quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Historia das Religiões Orientais
Introdução geral:
1- A religião, por que falar?
2- A religião, o que é sociologia da religião?
3- A religião, como?
1º a) secularização b) secularismo c) fundamentalismo d) cristianismo
a) Legitima autonomia das realidades temporais que estão neste mundo, separa o domínio da fé das realidades temporais.
b) É a visão autonomista do homem e do mundo que faz abstração da dimensão do mistério não o considerando e negando-o.
c) Contrario ao secularismo, faz entrar todas as dimensões da vida na religião, leis religiosas que medem tudo, não separando as leis civis das religiosas.
d) Fé e não religião, “religare” (Latim), estar ligado; religião conjunto de crenças, dogmas e praticas rituais que regem o homem com a potência divina. Segundo o dicionário, a fé é, encontro com Deus, confiança nele.
O cristianismo é fé praticada, se vive interior e exteriormente gerando um discurso social. Fé que se concretiza na vida e sua totalidade.
2º Religião o que?
Não há uma religião e sim religiões.
Na historia, não há ninguém sem religião, e, nos domínios da religião esta a alimentação, sexualidade, ciências, visão do mundo, questões de vida e de morte, tempo passado, presente e futuro, mitos, crenças religiosas e comportamento moral.
As religiões panteístas, tudo é deus, não há relação pessoal com deus.
Pelo cristianismo, estas religiões estão classificadas como correntes filosóficas.
Os sociólogos R. Otto e Emil Durkeim, dizem que religião é o fato de ligar com o domínio do sagrado, o sagrado e o profano, relações imanentes e transcendente.
A religião supõe a universidade da crença e o dualismo da personalidade humana, corpo – alma.
Augusto Comte – 1738 – 1857, sociólogo, após a morte da 2ª esposa funda a religião chamada positiva, que direcionava a divindade para a humanidade. O objetivo da divindade seria sempre a humanidade. Comte se apresentava como o papa desta religião. Ele diz: a filosofia é o verdadeiro estado definitivo da inteligência humana a qual ela sempre tende.
Karl Marxs: Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo, de agora em diante, é importante transformá-lo, ele diz que é preciso destruir a religião para que o homem viva.
O discurso religioso no politeísmo, é que o mais importante é a ordem cósmica. Na pratica, o “Eu” pode se apropriar das forças do mundo.
3º A religião como?
a) Panteístas
b) Dualistas
c) Monoteístas
a) Hinduísmo – Budismo
O hinduísmo, o homem tem um ãtmam, um ser impessoal, permanente que existe metafisicamente, ultrapassa a física, muda em formas físicas que renascem em diversas formas, “transmigração” identificando-se com BRAHMAN = ser impessoal, os ãtmans são faíscas do Brahman, que é absoluto e superior a qualquer coisa.
Budismo = Buda morreu em 480 antes de Cristo, era hinduísta e se tornou budista, diz que no fundo de qualquer coisa há o absoluto. Não podemos dizer se é imanente ou transcendente, é alem de qualquer expressão. Somente o absoluto é realidade.
O budismo da 1ª escola: o absoluto é uma ilusão que flutua acima.
b) Dualismo – Nasce 1º século depois de Cristo e no 2º século se estende na zona Ciro palestina- Grécia e Roma.
A gnose é uma forma de conhecimento religioso que tem por objetivo a realidade verdadeira do homem espiritual, as divindades infernais não se encontram no subterrâneo, elas invadiram o mundo, o mundo é o lugar deles.
O gnóstico é aquele que recusa, condena este mundo; a prática dele é o mundo da plenitude divina. Não há necessidade de celebrar o mistério da potencia, por ser invisível, a redenção é o fato de conhecer a grandeza que não se pode ver.
c) Monoteísmo – Judaísmo – Cristianismo – Islamismo
L. Gentium: Não Cristãos, os que não receberam o Evangelho podem obter a salvação, basta viver uma vida santa.
Sumário
I- Religiões antigas: a religião egípcia
II- Religiões antigas: Zoroastrismo – masdeismo
III- Hinduísmo
IV- Budismo
V- Confucionismo
VI- Sikhismo
VII- Judaísmo
VIII- Islamismo
IX- Cristianismo
I- Religiões antigas: A religião egípcia
1- Nomes a conhecer:
ANKH = símbolo da vida levado pelos reis e rainhas e pelos deuses, por aqueles que tem poder de dar e de remover a vida.
Deuses: Osiris (bom) – Seth (mau) – Isis (esposa de Osiris) – Horus (filho de Osiris e Isis).
Osíris era o deus da fertilidade, podia criar a vida a partir do solo inerte, o culto de Isis é a origem independente de Osiris e localizado no deuta do Nilo, e, se uniu mais tarde com Osiris para construir um mito e um culto do sol morrendo e renascendo todos os dias.
Bastet = deusa gata, filha do deus sol, simbolizava o poder de fazer madurar o trigo, divindade mais popular, pelas estatuas espalhadas pelo Egito, eram venerados os gatos como animais Bastet.
2- Um pouco de historia:
No Egito antigo é o protótipo de como uma religião pode viver por um longo período. O Egito tem 1500 Km de comprimento, o Nilo fertilizava o território do baixo Egito ao norte, o alto Egito ao sul era isolado pelo deserto e pelas cataratas, o deuta se abria ao comercio e pelo poder forte e centralizado o território ficava junto, unido.
Os faraós preenchem este papel de unificar o território. O reino faraônico dura de 3100 antes de Cristo até 323 antes de Cristo, e este faraós são tidos como deuses. O deus solar Rã, de Heliópolis = cidade do sol, este deus é associado aos faraós para serem chamados de filhos de Rã. Os sacerdotes se encarregavam de colocar ordem na acumulação de divindades entre os faraós. O mais audacioso dos faraós é Amenophis IV – 1379 – 1362 – Este declara que um certo Aton – deus disco solar, abrindo os braços, era o único deus, os outros são seus servos, quando Amenophis morre, esta teoria acaba.
3- Vida e morte
Como reis de deus, os faraós não podiam ser destruídos mesmo pela morte. A sua pretensão a imortalidade recebeu apoio quando os egípcios descobriram a técnica do embalsamento aos cadáveres, colocados dentro dos caixões.
A vida eterna deles se abriga dentro das pirâmides. Desde 1567, aqueles que podiam pagar funerais asseguravam a imortalidade. Alguns livros são escritos para guiar estes mortos, são eles: os textos dos sarcófagos e o livro egípcio dos mortos.
II- Religião do Zoroastrismo, localizada no Irã – oriente médio
1- Nomes a conhecer:
Zaratustra/Zoroastre = fundador sacerdote profeta, + ou – 1200 a.C., acreditava num certo deus: AHURA MAZDA = criador da vida e do bem, este, pessoalmente deu a Zaratustra a missão por uma série de visões. Este deus é ajudado por anjos bom e espíritos chamados AHURA.
Angra Mainyu = deus destruidor, ajudado por demônios chamados de EVA.
Cinvat = ponte de julgamento, para o qual a alma é conduzida para ser julgada.
Daxima = torre do silencio, feita especialmente para os cadáveres.
Parsis = os que seguem esta religião e que imigraram para a Índia no17 de nossa era.
2- Ensino
A sorte de cada um depois da morte depende da escolha da sua vida, da sua responsabilidade pessoal. Atos bons, paraíso; atos maus, inferno chamado casa de mentira.
O ensino desta religião é otimista, pois não é difícil escolher o bem. O fundador seria aquele que foi o único bebe do mundo que no nascimento sorriu ao invés de chorar. Rejeitam sacrifícios de sangue, o que conta é a pureza da alma que agrada a deus.
Os cadáveres são considerados como lugares onde ANGRA MAINYU esta presente com poder, por isso, não podemos enterrá-los nem jogar no mar, e, nem queimá-los. O único jeito, é, entregá-los aos abutres, colocando-os na torre Daxima, feita para eles.
Os seguidores são tolerantes a outras religiões, porque o julgamento é feito sobre as obras de cada um e não por sua fé.
O ensino influenciou outras religiões como o judaísmo na Babilônia. Com o reinado de Ciro, alguns ensinamentos e crenças do zoroastrismo influencia o judaísmo, como: a crença no julgamento final, anjos, ressurreição, céu-inferno.
Historia:
Como se espalhou no mundo? Como começou?
Começou 7 séc. a.C., e se espalhou no território do Irã e no reinado de Ciro se torna a religião do Estado, se espalhando pela Grécia – Egito – Irã e Índia do Norte.
No séc. 3 d.C., no Irã, algumas etnias como Sassânidas ajudados por sacerdotes, fizeram guerra contra parte dos povos do Norte, fundando uma dinastia grandiosa e o império se fundi à religião,mas com a conquista islâmica sete séculos depois de Cristo, este império terminou. Neste século, os Zoroastristas são obrigados a deixar as aldeias e irem para a índia, e são lá chamados de Persas, este nome recebem no séc. dez.
De 1796 – 1925, uma dinastia chamada Qajares perseguiu muito o zoroastrismo, mas um grupo de fieis resistiu, e em 1925 um responsável político, REZA SHAH PALLAVI conquistou e matou o ultimo dos Qajares e deu um alto valor ao Zoroastrismo, considerando esta religião como patrimônio do Irã. Na Índia, os Persas tiveram grande papel na igreja regional e até hoje garantem a existência desta religião no mundo.
3- Hinduísmo:
No hinduísmo o símbolo é (OM), ou 3e 0. O 3 representa a tríade dos deuses, criador – protetor – destruidor. A letra 0 é o símbolo do silencio, para ter acesso a deus.
1- Historia:
Nome dado no séc. XIX, ao conjunto das religiões que existe na índia. Com uma população de um bilhão de pessoas, onde oitenta por cento se considera hindu, tendo passado por várias fases de formação.
1ª fase: Védica, 1200 a.C., fase dos primeiros escritos sagrados, chamados VEDA, o sagrado conhecimento. Fase de criação dos hinos e textos sacrificiais que dão os princípios do conhecimento sobre deus e os homens. De 700 a 300 a.C., a especulação religiosa deu inicio a criação dos livros da floresta, ARANYAKA, e a livros filosóficos e de reflexão sobre o sentido do ritual, VPANISHAD, que ensinam os segredos da floresta, e também PURANA, que trata de vários assuntos, como mitos de deuses.
2ª fase: BRAHMANICA – 500 a.C., constituição da classe sacerdotal esperta na relação com os deuses, com a natureza e com a vida humana. Os Brahmanes bebem uma SOMA – remédio da imortalidade durante o ritual.
3ª fase: Hinduísmo, fase do inicio de movimentos ligados a algumas divindades abandonando outras dentro do próprio hinduísmo, e, o desenvolvimento das duas fase precedente.
2- Deuses do hinduísmo:
Fase histórica: Indra = deus da tempestade, era rei de todos os deuses, mas perde sua importância ao passar para a outra fase. Ele se torna enfurecido quando seus adoradores o abandonaram por KRISHNA, outro deus, jovem herói AVATAR, encarnação de VISHINU que tem 10 modos de apresentação – formas.
Deus AGNI, deus do fogo, mediador entre terra e céu, ele intervem dentro do sacrifício, pois levanta as oferendas.
2ª fase: deuses hinduísmo. TRIMURTI: 1- Brahama, 2- VISHNU, 3- SHIVA.
Brahma cria o universo no inicio de cada ciclo cósmico. No momento, como tudo já foi criado, ele esta descansando. É adorado em menor gral que os outros dois, pois já cumpriu sua função e, só na próxima criação ele voltara a estar à frente dos outros. Ele tem oito mãos, e nelas, ele tem quatro livros, VETRA, colar de pérolas, cetro, água e flor de lótus, símbolo da criação, ele é o deus dos sábios. Ele tinha quatro cabeças, mas criou a quinta cabeça quando namorou com SARASVATÊ, para poder ficar de olho nela, mas a quinta cabeça foi destruída por SHIVA, porque foi ofendido por BRAHMA.
VISHINU protege o universo, na fase anterior não tinha importância. Ele vem de um antigo deus solar, e, tem 10 avatares (encarnações), tem poderes de conservação e proteção e restauração manifestados em encarnações terrenas que se reproduzem para fazer as desgraças ou o bem na terra. Citemos dois destes avatares:
KRISHNA, deus que dá proteção, é deus amor entre pastores e filhos de pastores.
BUDA, despertador, iluminador, ele aparece no fim da 3ª fase do mundo, que apresenta o ponto culminante da degradação cósmica.
VISHINU é chamado onipresente, toma todas as formas para assegurar a sustentabilidade do universo.
Ele tem uma companheira, LAKSHMI, deusa da sorte.
3-SHIVA, destruidor do universo, mas também criador e protetor, deus da morte e da vida; seu primeiro nome era RUDRA, divindade menor, citado só três vezes nos livros, se torna importante quando ganha características do deus da fertilidade. Uma vez enraivecido, pode mandar tempestades destruição e morte. Mas também pode proteger e reproduzir.
Shiva é o criador dos sete rios sagrados da Índia, entre eles, o Grage. As companheiras de Shiva são: DURGÂ = poder, KALI = terrível, PARVATI = modesta.
Os seguidores de Shiva são reconhecidos pela marca vermelha na fronte e pelas linhas cinzas na testa. Uma deusa do Hinduismo é MAHADEVI, ela inclui dentro de si todas as outras divindades, deusas do hinduísmo.
Vias / caminhos de libertação, MOKSHA.
O hindu procura objetivos que pode ser realizado na vida; proteção de doenças, inimigos, conseguir boa vida e a libertação do ciclo de renascimentos, libertando-se dos desejos e das ligações terrenas, seguindo o conhecimento a devoção e a ação.
São-nos apresentadas cinco vias: 1ª Oferecer sacrifícios nos templos pelos sacerdotes, oferecer PUJÂ.
2ª via moral, respeitar as classes sociais (castas), sacerdotes, comerciantes, manobristas, guerreiros. Seguir as virtudes, humildade, etc.
3ª Ascetismo, caminho do conhecimento místico, freando os desejos afetivos, (sexuais)
4ª Yoga, união; disciplina o corpo para que este ajude o Espírito no objetivo de atingir um estado de consciência superior; meu “EU” se une com o “EU” Alma universal.
5ª Tantrinismo hinduísta, caminho eterodóxico, diversificado do hinduísmo; não seguimento dos caminhos normais, procuram poderes sobrenaturais; magia. Se privam do vinho, carne, peixe, grão e relação sexual.
4 – festas: misturam o culto com o prazer e servem para desviar as influencias malignas, e, para unir o tecido social e estimular a vida. As festas mais importantes são: HOLI – DUSSERAH – DIUVALI.
Holi é a festa da primavera, acontece no mês de março, também conhecida como festa da fertilidade, renascimento.
Dusserah é a festa da vitória do bem sobre o mal, acontece no mês de setembro.
Diuvali é a festa que marca o inicio do ano financeiro, festa da prosperidade, durante ela as pessoas trocam presentes, é a festa da luz, e dura cinco dias, acontece no mês de outubro, e, sempre o papa manda uma carta para os Hindus desejando uma ótima festa.
BUDISMO: seu símbolo é à roda da lei, chamada de Dharma, colocada em movimento por Buda.
A vida de Buda: + ou – 560 a 480 a.C.
Seu nome originário: Siddaharta Gautama, nasceu em família real da tribo de Shakeja no Nepal. Sua mãe morre sete dias depois do seu nascimento, pois Buda tem que ser filho único.
Introdução: O budismo não é só uma religião, mas também um sistema ético e filosófico. Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a idéia de que o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material. O que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim sucessivamente. Esta idéia é conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações.
Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em animais. Desta forma, muitos seguidores adotam uma dieta vegetariana.
A filosofia é baseada em verdades: a existência está relacionada a dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos e os desejos materiais. Portanto, para superar a dor deve-se antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se da dor, o homem tem oito caminhos a percorrer: compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação. De todos os caminhos apresentados, a meditação é considerado o mais importante para atingir o estado de nirvana.
A filosofia budista também define cinco comportamentos morais a seguir: não maltratar os seres vivos, pois eles são reencarnações do espírito, não roubar, ter uma conduta sexual respeitosa, não mentir, não caluniar ou difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes. Seguindo estes preceitos básicos, o ser humano conseguirá evoluir e melhorará o carma de uma vida seguinte.
As 4 nobres verdades:
1- Dukha = mal estar e sofrimento
2- Tanhar = desejo
3- Bodhi = eliminação do desejo
4- Nirvana = perfeita iluminação
As 4 são divididos em dois grupos:
1- Sofrimento e causas dele (desejo)
2- Cessação do sofrimento e os caminhos para deixar o sofrimento.
5- O nobre caminho, Octuplo (oito caminhos)
a) Prajna = sabedoria que purifica a mente
1. Engloba, ver a realidade como ela é não apenas como parece ser.
2. Intenção de renuncia.
b) Sila = ética
3. Falar de uma maneira verdadeira e não ofensiva
4. Agir de uma maneira não prejudicial
5. Os meios de viver a vida devem seguir o que foi anteriormente citado acima
c) Samadhi = procura por uma melhora
6. Esforço para melhorar
7. Consciência de ver a realidade presente sem aversão de fora
8. Meditação correta, concentração
• O caminho do meio
Descoberto por Buda antes de sua iluminação
Apresentaremos três definições de várias existentes:
1. Pratica de não extremismo
2. Visões metafísicas, escolher o caminho do meio
3. Dualidades aparentes (bem – mal) são ilusórias, muitos fieis acreditam que um fiel pode acordar para uma iluminação de repente, sem passar por várias reencarnações.
• Cosmologia Budista
O cosmos não é permanente nem criado, o universo é composto por vários sistemas mundiais, com seus ciclos de nascimento – desenvolvimento e declínio, que dura, bilhões de anos. No sistema mundial existem seis reinos no total de 31 níveis:
1- Reino dos infernos
2- Reino animal
3- Reino espiritual
4- Reino anti-deuses
5- Reino humano
6- Reino dos deuses
• Budismo e Hinduísmo
Buda aceitava o contesto geral das idéias índias, mas alterou várias idéias radicalmente. Admitia uma serie de renascimento, chamada Samsâra, dependente da lei do Karma, lei da causalidade moral. Para Buda não tinha uma alma encarnada, ATMAN, pois para ele nada é permanente. A morte apresenta somente uma passagem a uma nova aparência, seja humana, infernal ou celestial. Mesmo os deuses, são aparências temporárias.
O budismo esta contrario aos sacrifícios, como os praticados no hinduísmo.
• Escrituras e Mosteiros
Buda não escreveu nada, ainda no ano de sua morte, em um concilio na cidade de Rajaghara (480 a.C), discípulos de Buda recitaram ensinamentos perante uma assembléia de monges que os transmitiram, de forma oral aos seus discípulos.
No primeiro século a.C. os seus ensinamentos começaram a ser escritos no Sirilanka, mais ou menos 52 a.C., esses escritos receberam o nome de cânone Pali, mas até hoje, não existe um livro sagrado no budismo.
• Festa principal
Vesak (aniversário de Buda), festa da existência e da iluminação do vigésimo quarto Buda, comemorada na lua cheia de maio.
• Difusão do budismo
Tezin Gyatso (1935), líder religioso; monge e doutor na filosofia budista, em 1959 deixou o Tibet. e passa a viver exilado na índia, de onde prega a paz.
• Budismo Japonês
1- 784 – Nara – primeiro período
2- 794 – 1185 – Heian – segundo período
3- 1185 – Pós Heian – terceiro período
• Escolas do segundo período
1º escola Terra Pura – maior no Japão e Ásia
2º escola Zen (Rimzai, Satô, Obaktu), enfatizava a libertação através da meditação.
Nos últimos dez anos, muitos templos budistas estão se fechando, cerca de 1000 por ano, apresentando um declínio no Japão.
• Budismo Tantrico / Vajrayana – veículo do diamante.
Tantrismo nasceu no VI século d.C. é fundado nos textos chamados Tantra, desenvolvimento dos primeiros textos, recorre à meditação, ao ritual, ao símbolo e à magia.
O confucionismo
• Historia e fundador
O confucionismo é um sistema filosófico chinês criado por Kung-Fu-Tzu (Confúcio). Entre as preocupações do confucionismo estão a moral, a política, a pedagogia e a religião. Conhecida pelos chineses como Junchaio (ensinamentos dos sábios). Fundamentada nos ensinamentos de seu mestre, o confucionismo encontrou uma continuidade histórica única.
• Doutrina e seguidores
Dos seguidores de Confúcio, o século I A.C. encontrou em Meng zi (Mêncio, ou Mâncio) e Xun Zi um grande desenvolvimento e expansão na sociedade. Esses dois originais autores buscaram compreender o confucionismo dentro de uma perspectiva naturalista, recorrente nas forças que atuavam na sociedade em seus períodos de vida.
Meng acreditava na importância da educação para retificar a boa natureza humana, que teria sido depravada em função dos conflitos e das necessidades impostas pela vida. O ser humano possuiria a capacidade de desenvolver um espírito de ajuda mútua de modo a evitar os conflitos interpessoais inerentes à existência humana.
Já Xun Zi recorreu ao verso da moeda para compreender o papel de Confúcio. Ele acreditava numa natureza perversa do homem, derivado dos mesmos instintos de preservação dos animais. Talvez pensando nos rituais propostos para a sociedade, e pela necessidade de ordenação, tal como no fundamento das lendas de fundação chinesas e na influência jurista, Xun Zi via no interior do homem uma inteligência capaz de articular meios pelo qual poderia evitar sua condição natural de forma arbitrária, mas que para isso haveria de ter criado uma escala de valores delimitantes da ação humana.
Mêncio conseguiu uma boa repercussão popular por sua abordagem otimista da vida, mas as classes altas da sociedade viram em Xun Zi uma explicação razoável para suas dúvidas. Assim ao menos deixam transparecer algumas biografias de Sima Qian (II a. C.).
De qualquer modo, já na antiguidade o confucionismo atingiu um pleno sucesso, tornando-se uma filosofia moral de profundo impacto na estrutura social e cotidiana da sociedade. O valor ao estudo, à disciplina, à ordem, à consciência política e ao trabalho são lemas que o confucionismo introjetou de maneira definitiva na vida da civilização chinesa da antiguidade aos dias de hoje. Note-se que, ao contrário do que muitos afirmam, o confucionismo não se trata de uma religião. Não possui um credo estabelecido, mas apenas determinações rituais de caráter social, que permitem a um adepto do confucionismo a liberdade de crença em qualquer tipo de sistema metafísico ou religioso que não vá contra as regras de respeito mútuo e etiqueta pessoal.
O confucionismo é ainda praticado em vários países. Além da sua origem asiática, diversos países incorporam alguns conceitos do sistema em suas práticas notadamente urbanas. No Brasil, é sentido em grupos de indivíduos que estudam religiões não cristãs.
O Sikhismo / siquismo
• Historia e fundador
O sikhismo ou siquismo é uma religião monoteísta fundada em fins do século XV no Punjab (região atualmente dividida entre o Paquistão e a Índia) pelo Guru Nanak (1469-1539).
Habitualmente retratado como o resultado de um sincretismo entre elementos do hinduísmo e do misticismo do islão (o sufismo), o sikhismo apresenta contudo elementos de originalidade que obrigam a um repensar desta visão redutora.
• Significado e Doutrina
termo sikh significa em língua punjabi "discípulo forte e tenaz". A doutrina básica do sikhismo consiste na crença em um único Deus e nos ensinamentos dos Dez Gurus do sikhismo, recolhidas no livro sagrado dos sikhs, o Guru Granth Sahib, considerado o décimo-primeiro e último Guru.
Para o sikhismo, Deus é eterno e sem forma, sendo impossível captá-lo em toda a sua essência. Ele foi o criador do mundo e dos seres humanos e deve ser alvo de devoção e de amor por parte dos humanos.
O sikhismo ensina que os seres humanos estão separados de Deus devido ao egocentrismo que os caracteriza. Esse egocentrismo (haumai) faz com que os seres humanos permaneçam presos no ciclo dos renascimentos (samsara) e não alcancem a libertação, que no sikhismo é entendida como a união com Deus. Os sikhs acreditam no karma, segundo o qual as acções positivas geram frutos positivos e permitem alcançar uma vida melhor e o progresso espiritual; a prática de acções negativas leva à infelicidade e ao renascer em formas consideradas inferiores, como em forma de planta ou de animal.
Deus revela-se aos homens através da sua graça (Nadar), permitindo a estes alcançar a salvação. O Divino dá-se a ouvir, revelando-se enquanto nome. Segundo os ensinamentos do Guru Nanak e dos outros gurus, apenas a recordação constante do nome (nam simaram) e a repetição murmurada do nome (nam japam) permitem os seres humanos libertar-se do haumai.
O sikhismo coloca ênfase em três deveres, descritos como os Três Pilares do sikhismo:
• Manter Deus presente na mente em todos os momentos (Nam Japam);
• Alcançar o sustento através da prática de trabalho honesto (Kirt Karni);
• Partilhar os frutos do trabalho com aqueles que necessitam (Vand Chhakna).
O rito principal é o da admissão entre os khalsa, fraternidade dos "puros", geralmente celebrado na puberdade.
O principal templo sikh, Harimandir Sahib (o Templo de Ouro, em Amritsar), é um lugar de peregrinação.
O Judaismo
• Historia
De acordo com a tradição judaico-cristã a origem do judaísmo estaria associada ao chamado de Abraão à promessa do Senhor. Abraão, originário de Ur, teria sido um defensor do monoteísmo em um mundo de idolatria, e pela sua fidelidade ao Senhor teria sido recompensado com a promessa de que teria um filho, Isaque do qual levantaria um povo que herdaria a Terra da promessa. Abraão é chamado de primeiro hebreu, e passa à viver uma vida nômade entre os povos de Canaã.
Era bíblica
• Séculos XX -XVII a.C. - Primeira emigração dos hebreus para Canaã. Os Patriarcas bíblicos.
• Séculos XVII-XIII a.C.- Israelitas no Egito.
• Séculos XIII-XII a.C. - O Êxodo e a ocupação da Palestina .
• Séculos XII-XI a.C. - Época dos juízes.
• 1067 -1055 a.C. - Reinado de Saul.
• 1055 -1015 a.C. - Reinado de Davi.
• 1015-977 a.C. - Reinado de Salomão.
• 977-830 a.C. - Cisma entre Judá e Israel.
• 722 a.C. - Fim do reino de Israel.
• 586 a.C. - Destruição de Jerusalém.
• 537 a.C. - Ciro permite o retorno dos judeus à Judéia.
• 520-516 a.C. - Reconstrução do Templo em Jerusalém.
Era talmúdica
• 332 a.C. -Alexandre Magno conquista a Judéia.
• 320-198 a.C. - Domínio Ptolomeu.
• 198-167 a.C. - Domínio selêucida.
• 167 a.C. - Revolução dos macabeus.
• 140 a.C. - A Judéia conquista a independência.
• 63 a.C. - Pompeu conquista Jerusalém.
• Século I d.C. - Início e expansão do Cristianismo .
• 6-40 d.C. - Procuradores romanos na Judéia.
• 66-73 -Primeira revolta judaica .Destruição de Jerusalém.
• 70- Fundação da Academia de Iavne.
• 115-117 - Segunda revolta judaica. Guerra de Kitos
• 132-135 - Terceira revolta judaica. Revolta de Bar Kokhba
• 200 - Redação da Mishná.
• 500 - Término da redação do Talmud da Babilônia.
Era contemporânea
• 1948- Criação do Estado de Israel.Primeira guerra árabe-israelense.
Judaísmo na atualidade
Na maior parte das nações ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido, Israel e a África do Sul, muitos judeus secularizados deixaram há muito de participar nos deveres religiosos. Muitos deles lembram-se de ter tido avôs religiosos, mas cresceram em lares onde a educação e observância judaicas já não eram uma prioridade. Desenvolveram sentimentos ambivalentes no que toca aos seus deveres religiosos. Por um lado, tendem a agarrar-se às suas tradições por razões de identidade, mas por outro lado, as influências da mentalidade ocidental, vida cotidiana e pressões sociais tendem a afastá-los do judaísmo.
O Islamismo
A vida do profeta maomé
Nascido em Meca, Arabia saudita (570), Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse uns versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade. Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão.
Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos.
Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem como aos seus seguidores. Em 622 Maomé foi obrigado a abandonar Meca, numa migração conhecida como a Hégira (Hijra), tendo se mudado para Yathrib (atual Medina). Nesta cidade, Maomé tornou-se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Seguiram-se uns anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que se saldaram em geral na vitória de Maomé e dos seguidores. A organização militar criada durante estas batalhas foi usada para derrotar as tribos da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente o território sob o signo de uma nova religião, o islão.
• Sussessores:
Kalifas:
1- Abu Baki
2- Omar
3- Osman
4- Ali - primo de e guenrro de Maomé. Com a morte de Alí, o reino é transferido para Damasco, causando a divisão do Islã entre Sunitas e Xiitas.
• Os cinco pilares do Islã
Os cinco pilares são:
• Professar e aceitar o credo (Chahada ou Shahada);
• Orar cinco vezes ao longo do dia (Salá, Salat ou Salah);
• Pagar dádivas rituais (Zakat ou Zakah);
• Observar as obrigações do Ramadão (Saum ou Siyam);
• Fazer a peregrinação a Meca (Hajj ou Haj).
O Cristianismo
O Cristianismo começou como uma seita judaica e é classificada como uma religião abraâmica. Originária do Leste do Mediterrâneo, cresceu rapidamente em tamanho e influência dentro de poucas décadas. Pelo século IV, havia se tornado a religião oficial do Império Romano. Durante a Idade Média, grande parte da Europa foi cristianizada. Entretanto, os cristãos ainda eram uma minoria religiosa no Oriente Médio, Norte da África e em partes da Índia. Após a Era dos Descobrimentos, através da obra missionária e das colonizações, o Cristianismo se espalhou para a América, Austrália e no resto do mundo. Por isso, o cristianismo é a filosofia de vida que mais fortemente caracteriza a sociedade ocidental.
• O Credo
O Credo de Niceia, formulado nos concílios de Niceia e Constantinopla, foi ratificado como credo universal da Cristandade no Concílio de Éfeso de 431. Os cristãos ortodoxos orientais não incluem no credo a cláusula filioque, que foi acrescentada pela Igreja Católica mais tarde.
As crenças principais declaradas no Credo de Niceia são:
• A crença na Trindade;
• Jesus é simultaneamente divino e humano;
• A salvação é possível através da pessoa, vida e obra de Jesus;
• Jesus Cristo foi concebido de forma virginal, foi crucificado, ressuscitou, ascendeu ao céu e virá de novo à Terra;
• A remissão dos pecados é possível através do baptismo (br-batismo);
• Os mortos ressuscitarão.
Na altura em que foi formulado, o Credo de Niceia procurou lidar directamente com crenças que seriam consideradas heréticas, como o arianismo, que negava que o Pai e Filho eram da mesma substância, ou o gnosticismo.
A maior parte das igrejas protestantes partilham com a Igreja Católica a crença no Credo de Niceia.
Os principais concilios que determinaram o credo foram:
Nicéia 325 – Constantinopla 381 – Éfeso 431 – Calcedonia 451.
A religião cristã tem três vertentes principais: o Catolicismo, a Ortodoxia Oriental (separada do catolicismo em 1054) e o protestantismo (que surgiu durante a Reforma Protestante do século XIV). O protestantismo é dividido em grupos menores chamados de denominações.
• Organização
Até o primeiro século, a organização era democrática, mas depois da romanização se torna uma organização hieráquica, Bispos – Padres – Diáconos – Leigos.
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