terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Doutrina Mariana




Para bem compreender Maria, a Igreja considera a maneira como Deus a vê. Ela é, de certa forma, “o Segredo do Rei”, no próprio coração da Trindade, sendo absolutamente a única, entre todas as criaturas, a ser, num só tempo, Filha do Pai, Mãe do Filho e “Esposa” do Espírito Santo. Por conseguinte, ela é a única a viver os três amores mais intensos e profundos (filiação / paternidade-maternidade / casamento) em plenitude com o próprio Deus.



Maria é a Nova Eva que partilhou a vida e a obra redentora do Novo Adão de forma ímpar (concepção virginal, a criança em seu seio durante nove meses; infância e vida oculta, durante trinta anos; comunhão permanente ao longo de sua vida pública; comunhão perfeita após a Ascensão). Ela passou – e só ela – mais tempo com Jesus do que todas as outras criaturas reunidas.



Mãe de Cristo, que é a Cabeça da Igreja, ela é, igualmente, Mãe do Seu Corpo, que é a Igreja, com inigualável vocação materna junto a todos os homens. Ao “Fiat” perfeito de Maria, iniciado com o “sim” da sua aceitação ao desígnio divino e vivenciado durante toda a sua vida, Deus correspondeu concedendo-lhe a glória excepcional que ultrapassa a de qualquer outra criatura: Rainha do Céu e da Terra, ela é, antes de tudo, Mãe de Deus e Mãe dos homens. Deus quer que nos unamos a Ele por meio dela, assim como Ele chegou até nós por seu intermédio. É muito difícil falar de Maria sem diminuir seu esplendor e sua grandeza. Eis o motivo pelo qual o Hino Acatista canta:



Alegra-te, Montanha, cuja grandeza ultrapassa o pensamento dos homens;

Alegra-te, Abismo de profundidade insondável, até mesmo para os Anjos;

Alegra-te, tu que conduzes os filósofos aos limites de sua sabedoria;

Alegra-te, tu que levas os sábios às fronteiras do raciocínio;

Alegra-te, tu, diante de quem os espíritos sutis tornam-se hesitantes;

Alegra-te, tu, diante de quem os literatos perdem suas palavras...

Quem é Maria ?
Criatura, como qualquer ser humano, Maria é, entretanto, Aquela que “todas as gerações chamarão de bem-aventurada” (Lc 1, 48)... De todas as criaturas, ela é Aquela que os Padres, apologistas e Doutores da Igreja nomeiam “a Obra-Prima de Deus” ou “O Segredo do Rei”... O seu “Sim” dado a Deus, mudou para sempre o curso da História da humanidade.



Para Deus Pai, ela é aquela, escolhida desde toda a eternidade, por meio da qual foi possível a realização plena da Aliança entre Ele, Deus, e sua criatura, e por meio dela o plano da salvação do mundo em Seu Verbo tornou-se exeqüível ...



Para o Verbo de Deus, ela é aquela que Lhe deu a Sua humanidade, aquela que envolveu toda a Sua vida terrestre, Aquela a quem Ele pôde chamar de Mamãe, Aquela, igualmente, que, poderosa e influente no coração de seu Filho, consegue d´Ele tudo o que deseja...



Para nós, Maria é a Mãe, Refúgio de ternura, de compaixão e misericórdia, que nos concebe para a vida divina; Maria é, também, nosso Modelo, pois ela é nossa irmã, conforme a condição humana; ela é a Estrela da manhã, na qual ganha vida toda a nossa Esperança...



Mãe de Deus por meio da Encarnação
“No sexto mês, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da Virgem era Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe:” Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar qual seria o significado da saudação. O Anjo, porém, acrescentou: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim”.

Maria, porém, disse ao Anjo: “Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?”

O Anjo lhe respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso, o Santo que nascer será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril. Para Deus, com efeito, nada é impossível.”

Disse, então, Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o Anjo a deixou.

(Lc 1, 26-38)



Maria “Theotokos”, quer dizer, Maria, “Mãe de Deus”

Eis o relato bíblico da encarnação do Filho de Deus feito homem, pela intervenção do Espírito Santo, no seio de uma jovem da Galiléia, a Virgem Maria, prometida em casamento a José, carpinteiro em Nazaré.

Assim, uma criatura entre as criaturas, Maria de Nazaré, “no momento da plenitude dos tempos” (Ga 4, 4), deu um corpo ao Verbo de Deus feito homem, Verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que se tornou carne da sua carne...


LA SANTIDADE DE MARIA
Abordamos, aqui, a luminosa doutrina muito próxima da vida de cada um de vocês.Esta é, igualmente, uma doutrina que requer precisão na arquitetura do pensamento.



A santidade de Maria vem do Espírito Santo e situa Maria na comunhão dos Santos (a Igreja); Maria é o modelo dos pobres do Senhor, dos que recebem tudo, inclusive a santidade, como graça de Deus.



A santidade de Maria é fruto da história da salvação, Maria é a filha de Sião, remanescente santo de Israel. Da mesma forma, Maria é a nova Eva junto ao Cristo, o novo Adão (cf. Rm 5) ; (Gn 3, 15).



Eis porque o Anjo Gabriel diz-lhe: "Alegra-te" (como à filha de Sião) e "Cheia de Graça" (pois Maria é única, ela é a Mãe de Jesus, existe, nela, algo de excepcional).



Baseado no que sugeria a Escritura, a doutrina da Imaculada Conceição conheceu lenta maturação, a partir da era patrística, até Duns Scot, que soube expressá-la como "a perfeição da Redenção".



Em 1854, sob o entusiasmo de grandes multidões católicas, Pio IX proclamou o dogma inscrito na bula Ineffabilis Deus.



Como o dogma da Imaculada Conceição é um dogma católico recente, torna-se necessário situá-lo, uma vez mais, no diálogo ecumênico.



Assim como o Concílio Vaticano II, os Papas subsequentes, os santos e os teólogos, além de todo o povo de Deus, continuam a refletir sobre este fato extraordinário, a considerar e a viver esta verdade.



Meditação sobre a Imaculada Conceição nos últimos séculos; XIX, XX e XXI
Apresentamos aqui as consequências do Dogma da Imaculada Conceição, na história dos santuários, na reflexão dos teólogos, na vida dos santos e das pessoas comuns.

A perfeita santidade de Maria
O grande ataque que se faz com relação à Virgem Maria, por parte de alguns, é o que se refere à sua Imaculada Conceição. Quer dizer, o fato de Maria ter sido preservada do pecado original. Aqueles que verberam sobre esta realidade, imaginam que estão criando obstáculos apenas para os Católicos. Eles não percebem, em sua grande maioria, que os Ortodoxos acreditam igualmente neste dogma, diga-se de passagem, sob uma denominação um pouco diversa: eles dizem que Maria é a “Toda Pura”. Portanto, mesmo para os que professam a fé Protestante, a Imaculada Conceição é algo que está conforme com a Sagrada Escritura.

Antes do pecado original Eva também nascera sem pecado

É evidente que não foi Maria, por si só, que se desobrigou, que se isentou do pecado original, mas esta isenção foi um dom de Deus. “O Todo-poderoso fez por mim maravilhas”, diz Maria no cântico do Magnificat (Lc 1, 49). Como poderia Deus fazer em Maria o que ele havia feito por Eva? Pois, antes do pecado original, Eva fora criada sem o pecado original! Será que nós devemos dizer a Deus o que Ele deve, ou não, fazer?



Este dom excepcional de Deus, em favor da Virgem Maria, está expresso na Bíblia, repetidas vezes. Inicialmente, quando o Anjo Gabriel, dirigindo-se a ela, lhe diz: “Alegra-te” ou “Eu te saúdo”,(“Ave, Maria”), pois, em grego, a saudação é dita por meio da expressão Kairé = alegra-te. Em seguida, o Anjo Gabriel diz: “Kékaritoméné” o que quer dizer: “cheia de graça”. Que significado teriam estas palavras? Não se conhece em toda a Bíblia, outra ocasião em que um Anjo de Deus tenha saudado um homem ou uma mulher, desta forma. Então, será que deveremos compreender que o Anjo disse a Maria que somente ela teve “muita sorte?” É claro que não.

A graça excepcional dada por Deus, a Maria, é a capacidade de dizer um “sim” perfeitamente livre

As palavras do Anjo têm uma significação real plena. Deus diz e Deus faz. A graça excepcional dada por Deus a Maria é a capacidade que lhe foi dada de dizer “Sim”, em plena liberdade, a uma solicitação de Deus, para que se tornasse a mãe do Salvador. Por escolha própria, Maria jamais poderia ter nascido isenta do pecado original. Mas, para Deus, nada é impossível. Maria é cheia, cumulada de graça; a imaculada concepção é um dom de Deus, absolutamente gratuito. Os católicos crêem neste ponto fundamental de sua doutrina.

Maria é Toda Pura, desde a sua concepção, porque este é um dom de Deus

Naturalmente, nenhum Católico ou Ortodoxo acredita nisto: ambos acreditam, simplesmente, que Maria é Toda Pura, Imaculada, desde a sua concepção, porque este é um dom de Deus que lhe foi dado. E se, porventura, alguém acredita que isto não seja possível, estará diminuindo o dom de Deus. O evangelista Lucas, inspirado pelo Espírito Santo, nos referiu as palavras do Anjo “Kekariloméné”, “cheia de graça”. E, nós ainda lemos isto no canto de Maria diante da prima Isabel no Magnificat:

"O Todo-poderoso fez em mim maravilhas e doravante todas as gerações me chamarão de bem-aventurada”

Para confundir as pessoas simples, tal ou tal autor, não-católico, acredita poder colher argumentos a favor de suas idéias, pelo fato de que, Santo Agostinho, no século V, e São Tomás de Aquino, no século XIII, pensassem que a Virgem Maria não poderia ter sido isenta do pecado original, antes do nascimento de Cristo. É verdade que esta era uma questão difícil. Deus permitiu que até mesmo os mais sábios doutores da Igreja, não tivessem tido um pensamento perfeito sobre tudo.



Entretanto, o Espírito Santo que assessora a Igreja, desde Pentecostes, e a conduz à verdade completa (cf João) inspirou-A na interpretação das Escrituras e da Revelação de Deus: enquanto a Igreja não se pronunciava, era possível aos “Doutores” e “Pastores” proporem opiniões diversas. Mas, uma vez que a Igreja se tenha pronunciado, sob a intervenção do Espírito Santo, já não é mais possível a interpretação das Escrituras de forma diversa.



(Trecho de um colóquio sobre Maria e os Protestantes)


A Virgindade de Maria
Nos dias de hoje, a virgindade já não está na moda; ela é menosprezada em nossas sociedades e há, inclusive, quem conteste a virgindade da Virgem Maria.



Antes de Maria, apesar de a esterilidade da mulher ser considerada como vergonhosa pelos Judeus, muitos elementos prenunciavam a virgindade cristã: por exemplo, a grande importância atribuída à donzelice da noiva. Ela aparece, também, no contexto das Promessas da Aliança. Contudo, em Maria, a virgindade ganha a sua verdadeira dimensão. Maria é a única mulher do Novo Testamento à qual é dado o título de virgem (Lc 1, 27; Mt 1, 23).



Seria conveniente examinar sucessivamente dois fatos corolários, mas que podem aparecer como independentes: a concepção virginal (Lc 1, 35) e a virgindade perpétua de Maria (Lc 1, 34).

Como fundamento de todo o cristianismo...

A este respeito, deve-se distinguir a Imaculada Conceição da concepção virginal. A primeira se refere ao fato de que Maria tenha sido concebida sem pecado e a segunda consiste no fato de que Maria concebeu Jesus por meio do Espírito Santo, conservando a sua virgindade. No plano filosófico, um ateu ou agnóstico pode, logicamente, afirmar que não existe a mínima possibilidade de uma concepção virginal. Mas, para aqueles que acreditam na existência de Deus, este fato é real. Efetivamente, se admitimos a existência objetiva de um Deus criador, baseados em que princípios teríamos o direito de Lhe recusar a possibilidade de fazer com que uma virgem desse à luz um filho?



Se por outro lado, a história da concepção virginal representasse apenas um mito ou lenda, não deveríamos dizer o mesmo da Encarnação e da redenção do mundo pela Paixão e morte de Cristo, e dizer o mesmo da Ressurreição e da Parusia? Ficamos admirados quando aqueles que na época pós-bíblica negavam a concepção virginal negavam, igualmente, a divindade de Jesus. Assim ocorre com todo o cristianismo que é minado na sua base.

A propósito dos "irmãos de Jesus":

Desde os primeiros séculos, a tradição da Igreja afirma a concepção virginal, como atesta Santo Inácio de Antióquia. Quanto à virgindade perpétua de Maria, esta se confronta com os episódios do Evangelho que falam dos "irmãos de Jesus". Se em grego existem duas palavras que designam irmão (adelphos) e primo (anepsios), isto não acontece em aramaico ou em hebreu. Nestes últimos, as palavras irmão e irmã designam um parentesco próximo. Existe, além disso, um episódio do Evangelho de João que é um indício bastante forte de que Jesus era o único filho de Maria (Jo 19, 25-27). Maria e o apóstolo João estão sós, aos pés da Cruz de Jesus que, então, confia sua mãe a este apóstolo. Se Maria tivesse tido outros filhos, não seria, naturalmente, a eles que Jesus teria confiado a Sua Mãe? Existem muitas outras coisas a serem ditas sobre a virgindade de Maria para provar a sua beleza e realidade.



A cooperação de Maria na Redenção
O homem é convidado, não somente a aderir aos frutos da Redenção por si próprio, entrando na aliança com Jesus Cristo por meio do Batismo, mas Deus, em seu Amor incomensurável, quis que o homem pudesse participar da Redenção universal.

Neste sentido, São Paulo pode afirmar: “Nós somos os cooperadores de Deus” (1 Cor 1, 9).



Maria, criatura humana, assim como cada um de nós, é beneficiária dos frutos da Redenção, assim como todos os resgatados.



A Virgem Maria é, além de tudo, a primeira beneficiária entre os resgatados, pois, imaculada, desde a sua concepção e isto, por graça especial (em vista de tornar-se a Mãe do Verbo encarnado). Ela beneficiou-se, então, dos frutos da Redenção que a preservaram, excepcionalmente, do pecado original. Assim, como observa a Constituição (§ 62), a cooperação de Maria, na qualidade de “resgatada”, mantém-se uma cooperação “conforme a uma atribuição, a um desempenho subordinado”.



Maria é, a título excepcional, “a esposa, a companheira que completa e finaliza a obra do esposo”.



Maria, mais do que qualquer outra pessoa, não apenas “completa em sua carne, o que falta aos tormentos de Jesus Cristo”, em favor de Seu Corpo, que é a Igreja” (cf. Cl 1, 24), como refere São Paulo sobre todos nós, mas, sobretudo, Ela o faz, a um título absolutamente excepcional. Eis o que diz a este respeito o Padre Marie Dominique Philippe, o.p., em seu livro L´Etoile du Matin” (Estrela da Manha) (Ed. Fayard, p. 167):



“Em relação ao mistério do Cordeiro, podemos ver como Maria, por meio da fé, da esperança e do amor, pode contribuir, trazendo em holocausto, algo que Jesus não pode oferecer. Daí, Ela é realmente a esposa, a companheira que completa, igualmente, o mistério do sacerdócio de Jesus. Ao oferecer Jesus ao Pai, Maria complementa o oferecimento que Jesus faz de si mesmo. Este é o sacerdócio real dos fiéis que, por meio de Maria, completa o sacerdócio de Cristo, uma vez que o sacerdócio ministerial não o pode completar, o padre agindo “in persona Christi” ─ “na pessoa de Cristo”.



Além disso, Maria é a única pessoa de toda a Criação que pode, verdadeiramente, ser nomeada “Mãe de Deus” e “Mãe do Redentor”, o que lhe confere um papel absolutamente excepcional na participação da Redenção do mundo, obtida por seu Filho, o Único Salvador...


O culto da Santíssima Virgem na Igreja
Os cristãos rezam a Maria, desde o alvorecer da Igreja. Inicialmente, porque, como ensina a Bíblia (e em particular, o Evangelho segundo São Lucas), a virgem de Nazaré é a Mãe de Cristo Jesus, Filho de Deus, que se encarnou em seu seio virginal para a Salvação da humanidade; a seguir, porque Maria é, igualmente a Mãe de todos nós, desde que o próprio Jesus, do alto de sua Cruz, lhe confiou o apóstolo João e, por meio deste, todos os seres humanos que se reconhecem como sendo filhos de Deus, fazendo, então, de sua Mãe, a nossa Mãe universal (cf Jo 19, 26).

Maria, Mãe universal e ternamente amada

Hoje, ainda, em todas as latitudes do globo terrestre e em todas as culturas e idiomas, homens e mulheres de todas as condições, rezam para a Virgem de Nazaré assim como cada filho se volta para a sua terna e muito amada mãe.



Basta que descubramos o lugar reservado à Virgem Maria na liturgia, tanto católica quanto ortodoxa, nas orações marianas, tais os grandes hinos da mais antiga tradição da Igreja (entre eles, o famoso hino Acatista do IV século), e ainda, na mais conhecida das orações marianas de nosso tempo, o terço e seu desenvolvimento, o Rosário, ou mesmo no célebre Magnificat, comentado pelo próprio Martin Lutero, para a glória da Virgem. E mais, nas inumeráveis progressões em todos os domínios da arte consagrada à Virgem (de onde destacamos os célebres ícones bizantinos, conhecidos em todo o mundo), para que se possa medir a amplidão do culto a ela dedicado em toda a cristandade.

Maria é venerada; somente Deus é adorado

Entretanto, o culto prestado à Virgem Maria pelos cristãos não tem a mesma natureza que o culto prestado a Deus: Maria não é uma divindade que se adora; a adoração é devida somente a Deus. Maria é uma criatura a quem nós veneramos. Não obstante, o culto prestado à Virgem Maria é superior àquele prestado a todos os outros santos, pois Maria de Nazaré é a única, entre todas as criaturas feitas por Deus, que porta os títulos gloriosos, tais: “Mãe de Deus”, Mãe do Redentor”, “Mãe da Igreja”, “Rainha do Céu e da Terra”...



E como ressaltam os Santos e os Doutores da Igreja: Maria não guarda para si os filhos que lhe foram confiados: ela não cessa de os conduzir a seu Filho a ponto que nós poderíamos resumir a finalidade do culto a Maria na Igreja da forma seguinte:

“Tudo a Jesus, por Maria”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário