quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Psicólogo e a doença terminal






O Psicólogo e a doença terminal

Dr.José Carlos Lambert S.
Psicólogo


Ninguém jamais deveria declarar a um paciente terminal,"Sinto muito não haver nada mais que possa ser feito para ajudá-lo". A pessoa que assim fala, realmente quer dizer que acredita não haver mais o que fazer para curar; mas o paciente, que está enfrentando a morte, precisa mais do que nunca de ajuda.
Atualmente as equipes médicas tem novos objetivos: trabalhar com o paciente e sua familia para poupá-los, tanto quanto possível, de um sofrimento desnecessário, de modo que possam realizar o que lhes pareça mais importante, enquanto uma vida se aproxima do fim.
Nascimento e morte, são processos igualmente naturais; muito antes do desenvolvimento da medicina moderna, a sociedade reconheceu que determinadas pessoas tinham aptidões especiais para cuidar desses eventos; assegurando uma evolução suave e intervindo habilmente nas ocasiões em que surgissem complicações ou ocorresse uma tensão muito grande.Atualmente, agimos quase nesse nível; para aliviar o sofrimento físico que acompanha a morte, os profissionais da saúde percorreram um longo caminho, desde a época em que dispunham apenas de drogas como o álcool, os narcóticos e as aspirinas; agora sabemos que com um diagnóstico acurado e uma seleção cuidadosa dos inúmeros medicamentos disponíveis, podemos atingir um nível de controle dos sintomas que surpreende os pacientes e até mesmo nosos colegas menos informados.
As necessidades emocionais e psicológicas dos pacientes terminais têm sido tradicionalmente preenchidas com a colaboração da família, o apoio espiritual para os que são religiosos e o cuidado afetuoso dos profissionais; tudo isto é bastante necessário e de grande valia como sempre foi, mas também nessa área, tem havido progressos. O "insigth" psicológico pode suplementar a intuição e o amor, conduzindo uma compreensão mais ampla das causas do sofrimento e a um tratamento mais precio, proporcionando maiores medidas de alívio.
É tão negligente deixar um efermo sofrer desnecessáriamente por um sentimento de medo, ignorância ou confusão mental, quanto o é deixá-lo com uma dor física.
Trabalhando com pacientes terminais e seus familiares, asseguro que as habilidades dos Psicólogos podem contribuir para a compreensão e um melhor manejo da doença terminal.

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