus Cristo, celebrando com túnica e estola. Quando é ordenado diácono, usa a estola atravessada em diagonal sobre o peito. Preside a celebração da Palavra.
A celebração da Palavra também pode ser presidida por um ministro não ordenado, como o ministro extraordinário da Comunhão Eucarística, o Ministro da Palavra ou o Catequista.
Procissão
Gesto de um grupo numeroso que anda em uma direção, em fila, rezando e cantando. Simboliza a caminhada do cristão em união com os irmãos em direção a Deus. Na Missa pode-se fazer cinco procissões:
1.de entrada - o ministro que preside a celebração segue atrás dos fiéis. Quando é solene, deve ter a frente a cruz;
2.de entronização da Bíblia - a Bíblia é levada até a frente do altar, ladeada por duas ou mais velas acesas. O momento oportuno é antes das leituras, depois do Glória, ou antes da proclamação do Evangelho;
3.das ofertas - em direção ao altar, levando símbolos e ofertas;
4.da comunhão - os fiéis preparados dirigem-se até os ministros que distribuem a comunhão;
5.final - depois da bênção, os fieis seguem o ministro celebrante em direção à porta.
Proclamação
É o anúncio solene da Palavra de Deus.
Quaresma
Tempo que dura quarenta dias e vai desde a Quarta-feira de cinzas até o sábado na véspera do Domingo de Ramos. A cor dos paramentos é roxa, sinal de penitência e humildade. A penitência da Quaresma deve ajudar a conversão, que se faz pela prática da oração, jejum e esmola. No quarto domingo da Quaresma os paramentos podem ser de cor rosa, antecipando a alegria da ressurreição.
Durante a Quaresma não se reza ou canta o Glória nem Aleluia.
Querigma
Primeiro anúncio da paixão e morte de Cristo por nossos pecados e de sua ressurreição como promessa de vida eterna. É o primeiro conteúdo da pregação dos apóstolos (1Cor 15,3s; At 2,22-24; At 4,10) e também o conteúdo da evangelização que se aprofunda depois na catequese.
Ramos
Domingo em que começa a Semana Santa. Nele se celebra a entrada de Jesus em Jerusalém (Mc 11,1-10). Como lembrança daquele dia, os fiéis levam ramos bentos. Os ramos em geral são de folhas de palmeira. Nesse dia pode-se fazer uma procissão logo após a bênção dos ramos, antes da Missa. A cor do paramento é vermelha.
Resposta
Depois de ouvir a Palavra de Deus, os fiéis respondem, realizando-se, assim, um diálogo, a comunicação entre eles. Cada rito e celebração têm as respostas próprias, que devem expressar aquilo que querem significar: a fé em Jesus Cristo.
A resposta mais significativa em toda celebração é "Amém", porque reúne numa palavra só muitas realidades.
Rito
É o conjunto de sinais, símbolos, gestos, palavras e tudo o que acontece na celebração a fim de expressar uma realidade que não se vê.
Roxo
Cor litúrgica dos tempos do Advento e da Quaresma. É sinal de penitência, humildade e conversão.
Sacerdote
O mesmo que presbítero ou padre. É o ministro ordenado que serve a comunidade. É ele que está investido do poder de presidir a Eucaristia, consagrando o pão e o vinho, e de conceder o perdão sacramental, agindo em nome de Jesus Cristo.
Sacramento
São celebrações sagradas que realizam de modo sensível àquilo que Deus faz por meio de Cristo na Igreja, com a participação dos fiéis para que aproveitem as graças que ele dá. Os sacramentos da Igreja são sete: Batismo, Crisma, Eucaristia, Penitência, Matrimonio, Ordem e Unção dos Enfermos.
Sacrário
Pequeno cofre sagrado em que é depositada a âmbula com as hóstias consagradas. Deve ser fechado com chave que fica sob a responsabilidade do sacerdote ou ministro extraordinário da Eucaristia. Deve ser mantido sempre muito limpo. Diante dele se faz genuflexão. Uma lâmpada acesa indica a presença de Jesus.
Salmo
Oração tirada da Bíblia. Na Missa pode ser recitado ou cantado. Chama-se salmo responsorial, porque é uma resposta à primeira leitura.
É um gesto de penitência. Representa que o homem está livre das coisas materiais e quer se converter a Deus, deixando de comer ou beber durante um certo tempo, como fez Jesus.
Na Quaresma a Igreja pede que se faça jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, conforme o quarto mandamento da Igreja. Além desses dias, a pessoa pode fazer jejum em qualquer dia do ano, por um tempo que não prejudique a saúde, sempre tendo em conta o que Jesus disse a respeito dessa prática (Mt 5,16ss).
Para comungar, é preciso estar em jejum pelo menos uma hora antes da comunhão.
Joelhos:
O gesto de dobrar os joelhos ou permanecer de joelhos é sinal de adoração, humildade e penitência.
Dicionário Litúrgico
Ambão:
Pequena tribuna, geralmente em madeira, de onde são lidos textos sagrados ou apresentados cantos litúrgicos, nos templos religiosos.
Âmbula:
Vaso pequeno onde se guardam os santos óleos.
Báculo:
Bastão em forma de cajado usado pelo Bispo como sinal de que ele é o pastor, representante de Cristo, o Bom Pastor, que guia as ovelhas, ou seja. Os fiéis.
Quando celebra, o Bispo segura o báculo na entrada, durante a proclamação do Evangelho, na homilia e durante a oração do Creio ou profissão de fé. Nos outros momentos, fica na mão do coroinha ou acólito.
Bíblia:
Conjunto de livros da Palavra de Deus, formado pelo Antigo e Novo Testamento. A Liturgia celebra o que a Bíblia revela. O livro da Palavra de Deus está presente em todas as celebrações como sinal de amor de Deus comunicado aos homens. Pode ser levada em procissão na entrada, antes da aclamação do Evangelho e colocada no lugar de honra, na estante, entre duas velas acesas ou junto a um vaso de flores.
Círio Pascoal:
Grande vela de cera que representa Cristo Ressucitado. É aceso pela primeira vez na Vigília Pascal. Deve ser preparado com antecedência para estar bem visível o desenho da cruz, as letras A e Z, primeira e última do alfabeto, que simbolizam Cristo, princípio e fim, e os números do ano, lembrando a história da salvação e o tempo decorrido desde a vinda de Cristo. Na cruz, são fixados cinco cravos, feitos de prego cobertos de cera misturada com incenso. Cada um deles representa uma das chagas de Jesus. O círio deve ser colocado próximo ao altar, durante o tempo de Páscoa, levado em procissão nas missas solenes e estar em destaque nas celebrações do Batismo e Crisma. É na chama do círio que são acesas as velas dos batizados, para simbolizar nova vida de ressucitados em Cristo.
Corporal:
Pano branco, quadrado, com aproximadamente 50 cm de lado, que no momento da apresentação das ofertas é colocado no centro do altar, sobre a toalha. Na hora da preparação das ofertas, o sacerdote abre o pano, que estava dobrado, e sobre ele coloca o cálice, a âmbula e a paterna. Chama-se corporal porque sobre ele será colocado o corpo de Cristo nas espécies de pão e vinho. Também deve ser usado o corporal sobre o altar, quando se faz a adoração ao Santíssimo, e sobre a mesa quando se leva a comunhão aos doentes. As equipes de liturgia devem orientar com zelo sobre o modo de lavar o corporal e o sanguíneo, porque ali ficam partículas consagradas.
Diácono:
É uma pessoa ordenada para servir à comunidade. É um ministro que recebe um sacramento e tem funções próprias na liturgia, como proclamar o Evangelho, fazer sermão, proferir algumas orações em nome do povo e despedir a assembléia no final da celebração, quando o presidente é um sacerdote. Na falta de sacerdote, ele preside a celebração.
Doxologia:
É a proclamação em que o presidente da celebração resume o conteúdo dos gestos e ritos que fez. Logo após a consagração, ele reza: "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre". Os fiéis respondem: "Amém".
Esmola:
É o gesto que a Igreja pede a todo fiel como sinal de amor ao próximo. É dar sem interesse de reconhecimento ou recompensa. Especialmente no tempo da Quaresma, a esmola é sinal de conversão.
Espórtula:
Quantia em dinheiro oferecida para manter as necessidades da celebração. Não é pagamento pelo sacramento, porque seu valor é ínfimo, não há preço que pague; nem é para substituir o dízimo, que tem outra finalidade.
Estola:
Sinal do serviço sacerdotal. É uma tira de pano que passa atrás do pescoço do padre e fica com as pontas retas, caídas na frente do corpo. Sua cor é determinada pelo tempo litúrgico. O diácono usa a mesma estola, atravessada em diagonal no corpo.
Festa:
A celebração cristã tem sempre sentido de festa, porque nela os fiéis se reúnem com alegria para atualizar, lembrar e comemorar a presença de Cristo em sua vida, até que se realize a promessa de um encontro definitivo. A festa se expressa pelos sinais da luz, canto, música, aleluia, flores e velas acesas.
Fiel:
Toda pessoa batizada. Aquele que professa a fé em Jesus Cristo ressuscitado e participa da Igreja. O conjunto de fiéis que celebram a liturgia se chama assembléia. O conjunto de todos os fiéis, vivos ou falecidos, se chama Igreja. Na liturgia as fiéis manifestam a sua fé através de gestos, sinais, respostas e cantos. Na vida os fiéis manifestam a sua fé vivendo o seguimento de Jesus e cumprindo o seu mandamento de amar ao próximo.
Fogo:
Sinal de luz, calor, purificação e amor. É símbolo de Cristo, representado no círio, aceso no fogo da celebração da Vigília Pascal. É símbolo do amor de Deus, o Espírito Santo, porque foi em forma de línguas de fogo que desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes (At 2). Normalmente está presente nas celebrações através da chama das velas e da lamparina acesa junto ao sacrário.
Galhetas:
Duas jarras pequenas, de vidro, colocadas sobre uma bandeja com alça, onde estão, separadamente, a água e o vinho que vão ser usados na celebração. Ficam sobre a credência até o momento da preparação das ofertas, quando o coroinha as leva para o altar.
Genuflexão:
Gestos de dobrar um dos joelhos, ao entrar na igreja ou diante do sacrário e do Santíssimo. Pode ser substituído por uma reverência quando se está em procissão.
Gestos:
Os gestos são a linguagem do corpo. Mesmo sem falar, nossos gestos demonstram o que pensamos e sentimos. Os principais gestos da celebração são: o sinal-da-cruz, o beijo do sacerdote no altar, andar em procissão, bater palmas, ajoelhar, inclinar a cabeça, fazer reverência, ficar de pé, sentar e ouvir com atenção, dar as mãos, elevar as mãos, dar o abraço da paz e abençoar.
Glória:
É um louvor às três pessoas da Santíssima Trindade cantado ou recitado, depois do ato penitencial, nas Missas de domingo e solenidades. No tempo de Advento e Quaresma não se reza o Glória.
Homilia:
É a explicação da Palavra de Deus, especialmente do Evangelho, com o objetivo de relacionar o texto com a vida dos fiéis. O ministro da celebração traz a mensagem da Palavra para a vida da comunidade, convidando os fiéis para praticar o que propõe. Deve relacionar-se com o assunto e a mensagem do Evangelho e com o motivo da celebração, conforme a realidade da assembléia.
Hóstia:
Assim se chama o pão que é oferecido no altar e se transforma em corpo de Cristo, partido em comunhão na Missa. A hóstia maior fica na patena e é partida pelo sacerdote antes da comunhão, enquanto o povo canto Cordeiro de Deus. Na adoração do Santíssimo fica no ostensório.
As hóstias pequenas, antes da consagração, ficam na âmbula, e depois da consagração são distribuídas aos fiéis. Mesmo partidas, são o próprio corpo de Cristo e por isso o ministro, os acólitos e coroinhas devem tomar todo o cuidado para evitar que pessoas não preparadas levem a hóstia na mão, sem comungar. Se cair no chão, deve ser consumida por um deles. Se estiver suja, poderá ser dissolvida em água. Se sobrarem hóstias consagradas, devem ser guardadas no sacrário.
Os ministros que servem os doentes levam as hóstias na teça.
Imposição das mãos:
É o gesto de bênção. É próprio apenas do Bispo impor as mãos sobre a cabeça dos fiéis; é o gesto de consagração, nos sacramentos da Ordem e Crisma. O sacerdote impõe as mão sobre pessoas ou objetos nas bênçãos que preside. Quando o ministro leigo abençoa, não impo~e as mãos; conserva-as unidas faz a oração da benção e, no final, traça o sinal-da-cruz sobre si mesmo.
Incenso:
Sinal de festa e oração. É um perfume que sobe com a fumaça produzida por pequenos grãos colocados sobre brasas no turíbulo.
Os grãos são feitos de uma goma perfumada extraída de árvores. Aquecidos pelas brasas do turíbulo, exalam suave perfume que subirá ao ar, como a oração dos fiéis sobe até Deus.
O coroinha é responsável por encher a naveta com incenso. Durante a celebração, o presidente retira uma porção de incenso da naveta e a coloca no turíbulo. Nas Missas solenes são incensados o altar, o Santíssimo, o Evangelho e a assembléia.
Jarra:
Vasilha que deve conter água limpa, junto à bacia, para lavar as mãos do ministro da celebração depois da preparação das ofertas, na Missa; usada também no Batismo, na Crisma e na celebração do lava-pés.
Jejum:
É um gesto de penitência. Representa que o homem está livre das coisas materiais e quer se converter a Deus, deixando de comer ou beber durante um certo tempo, como fez Jesus.
Na Quaresma a Igreja pede que se faça jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, conforme o quarto mandamento da Igreja. Além desses dias, a pessoa pode fazer jejum em qualquer dia do ano, por um tempo que não prejudique a saúde, sempre tendo em conta o que Jesus disse a respeito dessa prática (Mt 5,16ss).
Para comungar, é preciso estar em jejum pelo menos uma hora antes da comunhão.
Joelhos:
O gesto de dobrar os joelhos ou permanecer de joelhos é sinal de adoração, humildade e penitência.
Lâmpada do Santíssimo:
É o sinal da presença de Cristo. Deve estar acesa sempre que houver hóstia consagrada no sacrário. Pode ser usada uma vela, chamada óleo ou mesmo lâmpada elétrica. V. luz.
Lava-pés:
Celebração realizada na solene celebração eucarística da Quinta-feira Santa, à tarde ou à noite, em que doze pessoas são escolhidas na comunidade para representar os doze apóstolos na última ceia de Cristo, quando instituiu a Eucaristia e o sacerdócio. É um gesto de humildade do ministro, Bispo ou sacerdote, e disposição de todos para seguir o exemplo de Jesus.
Lecionário:
Livro com as leituras próprias para cada dia do ano litúrgico. Nele estão em seqüência a primeira leitura, o salmo, a segunda leitura e o Evangelho próprio para a Missa de cada dia do ano. Há lecionários próprios para os domingos, para as celebrações eucarísticas durante a semana e para as festas dos santos.
Leitura:
Cada celebração tem suas leituras próprias, tiradas da Bíblia. São a Palavras de Deus. O lecionario e o diretório litúrgico indicam quais as leituras aconselhadas ou determinadas para cada dia ou ocasião. Em celebrações especiais podem ser escolhidos outros textos da Palavra, não estabelecidos para o dia, mas que se relacionarem diretamente com o assunto da celebração e a realidade da assembléia.
Liturgia:
Ação sagrada da Igreja, pela qual os fiéis glorificam a Deus e são santificados por ele, em Cristo, através de ritos sensíveis. O Concilio Vaticano II trata da liturgia na Constituição "Sacrosanctum Concilium", mencionada nos livros com a abreviatura SC. A Missa ou celebração da Eucaristia é o ponto alto da liturgia.
Luz:
Sinal de alegria e festa que se expressa no círio e nas velas.
Mãos:
As mãos têm função importante nas celebrações. É com elas que traçamos o sinal-da-cruz, ao iniciar a oração. Por elas completamos com a linguagem dos gestos o que expressamos em palavras. Observando as mãos do presidente da celebração e dos fiéis, entendemos melhor o sentido de cada rito:
mãos dadas: expressam união e solidariedade;
mãos estendidas: expressam oferta, participação;
mãos levantadas: expressam oração e súplica;
mãos postas: expressam oração e piedade.
(Sobre esse assunto ver também: gestos e imposição das mãos).
Matrimônio:
Celebração do sacramento do casamento. As flores, enfeites e fotografias não devem atrapalhar o principal, que é a presença de Cristo. As músicas devem ser escolhidas de modo que expressem a fé, e não qualquer idéia contrária à fidelidade do casal e à indissolubilidade do matrimônio, porque a música é uma forma de oração, que é expressão daquilo em que acreditamos.
Ministro:
É a pessoa que tem uma função própria na celebração como presidente, leitor ou outro serviço. Pode ser ordenado, como sacerdote ou diácono, ou instituído (leigo), como o ministro da Eucaristia. Deve usar uma roupa apropriada, que indique essa condição. A veste é sinal da função na liturgia.
Missa:
Celebração do sacramento da Eucaristia. Foi chamada desde o início pelos primeiros cristão de eucaristia, Fração do Pão ou Ceia do Senhor. Quando a celebração era em latim, o sacerdote despedia-se dos fieis dizendo "Ite, missa est", que quer dizer: "Ide, enviados" ou "Ide, a missão foi dada". O ministro despede os fiéis e os envia a realizar a missão que recebemos. Aquilo que Cristo nos propõe no Evangelho devemos realizar no mundo: testemunhar o seu amor.
Missal:
O missal romano é o livro de uso do sacerdote em que estão todas as orações da Missa, indicadas para cada dia, com as variações próprias do tempo e do motivo da celebração.
Mitra:
Um dos símbolos do Bispo. É um chapéu alto, terminado em ponta, com duas tiras caídas atrás. O Bispo a usa nas celebrações solenes.
Música:
A oração pode ser rezada ou cantada, com música. Esta deve ajudar a assembléia a unir-se a Deus na oração. Por isso é importante ouvir a voz do povo que canta, e não só o som dos instrumentos. A melodia e a letra devem estar de acordo com a celebração e o tempo litúrgico, evitando músicas populares, não litúrgicas. Algumas músicas, mesmo religiosas, não se prestam para a celebração eucarística. Outras, muito bonitas, com melodia agradável, têm uma letra que fala de idéias contrárias ao Evangelho e à fé, logo, não podem ser usadas nas celebrações.
Natal:
Festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 25 de dezembro. O tempo do Natal vai do dia 25 de dezembro até duas semanas depois, com a festa do Batismo do Senhor. Estão incluídas nesse tempo a festa de Maria, Mãe de Deus, no dia primeiro do ano, e a Epifania do Senhor, chamada de dia de Reis, no domingo mais próximo ao dia 6 de janeiro. A cor dos paramentos é o branco, símbolo da alegria.
Naveta:
Pequeno recipiente com tampa, em forma de açucareiro, alongado, onde se guarda o incenso. Tem o feitio de um barquinho e nela o coroinha põe o incenso que depois o ministro colocará no turíbulo.
Novena:
Nove dias de oração que preparam um acontecimento ou festa que vai ser celebrada. É um jeito popular de rezar, especialmente para fazer um pedido, alcançar uma graça. A catequese deve ajudara as pessoas a compreender que a novena tem o sentido de favorecer a conversão, e não tem por objetivo conquistar um favor de Deus ou de um santo, como se fosse uma troca, um comércio.
Ofertas:
É o que se leva para o altar para ser preparado e elevado a Deus junto com a oferta do próprio Cristo. Não pode faltar o pão (hóstias) e o vinho. Outros símbolos podem ser levados em procissão, enquanto a assembléia canta.
Óleo:
É sinal de força e coragem. Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposição do ministro uma jarra com água, bacia, sabonete e toalha para as mãos.
Oração dos fiéis:
Oração em sinal de resposta a Palavra de Deus. As intenções devem relacionar-se com o tema do Evangelho e formular pedidos concretos pelas necessidades da Igreja, do governo, do mundo, dos que sofrem e pela comunidade que celebra. Uma pessoa diz a intenção e todos respondem conforme combinado antes: "Senhor, atendei a nossa prece", ou outra resposta semelhante.
A oração é uma conversa com Deus e pode se expressar de muitos jeitos: canto, ladainha, fórmulas, espontaneamente, com a Bíblia, com a vida. Na celebração da Eucaristia o rito da Oração dos Fiéis vem logo após a homilia ou a oração do Creio.
Ostensório:
Espécie de vaso onde a hóstia grande consagrada é colocada numa abertura coberta por dois vidros, como uma janela redonda. Nele fica exposto o Santíssimo para adoração dos fiéis. É usado na procissão de "Corpus Christi", ficando sempre entre duas velas acesas. Quando se fizer a exposição do Santíssimo, o que nunca acontece durante a Missa, deve ser lida a Palavra de Deus, deve haver momento de oração, cantos e silêncio para adoração.
Quando o ministro é sacerdote, usa capa e véu umeral (pequena capa curta, que cobre apenas os ombros). Ao encerrar a adoração, dá a bênção.
A adoração ao Santíssimo pode ser feita também sem o ostensório. Nesse caso a exposição do Santíssimo é feita com a âmbula, mas devem ser tomados os mesmos cuidados e haver o mesmo respeito: o ministro deve usar as vestes próprias da celebração, deve colocar a âmbula sobre o corporal, deve manter as velas acesas. Se é feita por ministro leigo, este não dá a bênção.
Pala
Pequeno cartão quadrado, coberto de tecido branco, que serve para proteger o cálice durante a celebração da Eucaristia.
Pão
É símbolo de alimento e vida. Na Eucaristia é oferecido e consagrado, na forma de hóstia, transformando-se no corpo de Cristo. O pão usado é feito de farinha de trigo muito pura e sem fermento. A transformação do pão em corpo de Cristo tem o nome de transubstanciação.
Paramentos
São as roupas solenes, vestes usadas na celebração. O sacerdote usa túnica branca e estola conforme a cor do tempo litúrgico. Nas Missas festivas usa a casula da mesma cor. O Ministro da Eucaristia deve usar túnica ou casaco, conforme as normas diocesanas.
Páscoa
Festa da ressurreição de Cristo. É a Eucaristia mais solene do ano litúrgico, sinal de vida nova, depois da conversão acontecida na Quaresma. É o tempo litúrgico que começa com a Vigília Pascal e se estende até o domingo de Pentecostes. Durante todo o tempo litúrgico da Páscoa, os paramentos devem ser brancos e o círio pascal deve ser mantido junto ao altar.
Patena
Pequeno pratinho de metal em que o sacerdote coloca as hóstias para consagrar.
Penitência
Há três modos normais de fazer penitência: oração, jejum e esmola. O Advento e a Quaresma são tempos de penitência, simbolizada na cor roxa dos paramentos. As cinzas são sinal de penitência. Chama-se também penitencia o sacramento da confissão ou perdão dos pecados.
Pentecostes
Festa que acontece 50 dias depois da Páscoa. Celebra a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos (At 2). A cor dos paramentos é vermelha.
Posição dos fiéis
A maneira como nos apresentamos é um gesto que revela o que sentimos. A posição, de pé é o gesto de quem houve o Evangelho, pronto para pratica-lo. De joelhos é sinal de reverência, adoração, humildade e penitência. Sentados, para ouvir e meditar. Com as mãos levantadas, em sinal de oração e súplica. De mãos dadas, união entre irmãos. Mãos postas juntas, sinal de oração, piedade. Para comungar, o fiel fica com a mão esquerda aberta sobre a mão direita, com a palma virada para cima, na frente do corpo, à altura do peito. O ministro coloca a hóstia sobre a palma da mão esquerda aberta e com a mão direita o fiel a leva até a boca, respondendo: "Amém".
Presbitério
Lugar onde fica o altar, o presidente da celebração, ministros, leitores e coroinhas. Em geral é mais alto, separado por um ou mais degraus da parte da Igreja onde fica a assembléia.
Presidente
É o ministro que dirige a celebração, com funções próprias. Quando é ordenado sacerdote, representa a pessoa de Jesus Cristo, celebrando com túnica e estola. Quando é ordenado diácono, usa a estola atravessada em diagonal sobre o peito. Preside a celebração da Palavra.
A celebração da Palavra também pode ser presidida por um ministro não ordenado, como o ministro extraordinário da Comunhão Eucarística, o Ministro da Palavra ou o Catequista.
Procissão
Gesto de um grupo numeroso que anda em uma direção, em fila, rezando e cantando. Simboliza a caminhada do cristão em união com os irmãos em direção a Deus. Na Missa pode-se fazer cinco procissões:
1.de entrada - o ministro que preside a celebração segue atrás dos fiéis. Quando é solene, deve ter a frente a cruz;
2.de entronização da Bíblia - a Bíblia é levada até a frente do altar, ladeada por duas ou mais velas acesas. O momento oportuno é antes das leituras, depois do Glória, ou antes da proclamação do Evangelho;
3.das ofertas - em direção ao altar, levando símbolos e ofertas;
4.da comunhão - os fiéis preparados dirigem-se até os ministros que distribuem a comunhão;
5.final - depois da bênção, os fieis seguem o ministro celebrante em direção à porta.
Proclamação
É o anúncio solene da Palavra de Deus.
Quaresma
Tempo que dura quarenta dias e vai desde a Quarta-feira de cinzas até o sábado na véspera do Domingo de Ramos. A cor dos paramentos é roxa, sinal de penitência e humildade. A penitência da Quaresma deve ajudar a conversão, que se faz pela prática da oração, jejum e esmola. No quarto domingo da Quaresma os paramentos podem ser de cor rosa, antecipando a alegria da ressurreição.
Durante a Quaresma não se reza ou canta o Glória nem Aleluia.
Querigma
Primeiro anúncio da paixão e morte de Cristo por nossos pecados e de sua ressurreição como promessa de vida eterna. É o primeiro conteúdo da pregação dos apóstolos (1Cor 15,3s; At 2,22-24; At 4,10) e também o conteúdo da evangelização que se aprofunda depois na catequese.
Ramos
Domingo em que começa a Semana Santa. Nele se celebra a entrada de Jesus em Jerusalém (Mc 11,1-10). Como lembrança daquele dia, os fiéis levam ramos bentos. Os ramos em geral são de folhas de palmeira. Nesse dia pode-se fazer uma procissão logo após a bênção dos ramos, antes da Missa. A cor do paramento é vermelha.
Resposta
Depois de ouvir a Palavra de Deus, os fiéis respondem, realizando-se, assim, um diálogo, a comunicação entre eles. Cada rito e celebração têm as respostas próprias, que devem expressar aquilo que querem significar: a fé em Jesus Cristo.
A resposta mais significativa em toda celebração é "Amém", porque reúne numa palavra só muitas realidades.
Rito
É o conjunto de sinais, símbolos, gestos, palavras e tudo o que acontece na celebração a fim de expressar uma realidade que não se vê.
Roxo
Cor litúrgica dos tempos do Advento e da Quaresma. É sinal de penitência, humildade e conversão.
Sacerdote
O mesmo que presbítero ou padre. É o ministro ordenado que serve a comunidade. É ele que está investido do poder de presidir a Eucaristia, consagrando o pão e o vinho, e de conceder o perdão sacramental, agindo em nome de Jesus Cristo.
Sacramento
São celebrações sagradas que realizam de modo sensível àquilo que Deus faz por meio de Cristo na Igreja, com a participação dos fiéis para que aproveitem as graças que ele dá. Os sacramentos da Igreja são sete: Batismo, Crisma, Eucaristia, Penitência, Matrimonio, Ordem e Unção dos Enfermos.
Sacrário
Pequeno cofre sagrado em que é depositada a âmbula com as hóstias consagradas. Deve ser fechado com chave que fica sob a responsabilidade do sacerdote ou ministro extraordinário da Eucaristia. Deve ser mantido sempre muito limpo. Diante dele se faz genuflexão. Uma lâmpada acesa indica a presença de Jesus.
Salmo
Oração tirada da Bíblia. Na Missa pode ser recitado ou cantado. Chama-se salmo responsorial, porque é uma resposta à primeira leitura.