quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Virgem Maria nas Artes





Maria tem inspirado todos os artistas, em todos os países, em todos os tempos: ícones, estátuas, esculturas, pinturas, mosaicos, vitrais, catedrais, poemas, literatura, cantos, óperas, sinfonias, sinos, cinema, filatelia, bandeiras, presépios, santinhos, imagens de comunhão, jóias, medalhas...



Ela é, sem dúvida alguma, a criatura mais homenageada, em cantos, e a mais glorificada e enaltecida em todas as culturas e em todos os idiomas, como temos o prazer de fazê-lo descobrir!


Os Ícones e sua história

Já conhecemos os ícones desde o século V ou VI, mas achava-se que tinham desaparecido na primeira metade do século XX. No entanto, estes não desapareceram; foram simplesmente proibidos: na Rússia, durante a era Soviética, era estritamente proibido pintar ícones. Apesar disso, havia vários pintores que os faziam ou restauravam antigas peças secretamente. Na segunda metade do século XX, eis que os ícones estavam de volta...



Podemos então colocar, a nós próprios, a seguinte pergunta: o que faz com que um ícone seja algo de tão especial? O que faz com que muitas pessoas, muitos monges e outros religiosos estejam prontos a arriscar a sua vida ao pintar ícones? "Cristo", diz São Paulo, "é a Imagem [visível] do Deus invisível" (Cl 1, 15). Em outras palavras: "A iconografia cristã transcreve, pela imagem, a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente."

(cf. Catecismo da Igreja Católica, Segunda parte: "A celebração do

mistério cristão", seção 1160)

As primeiras imagens

Foi preciso percorrer um longo caminho, revisitando antigas representações iconográficas, para descobrir o Ícone tal como o conhecemos hoje. Esse caminho atravessa contextos históricos complexos e dependências culturais diversas. Passa, igualmente, pela guerra das imagens santas, durante a qual, a fúria dos iconoclastas destruiu um sem-número de ícones muito venerados.



As primeiras imagens que nos chegaram foram pinturas das catacumbas do século III, mostrando a Mãe de Deus na adoração dos Reis Magos. Isto quer dizer que essas imagens são subordinadas a temas cristológicos. O que não é de se admirar: assim como a Mariologia se desenvolveu a partir da Cristologia, a iconografia de Maria, igualmente, é associada à iconografia de Cristo.



Mas os rostos das catacumbas não são imagens do culto: estas imagens não são veneradas, visto não serem representações retratadas, tampouco exatas de Cristo, nem da Virgem, e ficam na esfera do símbolo. A imagem sagrada não pode ultrapassar este limite, pois a Igreja ainda não colocou completamente em perspectiva as dimensões do mistério da Encarnação que aparecerão no momento dos primeiros Concílios.

A Santa Virgem Maria proclamada Mãe de Deus

A partir do século IV, a iconografia apresenta um desenvolvimento muito importante. Entre as diversas razões que ocasionaram esta expansão, temos o aparecimento do imperador Constantino, no século IV, e a sua espetacular conversão. O cristianismo é instituído como religião do Estado, em 380, e a Igreja entra numa era de paz. É quando se inicia uma criação estética que determinará a arte dos séculos seguintes. Um terceiro concílio ecumênico reuniu-se em Éfeso, em 431, proclamando: Maria, a Mãe de Deus. Então, passa-se a representar a Mãe de Deus, solenemente sentada em seu trono, tendo o divino Menino sobre os joelhos: a Mãe de Deus Kyriotissa (1).



Eis algumas das homenagens à Virgem Maria, pronunciadas pelo bispo de Alexandria quando Maria foi proclamada Mãe de Deus :



Por Ti a Trindade é glorificada e adorada!
Por Ti o céu exulta, os anjos se alegram, os demônios põem-se em fuga!
Por Ti toda a criação, escrava da idolatria, chega à verdade!
Por Ti são fundadas igrejas em toda a terra e os povos convertem-se !
O iconoclasmo : a guerra das imagens santas e o triunfo da Ortodoxia

Entretranto, um grande duelo será travado entre partidários e inimigos dos ícones, entre defensores da Ortodoxia e heréticos: os iconoclastas, de 730 a 843. A guerra é doutrinária. Um primeiro período (730 a 780)começa em 730, quando Leão, o Isáurico (726-741) decreta a proibição do culto dos ícones que qualifica de idolatria. Mas não se trata apenas de uma querela religiosa; eis o fim de uma época, resultado de múltiplas tendências religiosas, políticas e econômicas pondo em questão os valores, em todos os domínios.



Trata-se de um fenômeno complexo. No entanto, as questões dogmáticas formam o cerne do problema. Segue-se um período de restabelecimento das imagens santas (780-813); em seguida, um novo período iconoclasta (813 a 842) resplandece, extinguindo-se em 842. Um novo Concílio se inicia em 843 e a Ortodoxia conhece o triunfo com a exaltação dos ícones em todas as igrejas, no seguimento da solene reafirmação do magistério sobre a Encarnação do Verbo: "o Verbo indescritível do Pai fez-se descritível, encarnando em Ti, Mãe de Deus".



Bibliografia :

DONADEO Maria, Icônes de la Mère de Dieu, Paris, 1987

NOUWEN Henri, Behold the Beauty of the Lord, 1991

ROUSSEAU Daniel, L'Icône, Splendeur de Ton Visage, Paris, 1982

SENDLER Egon S.J., L'Icône, Image de l'invisible, Paris, 1981

SENDLER Egon S.J., Les icônes byzantines de la Mère de Dieu, Paris, 1992



(1) O ícone mais antigo que se conhece é, sem dúvida, o da "Virgem em majestade" conservado no mosteiro de Santa Catarina no Sinai.


A beleza de Maria


A beleza de Maria? Os Evangelhos não nos dão indícios sobre a beleza da Mãe de Jesus Cristo a não ser a sua extrema humildade e a sua pureza virginal, belezas estas, morais e espirituais. Sobre a sua beleza física, nada, a priori... "Vindo ao mundo, Jesus trazia na fronte os reflexos da beleza da Virgem, sua transparência, a pureza de seu olhar, e eis que então a Virgem se encarregou de cuidar da beleza do Cristo Redentor." (1)



A beleza de Maria? Inicialmente, trata-se do esplendor absoluto que provém da plenitude da graça que lhe é particular, plenitude que o próprio Arcanjo Gabriel saudou e que tão admiravelmente exprime São Luís Maria Grignon de Montfort, por meio destas palavras: "Deus Pai juntou todas as águas, e chamou-lhes mar; juntou todas as graças, e chamou-lhes Maria." ...(SLMGM 23). Uma plenitude de graças que se inscreve fisicamente na Virgem de Nazaré, tornando-a "mais bela que todas as senhoras que eu conheço", afirmava Bernadette Soubirous, em 1854, ao Comissário Jacquomet, à semelhança de todas as pessoas que tiveram o extraordinário privilégio de ver "a Bela Senhora" (cf. os videntes de La Salette)...



As Escrituras nada dizem sobre a beleza física de Maria; entretanto, sugerem-na várias vezes seguidas

Na realidade, se as Escrituras nada dizem sobre a beleza de Maria, de forma clara e direta, elas a sugerem, indireta e seguidamente. Como salientam os Padres da Igreja, os Doutores e outros exegetas da Bíblia, é, por exemplo, exatamente de Maria, antes de mais nada, que o Livro do "Cântico dos cânticos" fala quando evoca a Bem-Amada:



Como és bela, minha amada, como és bela!...

São pombas teus olhos escondidos sob o véu.

Teu cabelo... um rebanho de cabras

ondulando pelas faldas de Galaad.

Teus dentes... um rebanho tosquiado

subindo após o banho,

cada ovelha com seus gêmeos,

nenhuma delas sem cria.

Teus lábios são fita vermelha,

tua fala melodiosa;

metades de romã são teus seios

mergulhados sob o véu.

Teu pescoço é a torre de Davi,

construída com defesas;

dela pendem mil escudos

e armaduras dos heróis.

Teus seios são dois filhotes,

filhos gêmeos de gazela,

pastando entre açucenas.


És toda bela, minha amada,

e não tens um só defeito!

Roubaste meu coração,

minha irmã, noiva minha,

roubaste meu coração com um só dos teus olhares,

uma volta dos colares.

Que belos são teus amores,

minha irmã, noiva minha;

teus amores são melhores do que o vinho,

mais fino que os outros aromas

é o odor dos teus perfumes.

Teus lábios são favo escorrendo,

ó noiva minha,

tens leite e mel sob a língua,

e o perfume de tuas roupas

é como a fragrância do Líbano.

És jardim fechado, minha irmã, noiva minha,

és jardim fechado, uma fonte lacrada."

(Cântico dos cânticos 4,1-5.7.9-12)





Em todos os domínios da arte, em todas as culturas do universo e em todas as épocas, um número incontável de artistas, célebres ou desconhecidos, atraídos e emocionados por tal esplendor Mariano, tentaram traduzir-lhe a indizível beleza.



Destarte, de Maria, filha de Sião, até a Virgem do México, Nossa Senhora de Guadalupe, ou a de Portugal, Nossa Senhora de Fátima, passando pelas Madonas africanas ou japonesas e pelos ícones eslavos, existem tantos retratos de Maria quanto as raças humanas sob o céu...



1) Extraído da revista do Rosário, março 1987


As 1000 expressões do rosto de Maria


Segundo as épocas, as culturas, as raças (ou mesmo segundo os materiais utilizados), Maria é representada em mil rostos diferentes:



Das Virgens africanas (que não têm obrigatoriamente uma ligação com as chamadas “Virgens negras” que conhecemos em certos santuários da Europa) às representações asiáticas ou indo-européias, é sempre a mesma beleza indizível da virginal Mãe de Deus que inumeráveis artistas inspirados, anônimos ou célebres, tentaram traduzir em todas as latitudes;
são também todas as qualidades do Coração de Maria e de suas emoções, que as Artes buscaram expressar: “Nossa Senhora de Toda Alegria”, “Nossa Senhora do Sorriso”, “Nossa Senhora do Júbilo”, “Nossa Senhora das Dores”, “Nossa Senhora da Compaixão”, “Nossa Senhora da Misericórdia”... são apenas alguns dos múltiplos e -ao que parece inesgotáveis- vocábulos que inspiraram tantas obras de arte.

A beleza de Maria corresponde a uma necessidade universal e primordial do coração do homem

Na França, por exemplo, recenseou-se até agora ao menos 4000 Virgens diferentes, em tantos vocábulos diferentes, na história milenar dos santuários deste país! Na verdade, esta multidão de iniciativas artísticas dos povos, a fim de expressar o rosto da Virgem Mãe, revela até que ponto a beleza de Maria corresponde a uma necessidade universal e primordial do coração do homem, que busca constantemente juntar-se ao esplendor do amor da Mãe por excelência e traduzi-lo; um esplendor do qual a alma humana tem sede, porque vem a ele...



A arte mariana no Ocidente


A arte cristã se desenvolveu, inicialmente, no Oriente Médio, berço do Cristianismo, no Oriente. O Ocidente a seguiu, um pouco mais tarde, mas, diversamente da forma usual do Oriente, onde a arte sacra mantém-se dominada pela arte do ícone. A Oeste, ela foi constantemente modificada ao gosto de influências culturais diversas e do desenvolvimento do pensamento.



Encontramos os primeiros traços da arte cristã ocidental nas catacumbas romanas, cavadas pelos Cristãos que fugiam das perseguições imperiais e que decoravam as paredes subterrâneas com afrescos representando cenas bíblicas (1).

Por outro lado, diversos objetos da arte cristã oriental foram transferidos para o Ocidente pelos viajantes que retornavam da Terra santa: traziam eles, principalmente, ampolas decoradas, contendo água trazida de Jerusalém ou de outros lugares santos, além de plaquetas de marfim trabalhadas servindo de enfeite. Quanto aos primeiros ícones, propriamente ditos, estes chegaram no Sul da Itália por volta do século XIII.

No ano 1000, um novo impulso no Ocidente

Não obstante, desde o ano 1000, a arte romana cristã se destaca na arquitetura com a construção de mosteiros e igrejas cujas iluminuras, baixos-relevos e esculturas freqüentemente se referem a Maria. As catedrais de Vézelay, Marmoutier, na França, ou Saint Ambroise, em Milão, se constituem em algumas dessas grandes pérolas.



Nesta época, a estatuária mariana se desenvolve (cf. La Vierge de Rocamadour ou do Puy-en-Velay); as Virgens Negras (cuja origem ainda nos é desconhecida) começam a se multiplicar. Desde o século XII a arte mariana gótica aparece na estatuária, tal como a Virgem com a Criança, na Catedral de Notre Dame de Paris, e se desenvolve, sobretudo na Alemanha, com as "belas Madonas". O gótico, inicialmente sóbrio, se complica, a partir dos séculos XIII e XIV e torna-se resplandecente; este é, igualmente, o momento em que se desenvolve o vitral.

Uma volta espiritual, na arte, à Renascença

No século XV, início do Renascimento e do Humanismo, primeiro na Itália e, logo, em toda a Europa, a imagem da Virgem se humaniza e encontra a beleza profana: um Fra Angelico pinta as Virgens bem interiorizadas, mas um Philippo Lippi, por sua vez, se liga à beleza exterior e a Virgem parece uma princesa da Renascença...



Após o "Quattrocento à italiana", delineia-se uma tendência à reação contra os excessos do humanismo; é a época da Contra-Reforma"(meados do século XVI) e da arte barroca: a Virgem é vista especialmente como Rainha do Céu, uma mulher imponente, entre o Céu e a Terra, grandiosa, colocada sobre um pedestal ou sobre uma coluna, como se vê em Munique.



No século XIX, a arte se desenvolverá numa multiplicação de estilos tão diversos como os das Virgens de Dominique Ingres, por exemplo (em que a perfeição da linha cria uma certa distância, um pouco abstrata) ou como as do estilo sulpiciano (devocional) que se populariza.



Com a chegada do expressionismo (e depois do impressionismo), a arte no século XX torna-se bem mais subjetiva. O artista se projeta em suas obras e a inspiração é menos religiosa. Apesar de tudo, muitos artistas pintam e realizam esculturas da Virgem ou a representam em vitrais, cada um com o seu estilo pessoal: de Picasso a Maurice Denis, de Rouant a Chagall e tantos outros...




(1) Assim, na Catacumba de Priscilla (por volta do ano 230) em Roma, foi colocado à mostra um afresco representando a Virgem Maria e o Menino Jesus, com Balaão, apontando uma estrela com a mão, a representar a famosa profecia de Balaão.


Maria e a Literatura


A Virgem Maria inspirou profecias, orações, poemas, cantos de amor, de admiração e outros escritos sagrados e profanos em todos os tempos, em todas as gerações e sob todos os céus... Estes textos fazem parte dos tesouros literários sagrados de toda a humanidade.

Tudo tem início no Primeiro livro da Bíblia:

Tudo se inicia desde o Primeiro livro da Bíblia, o Gênese, com o anúncio da salvação da humanidade, através da por meio da descendência da Mulher "que esmagará a cabeça da serpente" (Gn 3, 15) e continua até ao Apocalipse, com o anúncio "de um grande sinal no céu"; "Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas" (Ap 12, 1)... Na realidade, a partir do Cântico dos cânticos, passando pelos livros de Isaías, o Magnificat do Evangelho e outros textos bíblicos, a Sagrada Escritura é atravessada, diretamente, ou em filigrana, pela espera, pelo elogio, o louvor e o amor para com a Virgem que leva em suas entranhas Cristo, o Salvador do homem.



Desde os primeiros séculos, Padres da Igreja, Doutores e teólogos foram os panegiristas de Maria: são conhecidos os tratados de Orígenes, os poemas de Santo Efrem, o Hino Acatista tão cantado em todo o Oriente cristão, desde o século VI. Até às vésperas da Idade Média, os Doutores, teólogos, grandes oradores, homiliastas do Evangelho escrevem sobre a Virgem Maria (cf., entre outros, Santo Agostinho, Venâncio Fortunato, Santo André de Creta, são João Damasceno...)



Entre a Idade Média e a Reforma surgem grandes teólogos marianos: São Bernardo de Clairvaux, São Tomás de Aquino, não esquecendo o bem-aventurado Duns Scot, a quem devemos magníficos textos sobre a Imaculada Concepção. Nesta época se desenvolve, igualmente, a literatura cortês e um esboço do que será o teatro, com os "milagres" (cf. "O Jogral de Nossa Senhora" e outros dramas litúrgicos ou "Mistérios", representados nos adros das igrejas (cf. o Mistério da Natividade). Neste mesmo período, ocorre o desenvolvimento da poesia (a poesia mariana entre elas) em toda a cristandade ocidental, enquanto que, no Oriente, a literatura mariana se mantém essencialmente litúrgica.

Os tempos modernos têm início com a Renascença, e em seguida, com a Reforma:

Os escritores passam a buscar a sua inspiração em fontes profanas, mais do que em fontes religiosas, mas a Virgem Maria continua a ser a fonte inspiradora para os mais importantes, desde Erasmo até Lutero... No século XVII – grande século da literatura clássica no Ocidente – Maria é exaltada, não somente pelos autores religiosos (São Francisco de Sales, Bérulle, Bossuet, nos Sermões), mas também pelos mais célebres homens do teatro (Corneille), por grandes poetas anglicanos (John Milton) e pelos místicos espanhóis (Teresa d´Ávila, João da Cruz). Esta é a época em que surge a obra-prima de Santo Alfonso de Ligori, Doutor Mariano, se assim podemos chamá-lo: As glórias de Maria.



No século XIX, a corrente romântica também consagra páginas célebres à Virgem Mãe (cf. Goethe, Chateaubriand, Hölderlin, Lamartine, Heinrich Heine). Na França, sob a Restauração, Victor Hugo, Verlaine, Rimbaud, Heredia escrevem em honra a Maria. Na Inglaterra, o anglicano John Henry Newman se converteu e publicou, ele também, páginas esplêndidas sobre a Mãe de Jesus enquanto a corrente dos poetas pré-rafaelitas se desenvolve com William Wordsworth, Coleridge, Elizabeth Barett...



Quanto ao século XX e este início do século XXI, de Bernanos a Reiner Maria Rilke e a Tatjana Goritcheva, passando pela grande Marie-Noëlle, por Gertrud Von Le Fort, Serge Boulgakov ou... por João Paulo II, Maria de Nazaré é sempre cantada pelos poetas, pelos santos – religiosos ou leigos – em todos os continentes. Não existe, nos dias de hoje, nenhuma forma de literatura que não tenha produzido uma obra-prima em honra da Virgem Maria.



Maria no cinema


A sétima arte também se interessou por Maria, mesmo que muito ainda esteja por se fazer, neste sentido, principalmente neste momento em que novos desenvolvimentos das técnicas multimídia se multiplicam.



Alguns longas-metragens foram realizados de forma específica sobre a Virgem Maria, entre os quais, o filme de Jean Delannoy, Marie de Nazareth, com a participação do aclamado cantor francês, Francis Lalanne. No entanto, os primeiros filmes que evocaram o mistério Mariano foram aqueles que levaram às telas a vida de Jesus, como o famoso A Paixão segundo São Mateus de P.P. Pasolini, que recebeu o prêmio especial do Júri do Festival de Veneza, em 1964 ou, bem recentemente, o filme americano Jesus de John Heyman, premiado no Festival de Cannes. Escrito a partir do evangelho segundo São Lucas, o mais rico em referências à Virgem Maria, este filme foi traduzido em 40 idiomas e visto, até o momento, por mais de um bilhão de pessoas no mundo...



Citemos, igualmente, o filme americano de Mel Gibson, intitulado A Paixão de Cristo, lançado em 2003, no qual o caminho até o Calvário de Jesus, acompanhado por sua Mãe, a Virgem Maria, são admiravelmente apresentados em cena. Este filme também foi um grande sucesso popular desde a sua estréia.

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