Dicionário Litúrgico
Ambão:
Pequena tribuna, geralmente em madeira, de onde são lidos textos sagrados ou apresentados cantos litúrgicos, nos templos religiosos.
Âmbula:
Vaso pequeno onde se guardam os santos óleos.
Báculo:
Bastão em forma de cajado usado pelo Bispo como sinal de que ele é o pastor, representante de Cristo, o Bom Pastor, que guia as ovelhas, ou seja. Os fiéis.
Quando celebra, o Bispo segura o báculo na entrada, durante a proclamação do Evangelho, na homilia e durante a oração do Creio ou profissão de fé. Nos outros momentos, fica na mão do coroinha ou acólito.
Bíblia:
Conjunto de livros da Palavra de Deus, formado pelo Antigo e Novo Testamento. A Liturgia celebra o que a Bíblia revela. O livro da Palavra de Deus está presente em todas as celebrações como sinal de amor de Deus comunicado aos homens. Pode ser levada em procissão na entrada, antes da aclamação do Evangelho e colocada no lugar de honra, na estante, entre duas velas acesas ou junto a um vaso de flores.
Círio Pascoal:
Grande vela de cera que representa Cristo Ressucitado. É aceso pela primeira vez na Vigília Pascal. Deve ser preparado com antecedência para estar bem visível o desenho da cruz, as letras A e Z, primeira e última do alfabeto, que simbolizam Cristo, princípio e fim, e os números do ano, lembrando a história da salvação e o tempo decorrido desde a vinda de Cristo. Na cruz, são fixados cinco cravos, feitos de prego cobertos de cera misturada com incenso. Cada um deles representa uma das chagas de Jesus. O círio deve ser colocado próximo ao altar, durante o tempo de Páscoa, levado em procissão nas missas solenes e estar em destaque nas celebrações do Batismo e Crisma. É na chama do círio que são acesas as velas dos batizados, para simbolizar nova vida de ressucitados em Cristo.
Corporal:
Pano branco, quadrado, com aproximadamente 50 cm de lado, que no momento da apresentação das ofertas é colocado no centro do altar, sobre a toalha. Na hora da preparação das ofertas, o sacerdote abre o pano, que estava dobrado, e sobre ele coloca o cálice, a âmbula e a paterna. Chama-se corporal porque sobre ele será colocado o corpo de Cristo nas espécies de pão e vinho. Também deve ser usado o corporal sobre o altar, quando se faz a adoração ao Santíssimo, e sobre a mesa quando se leva a comunhão aos doentes. As equipes de liturgia devem orientar com zelo sobre o modo de lavar o corporal e o sanguíneo, porque ali ficam partículas consagradas.
Diácono:
É uma pessoa ordenada para servir à comunidade. É um ministro que recebe um sacramento e tem funções próprias na liturgia, como proclamar o Evangelho, fazer sermão, proferir algumas orações em nome do povo e despedir a assembléia no final da celebração, quando o presidente é um sacerdote. Na falta de sacerdote, ele preside a celebração.
Doxologia:
É a proclamação em que o presidente da celebração resume o conteúdo dos gestos e ritos que fez. Logo após a consagração, ele reza: "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre". Os fiéis respondem: "Amém".
Esmola:
É o gesto que a Igreja pede a todo fiel como sinal de amor ao próximo. É dar sem interesse de reconhecimento ou recompensa. Especialmente no tempo da Quaresma, a esmola é sinal de conversão.
Espórtula:
Quantia em dinheiro oferecida para manter as necessidades da celebração. Não é pagamento pelo sacramento, porque seu valor é ínfimo, não há preço que pague; nem é para substituir o dízimo, que tem outra finalidade.
Estola:
Sinal do serviço sacerdotal. É uma tira de pano que passa atrás do pescoço do padre e fica com as pontas retas, caídas na frente do corpo. Sua cor é determinada pelo tempo litúrgico. O diácono usa a mesma estola, atravessada em diagonal no corpo.
Festa:
A celebração cristã tem sempre sentido de festa, porque nela os fiéis se reúnem com alegria para atualizar, lembrar e comemorar a presença de Cristo em sua vida, até que se realize a promessa de um encontro definitivo. A festa se expressa pelos sinais da luz, canto, música, aleluia, flores e velas acesas.
Fiel:
Toda pessoa batizada. Aquele que professa a fé em Jesus Cristo ressuscitado e participa da Igreja. O conjunto de fiéis que celebram a liturgia se chama assembléia. O conjunto de todos os fiéis, vivos ou falecidos, se chama Igreja. Na liturgia as fiéis manifestam a sua fé através de gestos, sinais, respostas e cantos. Na vida os fiéis manifestam a sua fé vivendo o seguimento de Jesus e cumprindo o seu mandamento de amar ao próximo.
Fogo:
Sinal de luz, calor, purificação e amor. É símbolo de Cristo, representado no círio, aceso no fogo da celebração da Vigília Pascal. É símbolo do amor de Deus, o Espírito Santo, porque foi em forma de línguas de fogo que desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes (At 2). Normalmente está presente nas celebrações através da chama das velas e da lamparina acesa junto ao sacrário.
Galhetas:
Duas jarras pequenas, de vidro, colocadas sobre uma bandeja com alça, onde estão, separadamente, a água e o vinho que vão ser usados na celebração. Ficam sobre a credência até o momento da preparação das ofertas, quando o coroinha as leva para o altar.
Genuflexão:
Gestos de dobrar um dos joelhos, ao entrar na igreja ou diante do sacrário e do Santíssimo. Pode ser substituído por uma reverência quando se está em procissão.
Gestos:
Os gestos são a linguagem do corpo. Mesmo sem falar, nossos gestos demonstram o que pensamos e sentimos. Os principais gestos da celebração são: o sinal-da-cruz, o beijo do sacerdote no altar, andar em procissão, bater palmas, ajoelhar, inclinar a cabeça, fazer reverência, ficar de pé, sentar e ouvir com atenção, dar as mãos, elevar as mãos, dar o abraço da paz e abençoar.
Glória:
É um louvor às três pessoas da Santíssima Trindade cantado ou recitado, depois do ato penitencial, nas Missas de domingo e solenidades. No tempo de Advento e Quaresma não se reza o Glória.
Homilia:
É a explicação da Palavra de Deus, especialmente do Evangelho, com o objetivo de relacionar o texto com a vida dos fiéis. O ministro da celebração traz a mensagem da Palavra para a vida da comunidade, convidando os fiéis para praticar o que propõe. Deve relacionar-se com o assunto e a mensagem do Evangelho e com o motivo da celebração, conforme a realidade da assembléia.
Hóstia:
Assim se chama o pão que é oferecido no altar e se transforma em corpo de Cristo, partido em comunhão na Missa. A hóstia maior fica na patena e é partida pelo sacerdote antes da comunhão, enquanto o povo canto Cordeiro de Deus. Na adoração do Santíssimo fica no ostensório.
As hóstias pequenas, antes da consagração, ficam na âmbula, e depois da consagração são distribuídas aos fiéis. Mesmo partidas, são o próprio corpo de Cristo e por isso o ministro, os acólitos e coroinhas devem tomar todo o cuidado para evitar que pessoas não preparadas levem a hóstia na mão, sem comungar. Se cair no chão, deve ser consumida por um deles. Se estiver suja, poderá ser dissolvida em água. Se sobrarem hóstias consagradas, devem ser guardadas no sacrário.
Os ministros que servem os doentes levam as hóstias na teça.
Imposição das mãos:
É o gesto de bênção. É próprio apenas do Bispo impor as mãos sobre a cabeça dos fiéis; é o gesto de consagração, nos sacramentos da Ordem e Crisma. O sacerdote impõe as mão sobre pessoas ou objetos nas bênçãos que preside. Quando o ministro leigo abençoa, não impo~e as mãos; conserva-as unidas faz a oração da benção e, no final, traça o sinal-da-cruz sobre si mesmo.
Incenso:
Sinal de festa e oração. É um perfume que sobe com a fumaça produzida por pequenos grãos colocados sobre brasas no turíbulo.
Os grãos são feitos de uma goma perfumada extraída de árvores. Aquecidos pelas brasas do turíbulo, exalam suave perfume que subirá ao ar, como a oração dos fiéis sobe até Deus.
O coroinha é responsável por encher a naveta com incenso. Durante a celebração, o presidente retira uma porção de incenso da naveta e a coloca no turíbulo. Nas Missas solenes são incensados o altar, o Santíssimo, o Evangelho e a assembléia.
Jarra:
Vasilha que deve conter água limpa, junto à bacia, para lavar as mãos do ministro da celebração depois da preparação das ofertas, na Missa; usada também no Batismo, na Crisma e na celebração do lava-pés.
Jejum:io. Pode ser usada uma vela, chamada óleo ou mesmo lâmpada elétrica. V. luz.
Lava-pés:
Celebração realizada na solene celebração eucarística da Quinta-feira Santa, à tarde ou à noite, em que doze pessoas são escolhidas na comunidade para representar os doze apóstolos na última ceia de Cristo, quando instituiu a Eucaristia e o sacerdócio. É um gesto de humildade do ministro, Bispo ou sacerdote, e disposição de todos para seguir o exemplo de Jesus.
Lecionário:
Livro com as leituras próprias para cada dia do ano litúrgico. Nele estão em seqüência a primeira leitura, o salmo, a segunda leitura e o Evangelho próprio para a Missa de cada dia do ano. Há lecionários próprios para os domingos, para as celebrações eucarísticas durante a semana e para as festas dos santos.
Leitura:
Cada celebração tem suas leituras próprias, tiradas da Bíblia. São a Palavras de Deus. O lecionario e o diretório litúrgico indicam quais as leituras aconselhadas ou determinadas para cada dia ou ocasião. Em celebrações especiais podem ser escolhidos outros textos da Palavra, não estabelecidos para o dia, mas que se relacionarem diretamente com o assunto da celebração e a realidade da assembléia.
Liturgia:
Ação sagrada da Igreja, pela qual os fiéis glorificam a Deus e são santificados por ele, em Cristo, através de ritos sensíveis. O Concilio Vaticano II trata da liturgia na Constituição "Sacrosanctum Concilium", mencionada nos livros com a abreviatura SC. A Missa ou celebração da Eucaristia é o ponto alto da liturgia.
Luz:
Sinal de alegria e festa que se expressa no círio e nas velas.
Mãos:
As mãos têm função importante nas celebrações. É com elas que traçamos o sinal-da-cruz, ao iniciar a oração. Por elas completamos com a linguagem dos gestos o que expressamos em palavras. Observando as mãos do presidente da celebração e dos fiéis, entendemos melhor o sentido de cada rito:
mãos dadas: expressam união e solidariedade;
mãos estendidas: expressam oferta, participação;
mãos levantadas: expressam oração e súplica;
mãos postas: expressam oração e piedade.
(Sobre esse assunto ver também: gestos e imposição das mãos).
Matrimônio:
Celebração do sacramento do casamento. As flores, enfeites e fotografias não devem atrapalhar o principal, que é a presença de Cristo. As músicas devem ser escolhidas de modo que expressem a fé, e não qualquer idéia contrária à fidelidade do casal e à indissolubilidade do matrimônio, porque a música é uma forma de oração, que é expressão daquilo em que acreditamos.
Ministro:
É a pessoa que tem uma função própria na celebração como presidente, leitor ou outro serviço. Pode ser ordenado, como sacerdote ou diácono, ou instituído (leigo), como o ministro da Eucaristia. Deve usar uma roupa apropriada, que indique essa condição. A veste é sinal da função na liturgia.
Missa:
Celebração do sacramento da Eucaristia. Foi chamada desde o início pelos primeiros cristão de eucaristia, Fração do Pão ou Ceia do Senhor. Quando a celebração era em latim, o sacerdote despedia-se dos fieis dizendo "Ite, missa est", que quer dizer: "Ide, enviados" ou "Ide, a missão foi dada". O ministro despede os fiéis e os envia a realizar a missão que recebemos. Aquilo que Cristo nos propõe no Evangelho devemos realizar no mundo: testemunhar o seu amor.
Missal:
O missal romano é o livro de uso do sacerdote em que estão todas as orações da Missa, indicadas para cada dia, com as variações próprias do tempo e do motivo da celebração.
Mitra:
Um dos símbolos do Bispo. É um chapéu alto, terminado em ponta, com duas tiras caídas atrás. O Bispo a usa nas celebrações solenes.
Música:
A oração pode ser rezada ou cantada, com música. Esta deve ajudar a assembléia a unir-se a Deus na oração. Por isso é importante ouvir a voz do povo que canta, e não só o som dos instrumentos. A melodia e a letra devem estar de acordo com a celebração e o tempo litúrgico, evitando músicas populares, não litúrgicas. Algumas músicas, mesmo religiosas, não se prestam para a celebração eucarística. Outras, muito bonitas, com melodia agradável, têm uma letra que fala de idéias contrárias ao Evangelho e à fé, logo, não podem ser usadas nas celebrações.
Natal:
Festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 25 de dezembro. O tempo do Natal vai do dia 25 de dezembro até duas semanas depois, com a festa do Batismo do Senhor. Estão incluídas nesse tempo a festa de Maria, Mãe de Deus, no dia primeiro do ano, e a Epifania do Senhor, chamada de dia de Reis, no domingo mais próximo ao dia 6 de janeiro. A cor dos paramentos é o branco, símbolo da alegria.
Naveta:
Pequeno recipiente com tampa, em forma de açucareiro, alongado, onde se guarda o incenso. Tem o feitio de um barquinho e nela o coroinha põe o incenso que depois o ministro colocará no turíbulo.
Novena:
Nove dias de oração que preparam um acontecimento ou festa que vai ser celebrada. É um jeito popular de rezar, especialmente para fazer um pedido, alcançar uma graça. A catequese deve ajudara as pessoas a compreender que a novena tem o sentido de favorecer a conversão, e não tem por objetivo conquistar um favor de Deus ou de um santo, como se fosse uma troca, um comércio.
Ofertas:
É o que se leva para o altar para ser preparado e elevado a Deus junto com a oferta do próprio Cristo. Não pode faltar o pão (hóstias) e o vinho. Outros símbolos podem ser levados em procissão, enquanto a assembléia canta.
Óleo:
É sinal de força e coragem. Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposição do ministro uma jarra com água, bacia, sabonete e toalha para as mãos.
Oração dos fiéis:
Oração em sinal de resposta a Palavra de Deus. As intenções devem relacionar-se com o tema do Evangelho e formular pedidos concretos pelas necessidades da Igreja, do governo, do mundo, dos que sofrem e pela comunidade que celebra. Uma pessoa diz a intenção e todos respondem conforme combinado antes: "Senhor, atendei a nossa prece", ou outra resposta semelhante.
A oração é uma conversa com Deus e pode se expressar de muitos jeitos: canto, ladainha, fórmulas, espontaneamente, com a Bíblia, com a vida. Na celebração da Eucaristia o rito da Oração dos Fiéis vem logo após a homilia ou a oração do Creio.
Ostensório:
Espécie de vaso onde a hóstia grande consagrada é colocada numa abertura coberta por dois vidros, como uma janela redonda. Nele fica exposto o Santíssimo para adoração dos fiéis. É usado na procissão de "Corpus Christi", ficando sempre entre duas velas acesas. Quando se fizer a exposição do Santíssimo, o que nunca acontece durante a Missa, deve ser lida a Palavra de Deus, deve haver momento de oração, cantos e silêncio para adoração.
Quando o ministro é sacerdote, usa capa e véu umeral (pequena capa curta, que cobre apenas os ombros). Ao encerrar a adoração, dá a bênção.
A adoração ao Santíssimo pode ser feita também sem o ostensório. Nesse caso a exposição do Santíssimo é feita com a âmbula, mas devem ser tomados os mesmos cuidados e haver o mesmo respeito: o ministro deve usar as vestes próprias da celebração, deve colocar a âmbula sobre o corporal, deve manter as velas acesas. Se é feita por ministro leigo, este não dá a bênção.
Pala
Pequeno cartão quadrado, coberto de tecido branco, que serve para proteger o cálice durante a celebração da Eucaristia.
Pão
É símbolo de alimento e vida. Na Eucaristia é oferecido e consagrado, na forma de hóstia, transformando-se no corpo de Cristo. O pão usado é feito de farinha de trigo muito pura e sem fermento. A transformação do pão em corpo de Cristo tem o nome de transubstanciação.
Paramentos
São as roupas solenes, vestes usadas na celebração. O sacerdote usa túnica branca e estola conforme a cor do tempo litúrgico. Nas Missas festivas usa a casula da mesma cor. O Ministro da Eucaristia deve usar túnica ou casaco, conforme as normas diocesanas.
Páscoa
Festa da ressurreição de Cristo. É a Eucaristia mais solene do ano litúrgico, sinal de vida nova, depois da conversão acontecida na Quaresma. É o tempo litúrgico que começa com a Vigília Pascal e se estende até o domingo de Pentecostes. Durante todo o tempo litúrgico da Páscoa, os paramentos devem ser brancos e o círio pascal deve ser mantido junto ao altar.
Patena
Pequeno pratinho de metal em que o sacerdote coloca as hóstias para consagrar.
Penitência
Há três modos normais de fazer penitência: oração, jejum e esmola. O Advento e a Quaresma são tempos de penitência, simbolizada na cor roxa dos paramentos. As cinzas são sinal de penitência. Chama-se também penitencia o sacramento da confissão ou perdão dos pecados.
Pentecostes
Festa que acontece 50 dias depois da Páscoa. Celebra a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos (At 2). A cor dos paramentos é vermelha.
Posição dos fiéis
A maneira como nos apresentamos é um gesto que revela o que sentimos. A posição, de pé é o gesto de quem houve o Evangelho, pronto para pratica-lo. De joelhos é sinal de reverência, adoração, humildade e penitência. Sentados, para ouvir e meditar. Com as mãos levantadas, em sinal de oração e súplica. De mãos dadas, união entre e coroinhas. Em geral é mais alto, separado por um ou mais degraus da parte da Igreja onde fica a assembléia.
Presidente
É o ministro que dirige a celebração, com funções próprias. Quando é ordenado sacerdote, representa a pessoa de Jesus Cristo, celebrando com túnica e estola. Quando é ordenado diácono, usa a estola atravessada em diagonal sobre o peito. Preside a celebração da Palavra.
A celebração da Palavra também pode ser presidida por um ministro não ordenado, como o ministro extraordinário da Comunhão Eucarística, o Ministro da Palavra ou o Catequista.
Procissão
Gesto de um grupo numeroso que anda em uma direção, em fila, rezando e cantando. Simboliza a caminhada do cristão em união com os irmãos em direção a Deus. Na Missa pode-se fazer cinco procissões:
1.de entrada - o ministro que preside a celebração segue atrás dos fiéis. Quando é solene, deve ter a frente a cruz;
2.de entronização da Bíblia - a Bíblia é levada até a frente do altar, ladeada por duas ou mais velas acesas. O momento oportuno é antes das leituras, depois do Glória, ou antes da proclamação do Evangelho;
3.das ofertas - em direção ao altar, levando símbolos e ofertas;
4.da comunhão - os fiéis preparados dirigem-se até os ministros que distribuem a comunhão;
5.final - depois da bênção, os fieis seguem o ministro celebrante em direção à porta.
Proclamação
É o anúncio solene da Palavra de Deus.
Quaresma
Tempo que dura quarenta dias e vai desde a Quarta-feira de cinzas até o sábado na véspera do Domingo de Ramos. A cor dos paramentos é roxa, sinal de penitência e humildade. A penitência da Quaresma deve ajudar a conversão, que se faz pela prática da oração, jejum e esmola. No quarto domingo da Quaresma os paramentos podem ser de cor rosa, antecipando a alegria da ressurreição.
Durante a Quaresma não se reza ou canta o Glória nem Aleluia.
Querigma
Primeiro anúncio da paixão e morte de Cristo por nossos pecados e de sua ressurreição como promessa de vida eterna. É o primeiro conteúdo da pregação dos apóstolos (1Cor 15,3s; At 2,22-24; At 4,10) e também o conteúdo da evangelização que se aprofunda depois na catequese.
Ramos
Domingo em que começa a Semana Santa. Nele se celebra a entrada de Jesus em Jerusalém (Mc 11,1-10). Como lembrança daquele dia, os fiéis levam ramos bentos. Os ramos em geral são de folhas de palmeira. Nesse dia pode-se fazer uma procissão logo após a bênção dos ramos, antes da Missa. A cor do paramento é vermelha.
Resposta
Depois de ouvir a Palavra de Deus, os fiéis respondem, realizando-se, assim, um diálogo, a comunicação entre eles. Cada rito e celebração têm as respostas próprias, que devem expressar aquilo que querem significar: a fé em Jesus Cristo.
A resposta mais significativa em toda celebração é "Amém", porque reúne numa palavra só muitas realidades.
Rito
É o conjunto de sinais, símbolos, gestos, palavras e tudo o que acontece na celebração a fim de expressar uma realidade que não se vê.
Roxo
Cor litúrgica dos tempos do Advento e da Quaresma. É sinal de penitência, humildade e conversão.
Sacerdote
O mesmo que presbítero ou padre. É o ministro ordenado que serve a comunidade. É ele que está investido do poder de presidir a Eucaristia, consagrando o pão e o vinho, e de conceder o perdão sacramental, agindo em nome de Jesus Cristo.
Sacramento
São celebrações sagradas que realizam de modo sensível àquilo que Deus faz por meio de Cristo na Igreja, com a participação dos fiéis para que aproveitem as graças que ele dá. Os sacramentos da Igreja são sete: Batismo, Crisma, Eucaristia, Penitência, Matrimonio, Ordem e Unção dos Enfermos.
Sacrário
Pequeno cofre sagrado em que é depositada a âmbula com as hóstias consagradas. Deve ser fechado com chave que fica sob a responsabilidade do sacerdote ou ministro extraordinário da Eucaristia. Deve ser mantido sempre muito limpo. Diante dele se faz genuflexão. Uma lâmpada acesa indica a presença de Jesus.
Salmo
Oração tirada da Bíblia. Na Missa pode ser recitado ou cantado. Chama-se salmo responsorial, porque é uma resposta à primeira leitura.
É um gesto de penitência. Representa que o homem está livre das coisas materiais e quer se converter a Deus, deixando de comer ou beber durante um certo tempo, como fez Jesus.
Na Quaresma a Igreja pede que se faça jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, conforme o quarto mandamento da Igreja. Além desses dias, a pessoa pode fazer jejum em qualquer dia do ano, por um tempo que não prejudique a saúde, sempre tendo em conta o que Jesus disse a respeito dessa prática (Mt 5,16ss).
Para comungar, é preciso estar em jejum pelo menos uma hora antes da comunhão.
Joelhos:
O gesto de dobrar os joelhos ou permanecer de joelhos é sinal de adoração, humildade e penitência.
Dicionário Litúrgico
Ambão:
Pequena tribuna, geralmente em madeira, de onde são lidos textos sagrados ou apresentados cantos litúrgicos, nos templos religiosos.
Âmbula:
Vaso pequeno onde se guardam os santos óleos.
Báculo:
Bastão em forma de cajado usado pelo Bispo como sinal de que ele é o pastor, representante de Cristo, o Bom Pastor, que guia as ovelhas, ou seja. Os fiéis.
Quando celebra, o Bispo segura o báculo na entrada, durante a proclamação do Evangelho, na homilia e durante a oração do Creio ou profissão de fé. Nos outros momentos, fica na mão do coroinha ou acólito.
Bíblia:
Conjunto de livros da Palavra de Deus, formado pelo Antigo e Novo Testamento. A Liturgia celebra o que a Bíblia revela. O livro da Palavra de Deus está presente em todas as celebrações como sinal de amor de Deus comunicado aos homens. Pode ser levada em procissão na entrada, antes da aclamação do Evangelho e colocada no lugar de honra, na estante, entre duas velas acesas ou junto a um vaso de flores.
Círio Pascoal:
Grande vela de cera que representa Cristo Ressucitado. É aceso pela primeira vez na Vigília Pascal. Deve ser preparado com antecedência para estar bem visível o desenho da cruz, as letras A e Z, primeira e última do alfabeto, que simbolizam Cristo, princípio e fim, e os números do ano, lembrando a história da salvação e o tempo decorrido desde a vinda de Cristo. Na cruz, são fixados cinco cravos, feitos de prego cobertos de cera misturada com incenso. Cada um deles representa uma das chagas de Jesus. O círio deve ser colocado próximo ao altar, durante o tempo de Páscoa, levado em procissão nas missas solenes e estar em destaque nas celebrações do Batismo e Crisma. É na chama do círio que são acesas as velas dos batizados, para simbolizar nova vida de ressucitados em Cristo.
Corporal:
Pano branco, quadrado, com aproximadamente 50 cm de lado, que no momento da apresentação das ofertas é colocado no centro do altar, sobre a toalha. Na hora da preparação das ofertas, o sacerdote abre o pano, que estava dobrado, e sobre ele coloca o cálice, a âmbula e a paterna. Chama-se corporal porque sobre ele será colocado o corpo de Cristo nas espécies de pão e vinho. Também deve ser usado o corporal sobre o altar, quando se faz a adoração ao Santíssimo, e sobre a mesa quando se leva a comunhão aos doentes. As equipes de liturgia devem orientar com zelo sobre o modo de lavar o corporal e o sanguíneo, porque ali ficam partículas consagradas.
Diácono:
É uma pessoa ordenada para servir à comunidade. É um ministro que recebe um sacramento e tem funções próprias na liturgia, como proclamar o Evangelho, fazer sermão, proferir algumas orações em nome do povo e despedir a assembléia no final da celebração, quando o presidente é um sacerdote. Na falta de sacerdote, ele preside a celebração.
Doxologia:
É a proclamação em que o presidente da celebração resume o conteúdo dos gestos e ritos que fez. Logo após a consagração, ele reza: "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre". Os fiéis respondem: "Amém".
Esmola:
É o gesto que a Igreja pede a todo fiel como sinal de amor ao próximo. É dar sem interesse de reconhecimento ou recompensa. Especialmente no tempo da Quaresma, a esmola é sinal de conversão.
Espórtula:
Quantia em dinheiro oferecida para manter as necessidades da celebração. Não é pagamento pelo sacramento, porque seu valor é ínfimo, não há preço que pague; nem é para substituir o dízimo, que tem outra finalidade.
Estola:
Sinal do serviço sacerdotal. É uma tira de pano que passa atrás do pescoço do padre e fica com as pontas retas, caídas na frente do corpo. Sua cor é determinada pelo tempo litúrgico. O diácono usa a mesma estola, atravessada em diagonal no corpo.
Festa:
A celebração cristã tem sempre sentido de festa, porque nela os fiéis se reúnem com alegria para atualizar, lembrar e comemorar a presença de Cristo em sua vida, até que se realize a promessa de um encontro definitivo. A festa se expressa pelos sinais da luz, canto, música, aleluia, flores e velas acesas.
Fiel:
Toda pessoa batizada. Aquele que professa a fé em Jesus Cristo ressuscitado e participa da Igreja. O conjunto de fiéis que celebram a liturgia se chama assembléia. O conjunto de todos os fiéis, vivos ou falecidos, se chama Igreja. Na liturgia as fiéis manifestam a sua fé através de gestos, sinais, respostas e cantos. Na vida os fiéis manifestam a sua fé vivendo o seguimento de Jesus e cumprindo o seu mandamento de amar ao próximo.
Fogo:
Sinal de luz, calor, purificação e amor. É símbolo de Cristo, representado no círio, aceso no fogo da celebração da Vigília Pascal. É símbolo do amor de Deus, o Espírito Santo, porque foi em forma de línguas de fogo que desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes (At 2). Normalmente está presente nas celebrações através da chama das velas e da lamparina acesa junto ao sacrário.
Galhetas:
Duas jarras pequenas, de vidro, colocadas sobre uma bandeja com alça, onde estão, separadamente, a água e o vinho que vão ser usados na celebração. Ficam sobre a credência até o momento da preparação das ofertas, quando o coroinha as leva para o altar.
Genuflexão:
Gestos de dobrar um dos joelhos, ao entrar na igreja ou diante do sacrário e do Santíssimo. Pode ser substituído por uma reverência quando se está em procissão.
Gestos:
Os gestos são a linguagem do corpo. Mesmo sem falar, nossos gestos demonstram o que pensamos e sentimos. Os principais gestos da celebração são: o sinal-da-cruz, o beijo do sacerdote no altar, andar em procissão, bater palmas, ajoelhar, inclinar a cabeça, fazer reverência, ficar de pé, sentar e ouvir com atenção, dar as mãos, elevar as mãos, dar o abraço da paz e abençoar.
Glória:
É um louvor às três pessoas da Santíssima Trindade cantado ou recitado, depois do ato penitencial, nas Missas de domingo e solenidades. No tempo de Advento e Quaresma não se reza o Glória.
Homilia:
É a explicação da Palavra de Deus, especialmente do Evangelho, com o objetivo de relacionar o texto com a vida dos fiéis. O ministro da celebração traz a mensagem da Palavra para a vida da comunidade, convidando os fiéis para praticar o que propõe. Deve relacionar-se com o assunto e a mensagem do Evangelho e com o motivo da celebração, conforme a realidade da assembléia.
Hóstia:
Assim se chama o pão que é oferecido no altar e se transforma em corpo de Cristo, partido em comunhão na Missa. A hóstia maior fica na patena e é partida pelo sacerdote antes da comunhão, enquanto o povo canto Cordeiro de Deus. Na adoração do Santíssimo fica no ostensório.
As hóstias pequenas, antes da consagração, ficam na âmbula, e depois da consagração são distribuídas aos fiéis. Mesmo partidas, são o próprio corpo de Cristo e por isso o ministro, os acólitos e coroinhas devem tomar todo o cuidado para evitar que pessoas não preparadas levem a hóstia na mão, sem comungar. Se cair no chão, deve ser consumida por um deles. Se estiver suja, poderá ser dissolvida em água. Se sobrarem hóstias consagradas, devem ser guardadas no sacrário.
Os ministros que servem os doentes levam as hóstias na teça.
Imposição das mãos:
É o gesto de bênção. É próprio apenas do Bispo impor as mãos sobre a cabeça dos fiéis; é o gesto de consagração, nos sacramentos da Ordem e Crisma. O sacerdote impõe as mão sobre pessoas ou objetos nas bênçãos que preside. Quando o ministro leigo abençoa, não impo~e as mãos; conserva-as unidas faz a oração da benção e, no final, traça o sinal-da-cruz sobre si mesmo.
Incenso:
Sinal de festa e oração. É um perfume que sobe com a fumaça produzida por pequenos grãos colocados sobre brasas no turíbulo.
Os grãos são feitos de uma goma perfumada extraída de árvores. Aquecidos pelas brasas do turíbulo, exalam suave perfume que subirá ao ar, como a oração dos fiéis sobe até Deus.
O coroinha é responsável por encher a naveta com incenso. Durante a celebração, o presidente retira uma porção de incenso da naveta e a coloca no turíbulo. Nas Missas solenes são incensados o altar, o Santíssimo, o Evangelho e a assembléia.
Jarra:
Vasilha que deve conter água limpa, junto à bacia, para lavar as mãos do ministro da celebração depois da preparação das ofertas, na Missa; usada também no Batismo, na Crisma e na celebração do lava-pés.
Jejum:
É um gesto de penitência. Representa que o homem está livre das coisas materiais e quer se converter a Deus, deixando de comer ou beber durante um certo tempo, como fez Jesus.
Na Quaresma a Igreja pede que se faça jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, conforme o quarto mandamento da Igreja. Além desses dias, a pessoa pode fazer jejum em qualquer dia do ano, por um tempo que não prejudique a saúde, sempre tendo em conta o que Jesus disse a respeito dessa prática (Mt 5,16ss).
Para comungar, é preciso estar em jejum pelo menos uma hora antes da comunhão.
Joelhos:
O gesto de dobrar os joelhos ou permanecer de joelhos é sinal de adoração, humildade e penitência.
Lâmpada do Santíssimo:
É o sinal da presença de Cristo. Deve estar acesa sempre que houver hóstia consagrada no sacrário. Pode ser usada uma vela, chamada óleo ou mesmo lâmpada elétrica. V. luz.
Lava-pés:
Celebração realizada na solene celebração eucarística da Quinta-feira Santa, à tarde ou à noite, em que doze pessoas são escolhidas na comunidade para representar os doze apóstolos na última ceia de Cristo, quando instituiu a Eucaristia e o sacerdócio. É um gesto de humildade do ministro, Bispo ou sacerdote, e disposição de todos para seguir o exemplo de Jesus.
Lecionário:
Livro com as leituras próprias para cada dia do ano litúrgico. Nele estão em seqüência a primeira leitura, o salmo, a segunda leitura e o Evangelho próprio para a Missa de cada dia do ano. Há lecionários próprios para os domingos, para as celebrações eucarísticas durante a semana e para as festas dos santos.
Leitura:
Cada celebração tem suas leituras próprias, tiradas da Bíblia. São a Palavras de Deus. O lecionario e o diretório litúrgico indicam quais as leituras aconselhadas ou determinadas para cada dia ou ocasião. Em celebrações especiais podem ser escolhidos outros textos da Palavra, não estabelecidos para o dia, mas que se relacionarem diretamente com o assunto da celebração e a realidade da assembléia.
Liturgia:
Ação sagrada da Igreja, pela qual os fiéis glorificam a Deus e são santificados por ele, em Cristo, através de ritos sensíveis. O Concilio Vaticano II trata da liturgia na Constituição "Sacrosanctum Concilium", mencionada nos livros com a abreviatura SC. A Missa ou celebração da Eucaristia é o ponto alto da liturgia.
Luz:
Sinal de alegria e festa que se expressa no círio e nas velas.
Mãos:
As mãos têm função importante nas celebrações. É com elas que traçamos o sinal-da-cruz, ao iniciar a oração. Por elas completamos com a linguagem dos gestos o que expressamos em palavras. Observando as mãos do presidente da celebração e dos fiéis, entendemos melhor o sentido de cada rito:
mãos dadas: expressam união e solidariedade;
mãos estendidas: expressam oferta, participação;
mãos levantadas: expressam oração e súplica;
mãos postas: expressam oração e piedade.
(Sobre esse assunto ver também: gestos e imposição das mãos).
Matrimônio:
Celebração do sacramento do casamento. As flores, enfeites e fotografias não devem atrapalhar o principal, que é a presença de Cristo. As músicas devem ser escolhidas de modo que expressem a fé, e não qualquer idéia contrária à fidelidade do casal e à indissolubilidade do matrimônio, porque a música é uma forma de oração, que é expressão daquilo em que acreditamos.
Ministro:
É a pessoa que tem uma função própria na celebração como presidente, leitor ou outro serviço. Pode ser ordenado, como sacerdote ou diácono, ou instituído (leigo), como o ministro da Eucaristia. Deve usar uma roupa apropriada, que indique essa condição. A veste é sinal da função na liturgia.
Missa:
Celebração do sacramento da Eucaristia. Foi chamada desde o início pelos primeiros cristão de eucaristia, Fração do Pão ou Ceia do Senhor. Quando a celebração era em latim, o sacerdote despedia-se dos fieis dizendo "Ite, missa est", que quer dizer: "Ide, enviados" ou "Ide, a missão foi dada". O ministro despede os fiéis e os envia a realizar a missão que recebemos. Aquilo que Cristo nos propõe no Evangelho devemos realizar no mundo: testemunhar o seu amor.
Missal:
O missal romano é o livro de uso do sacerdote em que estão todas as orações da Missa, indicadas para cada dia, com as variações próprias do tempo e do motivo da celebração.
Mitra:
Um dos símbolos do Bispo. É um chapéu alto, terminado em ponta, com duas tiras caídas atrás. O Bispo a usa nas celebrações solenes.
Música:
A oração pode ser rezada ou cantada, com música. Esta deve ajudar a assembléia a unir-se a Deus na oração. Por isso é importante ouvir a voz do povo que canta, e não só o som dos instrumentos. A melodia e a letra devem estar de acordo com a celebração e o tempo litúrgico, evitando músicas populares, não litúrgicas. Algumas músicas, mesmo religiosas, não se prestam para a celebração eucarística. Outras, muito bonitas, com melodia agradável, têm uma letra que fala de idéias contrárias ao Evangelho e à fé, logo, não podem ser usadas nas celebrações.
Natal:
Festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 25 de dezembro. O tempo do Natal vai do dia 25 de dezembro até duas semanas depois, com a festa do Batismo do Senhor. Estão incluídas nesse tempo a festa de Maria, Mãe de Deus, no dia primeiro do ano, e a Epifania do Senhor, chamada de dia de Reis, no domingo mais próximo ao dia 6 de janeiro. A cor dos paramentos é o branco, símbolo da alegria.
Naveta:
Pequeno recipiente com tampa, em forma de açucareiro, alongado, onde se guarda o incenso. Tem o feitio de um barquinho e nela o coroinha põe o incenso que depois o ministro colocará no turíbulo.
Novena:
Nove dias de oração que preparam um acontecimento ou festa que vai ser celebrada. É um jeito popular de rezar, especialmente para fazer um pedido, alcançar uma graça. A catequese deve ajudara as pessoas a compreender que a novena tem o sentido de favorecer a conversão, e não tem por objetivo conquistar um favor de Deus ou de um santo, como se fosse uma troca, um comércio.
Ofertas:
É o que se leva para o altar para ser preparado e elevado a Deus junto com a oferta do próprio Cristo. Não pode faltar o pão (hóstias) e o vinho. Outros símbolos podem ser levados em procissão, enquanto a assembléia canta.
Óleo:
É sinal de força e coragem. Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposição do ministro uma jarra com água, bacia, sabonete e toalha para as mãos.
Oração dos fiéis:
Oração em sinal de resposta a Palavra de Deus. As intenções devem relacionar-se com o tema do Evangelho e formular pedidos concretos pelas necessidades da Igreja, do governo, do mundo, dos que sofrem e pela comunidade que celebra. Uma pessoa diz a intenção e todos respondem conforme combinado antes: "Senhor, atendei a nossa prece", ou outra resposta semelhante.
A oração é uma conversa com Deus e pode se expressar de muitos jeitos: canto, ladainha, fórmulas, espontaneamente, com a Bíblia, com a vida. Na celebração da Eucaristia o rito da Oração dos Fiéis vem logo após a homilia ou a oração do Creio.
Ostensório:
Espécie de vaso onde a hóstia grande consagrada é colocada numa abertura coberta por dois vidros, como uma janela redonda. Nele fica exposto o Santíssimo para adoração dos fiéis. É usado na procissão de "Corpus Christi", ficando sempre entre duas velas acesas. Quando se fizer a exposição do Santíssimo, o que nunca acontece durante a Missa, deve ser lida a Palavra de Deus, deve haver momento de oração, cantos e silêncio para adoração.
Quando o ministro é sacerdote, usa capa e véu umeral (pequena capa curta, que cobre apenas os ombros). Ao encerrar a adoração, dá a bênção.
A adoração ao Santíssimo pode ser feita também sem o ostensório. Nesse caso a exposição do Santíssimo é feita com a âmbula, mas devem ser tomados os mesmos cuidados e haver o mesmo respeito: o ministro deve usar as vestes próprias da celebração, deve colocar a âmbula sobre o corporal, deve manter as velas acesas. Se é feita por ministro leigo, este não dá a bênção.
Pala
Pequeno cartão quadrado, coberto de tecido branco, que serve para proteger o cálice durante a celebração da Eucaristia.
Pão
É símbolo de alimento e vida. Na Eucaristia é oferecido e consagrado, na forma de hóstia, transformando-se no corpo de Cristo. O pão usado é feito de farinha de trigo muito pura e sem fermento. A transformação do pão em corpo de Cristo tem o nome de transubstanciação.
Paramentos
São as roupas solenes, vestes usadas na celebração. O sacerdote usa túnica branca e estola conforme a cor do tempo litúrgico. Nas Missas festivas usa a casula da mesma cor. O Ministro da Eucaristia deve usar túnica ou casaco, conforme as normas diocesanas.
Páscoa
Festa da ressurreição de Cristo. É a Eucaristia mais solene do ano litúrgico, sinal de vida nova, depois da conversão acontecida na Quaresma. É o tempo litúrgico que começa com a Vigília Pascal e se estende até o domingo de Pentecostes. Durante todo o tempo litúrgico da Páscoa, os paramentos devem ser brancos e o círio pascal deve ser mantido junto ao altar.
Patena
Pequeno pratinho de metal em que o sacerdote coloca as hóstias para consagrar.
Penitência
Há três modos normais de fazer penitência: oração, jejum e esmola. O Advento e a Quaresma são tempos de penitência, simbolizada na cor roxa dos paramentos. As cinzas são sinal de penitência. Chama-se também penitencia o sacramento da confissão ou perdão dos pecados.
Pentecostes
Festa que acontece 50 dias depois da Páscoa. Celebra a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos (At 2). A cor dos paramentos é vermelha.
Posição dos fiéis
A maneira como nos apresentamos é um gesto que revela o que sentimos. A posição, de pé é o gesto de quem houve o Evangelho, pronto para pratica-lo. De joelhos é sinal de reverência, adoração, humildade e penitência. Sentados, para ouvir e meditar. Com as mãos levantadas, em sinal de oração e súplica. De mãos dadas, união entre irmãos. Mãos postas juntas, sinal de oração, piedade. Para comungar, o fiel fica com a mão esquerda aberta sobre a mão direita, com a palma virada para cima, na frente do corpo, à altura do peito. O ministro coloca a hóstia sobre a palma da mão esquerda aberta e com a mão direita o fiel a leva até a boca, respondendo: "Amém".
Presbitério
Lugar onde fica o altar, o presidente da celebração, ministros, leitores e coroinhas. Em geral é mais alto, separado por um ou mais degraus da parte da Igreja onde fica a assembléia.
Presidente
É o ministro que dirige a celebração, com funções próprias. Quando é ordenado sacerdote, representa a pessoa de Jesus Cristo, celebrando com túnica e estola. Quando é ordenado diácono, usa a estola atravessada em diagonal sobre o peito. Preside a celebração da Palavra.
A celebração da Palavra também pode ser presidida por um ministro não ordenado, como o ministro extraordinário da Comunhão Eucarística, o Ministro da Palavra ou o Catequista.
Procissão
Gesto de um grupo numeroso que anda em uma direção, em fila, rezando e cantando. Simboliza a caminhada do cristão em união com os irmãos em direção a Deus. Na Missa pode-se fazer cinco procissões:
1.de entrada - o ministro que preside a celebração segue atrás dos fiéis. Quando é solene, deve ter a frente a cruz;
2.de entronização da Bíblia - a Bíblia é levada até a frente do altar, ladeada por duas ou mais velas acesas. O momento oportuno é antes das leituras, depois do Glória, ou antes da proclamação do Evangelho;
3.das ofertas - em direção ao altar, levando símbolos e ofertas;
4.da comunhão - os fiéis preparados dirigem-se até os ministros que distribuem a comunhão;
5.final - depois da bênção, os fieis seguem o ministro celebrante em direção à porta.
Proclamação
É o anúncio solene da Palavra de Deus.
Quaresma
Tempo que dura quarenta dias e vai desde a Quarta-feira de cinzas até o sábado na véspera do Domingo de Ramos. A cor dos paramentos é roxa, sinal de penitência e humildade. A penitência da Quaresma deve ajudar a conversão, que se faz pela prática da oração, jejum e esmola. No quarto domingo da Quaresma os paramentos podem ser de cor rosa, antecipando a alegria da ressurreição.
Durante a Quaresma não se reza ou canta o Glória nem Aleluia.
Querigma
Primeiro anúncio da paixão e morte de Cristo por nossos pecados e de sua ressurreição como promessa de vida eterna. É o primeiro conteúdo da pregação dos apóstolos (1Cor 15,3s; At 2,22-24; At 4,10) e também o conteúdo da evangelização que se aprofunda depois na catequese.
Ramos
Domingo em que começa a Semana Santa. Nele se celebra a entrada de Jesus em Jerusalém (Mc 11,1-10). Como lembrança daquele dia, os fiéis levam ramos bentos. Os ramos em geral são de folhas de palmeira. Nesse dia pode-se fazer uma procissão logo após a bênção dos ramos, antes da Missa. A cor do paramento é vermelha.
Resposta
Depois de ouvir a Palavra de Deus, os fiéis respondem, realizando-se, assim, um diálogo, a comunicação entre eles. Cada rito e celebração têm as respostas próprias, que devem expressar aquilo que querem significar: a fé em Jesus Cristo.
A resposta mais significativa em toda celebração é "Amém", porque reúne numa palavra só muitas realidades.
Rito
É o conjunto de sinais, símbolos, gestos, palavras e tudo o que acontece na celebração a fim de expressar uma realidade que não se vê.
Roxo
Cor litúrgica dos tempos do Advento e da Quaresma. É sinal de penitência, humildade e conversão.
Sacerdote
O mesmo que presbítero ou padre. É o ministro ordenado que serve a comunidade. É ele que está investido do poder de presidir a Eucaristia, consagrando o pão e o vinho, e de conceder o perdão sacramental, agindo em nome de Jesus Cristo.
Sacramento
São celebrações sagradas que realizam de modo sensível àquilo que Deus faz por meio de Cristo na Igreja, com a participação dos fiéis para que aproveitem as graças que ele dá. Os sacramentos da Igreja são sete: Batismo, Crisma, Eucaristia, Penitência, Matrimonio, Ordem e Unção dos Enfermos.
Sacrário
Pequeno cofre sagrado em que é depositada a âmbula com as hóstias consagradas. Deve ser fechado com chave que fica sob a responsabilidade do sacerdote ou ministro extraordinário da Eucaristia. Deve ser mantido sempre muito limpo. Diante dele se faz genuflexão. Uma lâmpada acesa indica a presença de Jesus.
Salmo
Oração tirada da Bíblia. Na Missa pode ser recitado ou cantado. Chama-se salmo responsorial, porque é uma resposta à primeira leitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário