quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Criança e a Morte





A Criança e a Morte

Dr. José Carlos Lambert S.- Psicólogo


A morte é a única certeza da vida; mas a maioria dos adultos tem dificuldade em falar sobre ela com as crianças;isso acontece provavelmente porque, quando crianças, esses adultos foram cuidados por outros adultos que também tinham dificuldade em tocar no assunto.
Encarar a morte não significa em absoluto, negar para si e para os outros, principalmente para as crianças, os tristes sentimentos que dela decorrem; pelo contrário, morte é perda, separação, tristeza, lágrimas, luto e a certeza da saudade; e como fato da vida, é necessário falar sobre o tema com as nossas crianças. Portanto, por mais difícil que seja, é preciso conversar a respeito.
A criança não entende metáforas nem simbolismos, portanto, a falta de clareza nas informações induz á fantasias e pode gerar medos como o de dormir, pela semelhança da morte com o sono, ou de voar em um avião, pelo medo que este o conduz ao céu.
A relatividade da duração da vida e a variação entre o tempo de vida dos animais, plantas e pessoas são grandes; é importante que a criança saiba disso, bem como sobre as doenças fatais ou não, e sobre acidentes. Nesses momentos pode se aproveitar para falar sobre vacinas, higiene, remédios e boa alimentação. Enfim, cuidar da vida para se tentar prorrogar a morte, melhorando-se assim, consequentemente a qualidade desta.
Embora cause ansiedade, a criança precisa ser informada de que todos desconhecemos o momentoe a forma em que a morte virá, mas que ela vai ocorrer com todos. Pode acontecer com o beb~e antes do nascimento, com jovens, adultos e idosos, ainda que não queiramos.
A consciência desses fatos contribui para dar á criança a responsabilidade e a seriedade em cuidar da saúde de seu corpo e, portanto, da qualidade de sua vida.

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